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Amor e descanso vivem em turnos infinitos no mundo dos cuidadores informais

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Ter, 26/11/2024 - 09:54


A grande maioria nem sabe que faz parte da categoria “cuidador informal”. Tratam dos que lhes são próximos e anulam-se num acto de sacrifício e de amor para o outro continuar a viver. Transformam as suas casas em hospitais e as suas vidas num turno sem fim, onde descansar não é opção.

Enigmas explosivos

A indecisão dos EUA e as recentes eleições americanas, levaram ao solo ucraniano, consequências inesperadas, especialmente para o líder ucraniano. A eleição de Trump trouxe para a América uma indecisão momentânea quanto ao modo como encarar a guerra ucraniana. A divisão da sociedade americana e dos políticos americanos não sossegou o mundo ocidental. As promessas de campanha que Trump fez foram tão somente isso mesmo, promessas de campanha, já que também ele não contaria com o acelerar dos acontecimentos subsequentes. Para a Ucrânia, a eleição de Trump não trouxe um futuro descansado, muito embora ele prometesse acabar com a guerra de um dia para o outro. Zelensky adivinhou um futuro negro, não em termos de guerra, mas em termos de uma paz que ambiciona, mas que nunca será a pretendida. Antes de se despedir da Casa Branca, Biden resolveu dar à Ucrânia o que Trump não daria. Zelensky já pedia há muito tempo a autorização para disparar mísseis de longo alcance contra a Rússia e Biden fez-lhe esse favor. Claro que isso traria consequências, pois Putin nunca se ficaria sem tomar decisões mais drásticas. E foi o que fez. Também ele lançou mísseis intercontinentais contra a Ucrânia, ameaçando com outras soluções mais contundentes não só em solo ucraniano como também em países que fornecessem mísseis à Ucrânia o que incluiria países da NATO. O mundo já se habituou a estas ameaças de Putin a às referências ao nuclear. São para amedrontar o ocidente e para consumo interno russo. Ninguém se mata avisando antes que se vai matar. Mas é facto que as ameaças não se devem descartar por completo, especialmente quando vêm de pessoas loucas como é o caso. É, de facto, um enigma que vai pairar no ar durante algum tempo. Pode ser que Trump consiga dissolve-lo logo que tome conta do seu lugar como Presidente. O acelerar desta guerra que ninguém queria nem quer, tem contornos esquisitos. Enquanto Putin enviava um novo míssil para a Ucrânia e lançava mais uma ameaça, uma porta-voz do Kremlin vinha à televisão dizer que a Rússia estava aberta a uma negociação de paz. Uma contradição que é enigmática, já que não se entende como é que se quer paz acelerando a guerra. Talvez Putin esteja à espera de retirar dividendos da Ucrânia antes de Trump começar a governar para depois dizer que já estava à espera de conversações de paz. Só que, entretanto, ganharia mais território do que já tinha perdido em Kursk, o calcanhar de Aquiles da Rússia e ao mesmo tempo, uma moeda de troca de Zelensky. Mas ainda faltam dois meses até Trump ser empossado. Entretanto, os mísseis continuam a explodir e a dizimar vidas, para entretenimento de Putin e para encher o seu ego imenso de líder imbatível. Mas será assim mesmo? Possivelmente não. Putin está com medo embora não pareça. A sua reação, aparentemente furiosa e drástica contra a Ucrânia, não é tão real como quer fazer crer. Se assim fosse, não necessitaria de comprar armas ao Irão nem aceitar tropas e armamento da Coreia do Norte. Isto é a demonstração cabal do seu temor e da sua fraqueza. Claro que a Rússia é um país imenso e com recursos enormes, mas o armamento que usou até agora era antigo e ainda do tempo da União Soviética. Está a acabar-se. Agora, só uma paz urgente servirá para tapar esta fraqueza e para acelerar essa paz, nada melhor que pôr no terreno os últimos recursos balísticos e as ameaças que quer que todos acreditem ser reais. Pode não ter tempo para isso. A escalada da guerra pode vir a ter outros contornos. Mas para Trump existem outros problemas para resolver. Internamente já vimos que as escolhas para cargos políticos têm sido péssimas e já há desistências. Com- por o seu Gabinete não está a ser fácil. Além disso, tem a guerra no Médio Oriente e agora a decisão do Tribunal Penal Internacional contra o seu amigo Netanyahu. Mais dia menos dia, este terá de ir para os EUA já que não são signatários do TPI. Sorte a sua. Assim, em termos geopolíticos jogam-se interesses profundos e alargados. A tentativa de domínio de Israel em Gaza e na Cisjordânia, arrasta-se no tempo e envolve os países da região e não só. Os inimigos de Israel têm-se limitado a verbalizar a situação e algumas ameaças. Esperemos que não vão além disso, ao mesmo tempo que a esperança de Trump contribuir para essa paz se mantenha. A Turquia insurgiu-se contra o líder israelita e contra o que tem feito em Gaza e no Líbano. Tem as suas razões. Por sua vez, a entrada da Coreia do Norte no conflito ucraniano, alarga a influência geopolítica dos conflitos e ninguém quer perder. A Coreia do Sul, receosa, já se pronunciou. Nesta parte do globo onde tudo já foi muito mau, pode reacender-se um conflito maior. A China mesmo ao lado, atenta, mas não interventiva inteligentemente, mantem a ameaça sobre o que poderá acontecer com Taiwan. Um enigma enorme que pode explodir também. Qual será então o papel de Trump? Perante tudo isto, será que vai preferir descansar em Mar-a-Lago? Enigma.

