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Surto da doença Língua Azul cancela concurso da Ovelha Churra Galega na Feira do Cordeiro de Coelhoso

Ter, 05/08/2025 - 12:52


Para colmatar a ausência do concurso, a organização decidiu reorientar o evento “entre a comunidade”

A freguesia de Coelhoso celebrou, no sábado, mais uma edição da Feira do Cordeiro, um evento que já faz parte do calendário anual da localidade. Apesar de algumas restrições devido a questões de saúde pública animal, o espírito de união e a valorização dos produtos regionais foram mantidos.

Este ano, o tradicional concurso da Ovelha Churra Galega Transmontana teve de ser cancelado por causa de um surto da doença da Língua Azul. Ainda assim, o presidente da Junta de Freguesia de Coelhoso, João Matos, realçou a importância da iniciativa. “É uma feira que está prevista já anualmente nas nossas atividades e que é importante para nós.”

Para colmatar a ausência do concurso, a organização decidiu reorientar o evento “entre a comunidade”, onde “toda a gente é bem-vinda”. Foram ainda promovidos jogos tradicionais, garantindo o protagonismo do cordeiro. “Reorientámos para dois jogos: um é a cordeira cega, em vez da cabra cega. E depois também temos a corrida de sacos, cujo prémio é um cordeiro de barro. No fundo, são recriações de tradições antigas com pequenos ajustamentos à situação”, explicou o autarca.

O cordeiro manteve-se como a estrela do certame, especialmente no almoço comunitário, onde foi servido como prato principal. João Matos expressou ainda a intenção de, no futuro, dar mais ênfase à valorização da lã, potenciando a feira como espaço de promoção do mundo rural.

No que toca à doença da Língua Azul, o presidente destacou a atuação eficaz dos serviços veterinários, responsáveis pela suspensão da movimentação dos animais. No entanto, salientou a necessidade urgente de apoio aos produtores. “O apoio que eu acho que é essencial é que os agricultores sejam realmente ressarcidos para que possam sobreviver. Porque eles já estão no limiar daquilo que é possível fazer e, portanto, qualquer perturbação é difícil de acomodar na respetiva atividade”, frisou.

A feira contou com a presença de expositores oriundos de várias localidades do distrito de Bragança, que trouxeram produtos como morangos, pão, doces tradicionais e flores. Muitos destacaram a importância destas iniciativas para divulgar os seus produtos e manter o contacto com o público. “Aproveito estas iniciativas para divulgar o meu produto, que é artesanal e feito com muito carinho”, comentou Virgínia Choupina. Já Teresa Pires, produtora de morangos, sublinhou a relevância de participar desde a primeira edição. “É uma forma de colaborar com a freguesia e mostrar o que produzimos aqui perto.”

Este ano, participaram no almoço cerca de 400 pessoas, tendo o cordeiro como prato principal.

Jornalista: 
Cindy Tomé