António Forneiro será o novo treinador do Minas de Argozelo
Qui, 23/01/2025 - 15:16
Segundo o que Jornal Nordeste conseguiu apurar, tudo indica que António Forneiro vai ser o próximo treinador do Minas de Argozelo.
Qui, 23/01/2025 - 15:16
Segundo o que Jornal Nordeste conseguiu apurar, tudo indica que António Forneiro vai ser o próximo treinador do Minas de Argozelo.
Qui, 23/01/2025 - 15:09
O Minas de Argozelo anunciou, hoje, que Carlitos Rodrigues já não é o treinador da equipa argozelense. A derrota caseira no dérbi do concelho de Vimioso, por 2-3, frente ao Carção, no domingo, ditou o fim de linha para o técnico luso-angolano.
Qui, 23/01/2025 - 15:00
Segundo a PJ, o incêndio foi provocado por “motivos fúteis” e veio a consumir toda a habitação e colocou em perigo edifícios contíguos.
O detido vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
Ter, 21/01/2025 - 11:00
Que fotografia é esta?
Ter, 21/01/2025 - 10:55
Não se abatem animais, desde sexta-feira, no Matadouro Industrial do Cachão, no concelho de Mirandela.
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Ter, 21/01/2025 - 10:51
No entanto, ainda não se sabe se vai fazer a gestão da agricultura a partir de Mirandela ou a partir do Porto.
Ter, 21/01/2025 - 10:48
Na sexta-feira, a RTP 1, na “Prova dos Factos”, voltou a levantar supostas irregularidades.
Ter, 21/01/2025 - 10:45
Ainda não é desta que o avião regressa à região. Desde o final de Setembro que a ligação aérea Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão deixou de ser feita e quando se pensava que o problema estava praticamente resolvido, surgiu mais um entrave.
Ter, 21/01/2025 - 10:44
O distrito de Bragança perdeu 5293 eleitores entre setembro de 2021, altura em que se realizaram as últimas eleições autárquicas, e dezembro de 2024.
Hoje, cruzo um conhecido que me diz, “Então, neva ou não?” E a memória dos dias de neve, nas nossas terras, não se faz esperar, como o sabor duma madalena. A luz sobre a neve, tão frescas uma como a outra. Quando saíamos da cidade para ir ver a neve- estranhamente, esta beleza arminha, desde que a pisamos, fica imediatamente escura e suja- lembra-me com os filhos deste manto de cristais, formando como uma página branca, quando a agarravam e a levavam à boca para a deixar fundir na língua, fechando os olhos extasiados. Gesto que também eu tinha de fazer; seguindo as suas ordens, colocava estes minúsculos pedacinhos de cristal entre os meus lábios, e saboreava. Compartilhava com eles essa emoção de literalmente saborear a beleza do momento, na fé que transforma alguns cristais de neve num sabor secreto. As crianças acreditavam com todas as suas forças naquele pequeno milagre, quase ridículo: neve cintilante, como uma festa momentânea compartilhada naquela manhã. Como para escrever uma nova página nas nossas vidas. Para que se cumprisse a festa luminosa do dia entre nós. É assim que acredito no milagre da vida. Quando a poesia do momento ou do acontecimento, por mais pequenina que seja, por mais familiar que seja, transforma não os corpos ou a matéria, mas a alma de cada um de nós numa partilha figurativa e viva. Esta memória faz eco à leitura da liturgia deste domingo: «A água torna-se vinho», lemos no Evangelho de João, durante o episódio das Bodas de Caná (João 2, 1-11). Não acredito que a água ou a neve se transformem noutra coisa, ou digamos que é para mim uma afirmação poética de esperança cujo objeto é tão difícil de vislumbrar e provar. “fazei o que Ele vos disser”, disse a mãe de Cristo aos serventes nupciais. A obra do milagre é apelar à confiança de cada um para viver o acontecimento como uma graça, um dom. Abandonar-se à palavra dos outros, não cegamente, mas, pelo contrário, acolhendo-a como abertura, saída para a realidade, para a verdade. Guardei em mim, na boca, esse sabor de neve cristalizada que se torna sabor pela graça dum jogo infantil. É assim que a festa ou bodas da vida, que sempre ameaça escurecer-se, se reinventa e continua na fé dum acontecimento poético que vamos acolher. O milagre não é produzir outra coisa, mas sim reproduzir a própria essência do nosso deslumbramento, e que muitas vezes achamos tão difícil de encontrar: o amor ou a bondade. É neste milagre que acredito e do qual tenho a experiência com as crianças que acolhem o que as faz descobrir e fazem disso um acontecimento para elas e para nós: simultaneamente, sinal e sabor- do latim sapor (“gosto, sabor”), do verbo sapere, de onde provêm as palavras “sabor” e “saber”. É o sabor do momento; único e partilhado (a festa) que transforma a neve ou a água em pequenos eventos messiânicos. Se há uma presença real, é a dos corpos transformados pela alegria de viver o momento juntos e pela partilha da poesia, dum sinal a ser reconhecido, e que de repente segura a força dum dia em suspense. Por vezes, parece-me que já não acredito senão nesta poesia, no milagre da própria matéria, da água e da neve, cujo sabor nos transforma ao instruir-nos num amor familiar pelo mundo e pelos outros, por vezes tão profundo que é de partir o coração.