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Editorial

Há datas que chegam como um sino que dobra por todos, lembrando-nos que a violência que se oculta por trás de portas fechadas não é um sopro distante, mas um fenómeno que atravessa silenciosamente a nossa comunidade.

Há territórios onde o silêncio ganha peso de pedra e Bragança é hoje um desses lugares onde o tempo parece caminhar mais devagar, como se carregasse às costas a memória de quem partiu. Os números da GNR não surpreendem quem conhece estas terras.

Há lugares onde o tempo não passa, antes se debruça, comovido, sobre aquilo que a humanidade decidiu preservar.

Há decisões que, pela sua natureza, não reparam o tempo perdido, mas restituem dignidade à própria ideia de justiça.

Há em Bragança, nestes dias de outono, uma cidade que observa, atenta, as direções em que cada um se move.

Há números que falam mais do que longos discursos. Quatrocentos e vinte bebés nasceram em Bragança entre janeiro e setembro deste ano. Quatrocentas e vinte novas vidas num distrito inteiro. É o número mais baixo de Portugal. E, mais uma vez, o último lugar.

Há primaveras que trazem flores e promessas. Outras, como a de 2025, deixam apenas o rasto amargo de um compromisso por cumprir.

Há momentos em que a vontade de um povo marca um ponto de viragem na história de uma terra. As eleições autárquicas de domingo ficam inscritas na história de Bragança como uma dessas raras ocasiões em que a vontade popular rompeu com o hábito e com o peso do passado.

O Cantinho do Animal – Centro de Recolha Oficial Intermunicipal da Terra Quente Transmontana acaba de ampliar as suas instalações.

As eleições autárquicas marcam sempre um momento singular na vida democrática portuguesa.

A Língua Mirandesa, património cultural e identitário único em Portugal e na Europa, assinalou, na semana passada, 17 de setembro, mais um aniversário da sua oficialização como segunda língua oficial de Portugal, decisão aprovada pela Assembleia da República, em 1998, em vigor

Há muito que no Interior do país se fala de dificuldades de acesso a serviços essenciais. Saúde, transportes ou educação parecem, demasiadas vezes, bens de segunda categoria para quem vive longe do Litoral.