Evadido do estabelecimento prisional de Vale Judeus capturado em Montalegre

Sex, 22/11/2024 - 11:14


A Polícia Judiciária (PJ) avançou, num comunicado emitido esta manhã, que Fernando Ribeiro de 61 anos foi recapturado na região, depois de “um persistente, complexo e ininterrupto trabalho de investigação e de recolha de informação desta Polícia, desde o dia da fuga, a 7 de setembro de 2024”, pod

Hernâni Dias garante que “ninguém meteu dinheiro ao bolso” com a empreitada de ampliação da Zona Industrial de Bragança

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Qua, 20/11/2024 - 15:19


Há obras facturadas, mas não executadas na empreitada de ampliação da Zona Industrial de Bragança, projecto financiado por fundos comunitários, no valor de 851 mil euros, segundo o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que realizou um levantamento técnico sobre a obra.

DA LEGITIMIDADE POLÍTICA

Acontece coincidirem num curto intervalo de tempo vários acontecimentos que nos interrogam sobre a melhor resposta a dar aos dilemas que, no mundo política, exigem uma resposta dos vários poderes instituídos. Enquanto se digere a inquestionável vitória de Donald Trump, em terras do tio Sam, não é legítimo questionar quer o resultado quer as suas consequências, mesmo quando esse parece ameaçar os princípios da democracia, tal como a conhecemos e a que nos habituámos. Trump foi eleito, sem qualquer dúvida, Presidente da América e, nesse cargo, pode, efetivamente, promover, executar e validar todas as ações previstas na lei e consentidas no estatuto do cargo a que ascendeu. Desde as nomeações polémicas para cargos e posições-chave da administração até aos indultos a quem, no passado, desrespeitou a lei e a ordem pública… desde que se limite a fazê-lo no âmbito do quadro legal em vigor no país. E, custe-nos ou não, a amplitude dos poderes que a Constituição Americana lhe atribui dá-lhe uma larga margem que não pode ser questionada por um grupo minoritário, por mais razoável e ética que possa parecer. Os partidos políticos têm como fim principal ganhar eleições e ascender aos vários patamares do poder. Em nome de uma ideologia a que devem aderir os votantes conferindo aos eleitos a legitimidade de implementar as várias ações contidas no seu ideário. O sistema democrático em vigor confere aos líderes partidários a prorrogativa de fazerem uma pré-escolha já que o ato eleitoral, mesmo livre e universal, traduz-se sempre numa opção limitada às opções em sufrágio. Isto implica que nem sempre o resultado de uma eleição se traduz na seleção do melhor, frequentemente, no menos mau. E, igualmente, não é inédito que o mesmo indivíduo se apresente, em períodos consecutivos, sob bandeiras diferentes revelando uma débil adesão a um determinado ideário. Costuma prevalecer a capacidade de ganhar o pleito. Tanto assim que, o espírito ganhador do candidato se sobrepõe a outras características humanas muitas vezes apreciáveis. Mas não há como fugir a essa questão. Pedro Nuno Santos tem de decidir se quer manter um candidato, supostamente ganhador, em Loures ou defender, intransigentemente o ideário herdado dos fundadores do PS e cultivados por muitas e gradas personalidades do socialismo democrático. Dilema parecido tem Luís Montenegro. Terá, inevitavelmente, de optar entre acolher, em sede de votação do orçamento, uma proposta de descida de IRS defendida e proclamada como virtuosa durante toda a campanha eleitoral ou manter um acordo de cedência que lhe garantiu o desanuviar do espetro de eleições antecipadas que pairou no ar, durante o verão. Mas, pior ainda, é a necessidade de escolher entre a manutenção, na importantíssima pasta da Saúde, de uma equipa mi- nisterial que se tem notabilizado mais em desfazer o que encontrou do que em construir alternativas funcionais ou dar prioridade ao bem-estar dos cidadãos mesmo que, para isso, tenha de dar a mão à palmatória, indo buscar quem foi afastado sem que houvesse substância concreta e evidente de desadequação das opções em curso e desfazer-se da titular de um ministério que, confiando nas suas próprias ideias e preferências, demitiu quem não lhe agradava, e quem, mesmo com erros e dificuldades, mantinha o INEM em funcionamento, cumprindo mais do que os mínimos, para colocar no seu lugar quem nem sequer tomou posse ou quem levou o referido instituto a níveis inadequados como a própria titular já admitiu.