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Bairro da Formiga: comunidade cigana de Penhas Juntas sonha com casas de verdade e condições dignas

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Ter, 24/06/2025 - 09:27


No Bairro da Formiga pouquíssimas casas são de pedra ou tijolo. Contam-se pelos dedos de uma mão. Não passam de duas ou três.

Aumentar diversidade varietal nos olivais é a grande ajuda para combater fenómenos climáticos que arrasam a cultura

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Ter, 24/06/2025 - 09:24


Durante a floração ou a frutificação, o calor excessivo, acima de 35 °C, pode provocar a queda de flores e frutos jovens, reduzindo a produção. Pode ainda acelerar a maturação das azeitonas, diminuindo a qualidade do azeite.

Obras das residências de estudantes da EsACT estão “ligeiramente” atrasadas

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Ter, 24/06/2025 - 09:15


As obras das duas residências de estudantes da EsACT/IPB de Mirandela estão “ligeiramente” atrasadas, mas “não comprometem a concretização das obras”, garantiu o presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Orlando Rodrigues.

DO ESCRAVO E DO SEU SENHOR DO CRISTÃO, DO ÁRABE E DO JUDEU

“Não há puro sangue, em Portugal”. Disse-o Lídia Jorge e repetiu-o Marcelo Rebelo de Sousa, em Lagos, no passado dia 10 de junho na celebração do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

A escritora e conselheira de estado, presidindo às comemorações do feriado nacional começou, precisamente, por ser referir à lusitana particularidade de ter escolhido como data para celebração da sua nacionalidade, o dia da morte de um poeta, o maior de todos os que escreveram na materna língua portuguesa, rejeitando qualquer intuito melancólico, muito pelo contrário, resultará da vontade de exaltar quem, pela sua obra e, inclusive, pelo seu percurso de vida, revelou a “nossa peregrinação prometeica sobre a terra”.

Essa epopeia que Luís Vaz de Camões exaltou de forma sublime tendo em Sagres o lugar geométrico da sua narrativa, à data em que foi concebida, tem igualmente, em Lagos, um ponto de referência no prosseguimento da aventura portuguesa pelo mundo. Porque se o árabe tinha chegado à Península, no século VIII por sua iniciativa, invadindo-a, conquistando-a e aculturando-a, os africanos que aportaram a Lagos, após a epopeia das descobertas foram aprisionados na sua terra e trazidos à força para serem escravizados, comercializados e explorados. E por cá ficaram, todos, misturando-se com os lusitanos, os visigodos e os celtas, que por aqui andavam já há vários séculos e com os judeus da diáspora e da expulsão castelhana, bem como com os muçulmanos cuja presença ganhara já foros de nacionalidade. Como pois será possível reclamar a legitimidade da expansão marítima, ao ponto de recusar qualquer devolução de putativos roubos e apropriações culturais das terras onde as nossas caravelas aportaram há cinco séculos e ignorar a presença de mais de um milénio de quem, independentemente de quaisquer laivos nacionalistas veio trazer alguma luz à escuridão que a Ida- de Média lançara sobre toda a Europa.

Permita-me o leitor uma citação: “Não devíamos sentir-nos envergonhados por apreciar a verdade e recolhê-la seja de onde for que ela venha, mesmo que venha de raças distantes e nações diferentes das nossas”. Este pensamento, apesar da sua evidente contemporaneidade, tem mais de um milénio. Foi enunciado por Al-Kindi, um filósofo árabe do século IX mas não perdeu nem valor nem atualidade. Poderia ter sido proferido por qual- quer dos oradores do 10 de junho em Lagos. A universalidade dos bons valores não tem idade nem pátria e todos nos podemos (devemos) rever e sentir herdeiros da sua formulação. Casa bem com o que Lídia Jorge proferiu, a dado momento: “Cada um de nós é uma soma. Tem sangue do nativo e do migrante, do europeu e do africano, do branco e do negro e de todas as outras cores humanas”.

É isso que eu sou e assim me sinto. Tão herdeiro do longínquo filósofo oriental como da próxima e contemporânea escritora algarvia. Do judeu vindo de Jerusalém, ou expulso de Toledo e do cristão que o acolheu e do que o queimou em autos de fé, do árabe proveniente de Bagdad ou de Granada e do ibérico que o combateu ou com que se miscigenou, do africano capturado na costa africana ou traficado na Feitoria da Mina e do continental que o escravizou ou que com ele pacifica e fraternalmente conviveu. Se a língua é a nossa pátria, são meus concidadãos não só os que a falam mas sobretudo os que partilham os valores e ideias de humanidade.

