Tio João

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Quinta-Feira da Ascensão é tempo de ladainhas e bênção dos campos

Como estão os leitores da página do Tio João?

Estamos no mês de Junho, mês dos Santos Populares. Diz o nosso povo que “quem em Junho não descansa, enche a bolsa e farta a pança”, sinal que agora é uma época de muito trabalho nos campos para os nossos tiozinhos, que já andam a segar os fenos, pois “feno alto ou baixo, em Junho é segado” e, como “sol de Junho madruga muito”, as lides no campo começam muito cedo.

102 anos de vida com muita energia

Olá gentinha boa e amiga!

A tia Helena Madureira, de Alfaião (Bragança), festejou os seus 102 anos de vida no dia 22 de Maio, quarta-feira, dia de Santa Rita de Cássia, advogada das causas impossíveis, e por isso com a sua bênção, pois tem tornado possível esta idade tão bonita à tia Helena, com muita energia e grandes memórias. Foi no programa deste dia que o nosso tio Acácio, de Alfaião, mas a viver no Barreiro, nos informou deste aniversário, dedicando em directo e a pedido da aniversariante a música “A Saia da Carolina”, que ela tanto canta e gosta. Resolvi deslocar-me a Alfaião desse dia, para falar pessoalmente com tal monumento vivo e fiquei deveras impressionado com a lucidez e memória que a tia Helena ainda tem, pois quando me viu, a primeira coisa que disse foi “agora sim, está muito mais bonito! Já não está gordo!!!...”. Acrescentando ainda que “a única vez que o vi, foi há vinte e tal anos, na Taberna Benfica, a beber uns copos”. Além de recordar claramente este episódio, também se lembra de que o meu avô era o barbeiro do seu pai e que eram muito amigos, acrescentando “você foi criado naquela casinha, da esquina da Caixa Geral de Depósitos”. Como fiel ouvinte do nosso programa, recordou muitos acontecimentos da nossa família, como por exemplo a poesia do tio Carlos Vaz, de Serapicos (Bragança), a expressão característica do tio Firmino Ginja, de Carção (Vimioso), “até no cemitério já há vaidade, tio João!”, e muitos outros ouvintes que Deus já chamou.

A grande responsabilidade de conduzir um tractor agrícola

Olá! Como estão os leitores da página do Tio João?

O mal não acontece só aos outros!... É o que todos deviam pensar quando se sentam num tractor. Nos últimos dias morreram mais três pessoas em acidentes com máquinas agrícolas…

Estivemos à conversa com Francisco Pereira, mais conhecido como ‘Chico Mau Feitio’, com 40 anos, de Veigas de Quintanilha (Bragança) que, além da sua actividade principal, também realiza trabalhos agrícolas com o seu tractor ou com os tractores das pessoas que lhe encomendam vários serviços na agricultura. Disse-nos que, desde os 12 anos de idade, começou a tratar por tu os tractores, pois a sua família vive da agricultura. Por isso começou muito cedo nas lides agrícolas. Aos 16 anos, com autorização dos pais, tirou a carta de tractor na escola de condução pois, na altura, ainda não havia cursos de formação de manobrador de máquinas agrícolas, como é obrigatório agora. Segundo ele, estes cursos pouco importam se não se puser em prática aquilo que neles se aprende.

Os nossos caminhos de peregrinação a Fátima

Olá gente boa e amiga.

Hoje começo por compartilhar convosco a perda do meu tio António Lopes (António Micho), irmão da minha mãe. Há cerca de um ano, nesta mesma página, demos a conhecer a sua arte de endireita, com o título “Mãos que endireitam”. Deus chamou-o a Si, na quinta-feira, dia 9 de Maio, a poucos dias de completar 85 anos. Bem-hajam todos que nos consolaram, tanto pessoalmente como através do nosso programa de rádio. Foram muitas as palavras de reconhecimento e agradecimento das pessoas que ele, com as suas mãos, ajudou em problemas de tendões e ossos. Tantos anjinhos o acompanhem como pessoas ele ajudou. A família da minha mãe agradece a todos os que, de uma maneira ou de outra, estiveram connosco na nossa dor. Aqueles que amamos nunca morrem, continuam vivos no nosso coração e eu vou sempre recordá-lo como “o meu tio bonito”, pois tinha o cabelo branco e brilhante. Que em paz descanse a sua alma.

Continua a tradição de comprar bom renovo na Feira das Cantarinhas

Olá! Como estão os leitores da página do Tio João?

Suaves milagres da criação

Olá minha gente!

Estamos chegados ao final de Abril e, passados mais de vinte anos, voltou a nevar no dia 24 de Abril. Como nos disseram os nossos tios e tias, “as zurbadas que vieram foram ouro que caiu do céu”. Agora é só esperar que as terras permitam que se comece a “vergar a mola”, o que deve acontecer em breve, já que o sol vai voltar.

Boas festas da Sagrada Ressurreição

Olá familiazinha. Que Jesus tenha ressuscitado nos vossos corações!

Estamos na semana da Páscoa, a caminho da Pascoela. A Páscoa varia entre os dias 23 de Março e 24 de Abril. Recordo que em 2008 a Páscoa foi no dia 23 de Março e em 2016 também foi em Março, no dia 27. Como diz o provérbio popular: “Páscoa em Março, ou fome ou mortaço”. Quando a Páscoa é depois de vinte de Abril, também se diz “Páscoa alta, chumbo na malta”. A verdade é que antes e depois da Páscoa tivemos chuva e nos próximos dias é previsível que as temperaturas mínimas baixem.

Na Feira do Pão de Caçarelhos (Vimioso) - O pão é rei e a gaita já é raínha

Como estão os leitores da nossa página? Nós estamos bem, graças a Deus.

No passado Domingo terminou a Quaresma, que são os quarenta dias que vão da Quarta-Feira de Cinzas ao Domingo de Ramos. Segundo nos recordou a tia Neves, de Nuzedo de Baixo (Vinhais), estas sete semanas têm todas uma nomenclatura: “a primeira e mais pequena chama-se Ana, a segunda é a Bagana, a terceira é a Rabeca, a quarta é a Susana, a quinta é Lázaro, a sexta Ramos e à sétima na Páscoa estamos.”

Celebrações tradicionais da região no caminho para a Páscoa

Olá gentinha boa e amiga!
Inspirado na canção interpretada pela Linda de Suza, hoje começo assim: “Chuva, chuva, chuvinha, vem do céu até à terra. Chuva, chuva, chuvinha, vem cair na nossa serra.” Aí está a rega automática vinda do céu que, por vezes, é rega gota-a-gota.

 

Tia Silvina a ‘ministra dos aniversários’

Olá, como estão os leitores da página do Tio João?

Estamos no quarto mês do ano, Abril. Diziam os antigos nos seus provérbios que “em Abril, águas mil”, “Abril molhado, enche o celeiro e farta o gado”, mas atenção, porque “Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir” e “no princípio ou no fim, costuma Abril ser muito ruim”. Este ano estamos a precisar de água para a terra como de pão para a boca.