Governar é assunto demasiado sério para ser deixado nas mãos de políticos profissionais

Portugal não está em guerra, felizmente, ainda que violentos conflitos armados grassem por perto, dentro do seu próprio espaço vital democrático.

Portugal não está em guerra, mas é como se estivesse, porque desde há bastante tempo a esta parte, demasiado dir-se-á, que vem sofrendo os malefícios próprios de tempos de guerra, como sejam atrasos sistemáticos no crescimento económico (mesmo sem o esforço de rearmamento que agora se projecta), redução drástica da sua população nativa e residente, emigração de milhares dos seus filhos e empobrecimento inaceitável de grande parte da Nação.

Há mesmo quem considere, de igual forma, a significativa perda de soberania resultante da adesão à agora denominada

União Europeia, ainda que, no meu entender, esta seja aceitável e positiva, desde que colocada em pé de igualdade com os demais parceiros, como se tem verificado.

Dir-se-á, portanto, que os políticos portugueses têm vindo a governar Portugal como se este estivesse em guerra, ainda que de facto o não esteja, tantas e tão sérias são as crises em que sistematicamente enredam o Estado. Georges Clemenceau, primeiro-ministro francês do tempo da Primeira Grande Guerra, proferiu, na altura, uma frase que ficou célebre e que passo a citar: “A guerra é um assunto demasiado sério para ser deixado nas mãos dos militares”.

Ideia que recrio, com a devida vénia, adaptando-a à situação de crise sistemática em que o regime político português se afunda: “Governar um país é um assunto demasiado sério para ser deixa- do nas mãos de políticos profissionais”.

A verdade é que, lamentavelmente, a esmagadora maioria dos portugueses tem andado alheada da governação, deixando o seu destino exclusivamente nas mãos de maus políticos profissionais o que, quanto a mim, está na base do larvar desastre nacional.

O elevado número de abstencionistas, entendidos como todos aqueles que, voluntariamente, se privam ou desistem de direitos políticos, cívicos ou sociais fundamentais, com destaque para o sagrado direito de votar em todos os actos eleitorais, que também é um dever inalienável é, por isso, a todos os títulos condenável.

Ainda que, quanto a mim, as explicações para este insucesso sistemático devam ser pro- curadas no quadro do Regime Político vigente que, como se sabe, está inexoravelmente ferido da hegemonia partidária, que promove a baixa qualidade dos políticos e a pobreza da vida política nacional, o aviltamento da Justiça, a ineficiência dos Serviços Públicos e a corrupção generalizada. Os resultados estão à vista de toda gente, por mais que os políticos se esforcem por disfarçá-los!

Não basta que os cidadãos votem quando e como os políticos entendem. É-lhes exigido mais!

Devem ir mais fundo na defesa dos seus direitos, começando por reclamar o fim dessa fatídica hegemonia partidária, por forma a que também cidadãos independentes possam concorrer, em eleições legislativas, em pé de igualdade com os partidos, como já o podem e devem fazer, agora com mais força, nas eleições autárquicas, o que tão positivos resultados tem dado.

Sobretudo agora que os políticos mais afamados enchem a boca com reformas, cada um tentando mostrar ser mais reformador que o outro, muito embora coloquem de lado a indispensável Revisão Constitucional, tenha ela que amplitude tiver, o que não deixa de ser significativo e muito estranho.

É que, sem uma adequada Revisão Constitucional também as indispensáveis reformas do regime que dela dependem, com sejam a Justiça, a Regionalização, a Lei Eleitoral e Autárquica, e tudo que tem a ver com o eficaz combate à corrupção, não terão sentido.

Isto demonstra que as reformas que os políticos projectam são as useiras e vezeiras injecções de dinheiros no aparelho de Estado, abrindo portas a mais empregos para amigos e correligionários e às emblemáticas negociatas regimentais, que tanto têm prejudicado o país.

A possibilidade de cidadãos independentes, isolados ou associados, também poderem concorrer, em eleições legislativas, espontaneamente, em representação dos círculos eleitorais a que pertencem, sem a obrigatoriedade de se constituírem ou espuriamente militarem em partidos políticos, é a mola real para salvação da democracia e o progresso nacional.

Sabemos bem que é isto que os políticos profissionais não querem, nem permitem que aconteça. Contudo, não devem os portugueses perder a esperança de que, fruto das circunstâncias eleitorais e quando me- nos se espera, alcancem o poder governantes verdadeiramente reformadores, patriotas e democratas.

Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.

Vale de Salgueiro 12 de junho de 2025.

https://henriquepedro.blogspot.