A grande responsabilidade de conduzir um tractor agrícola

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Ter, 21/05/2019 - 09:52


Olá! Como estão os leitores da página do Tio João?

O mal não acontece só aos outros!... É o que todos deviam pensar quando se sentam num tractor. Nos últimos dias morreram mais três pessoas em acidentes com máquinas agrícolas…

Estivemos à conversa com Francisco Pereira, mais conhecido como ‘Chico Mau Feitio’, com 40 anos, de Veigas de Quintanilha (Bragança) que, além da sua actividade principal, também realiza trabalhos agrícolas com o seu tractor ou com os tractores das pessoas que lhe encomendam vários serviços na agricultura. Disse-nos que, desde os 12 anos de idade, começou a tratar por tu os tractores, pois a sua família vive da agricultura. Por isso começou muito cedo nas lides agrícolas. Aos 16 anos, com autorização dos pais, tirou a carta de tractor na escola de condução pois, na altura, ainda não havia cursos de formação de manobrador de máquinas agrícolas, como é obrigatório agora. Segundo ele, estes cursos pouco importam se não se puser em prática aquilo que neles se aprende.

Desde os 18 anos de idade que ganha um dinheirito extra ao volante de tractores agrícolas, realizando vários trabalhos como escarificar, lavrar com as charruas e destroçar, além de limpeza de terrenos e venda de lenha. É muito solicitado, porque a média de idade das pessoas que residem nas aldeias é cada vez maior, mas continuam a resistir a não deixar ao abandono os terrenos agrícolas.

“Os tractores não são perigosos. Nós é que os fazemos perigosos, pois, na minha opinião, a principal razão dos acidentes tem a ver com a não utilização do ‘arco de Santo António’, que não serve para enfeitar, mas para estar no ar e a maior parte dos tractores que eu vejo trazem-no em baixo, com a desculpa de que não se conseguem lavrar as oliveiras e os castanheiros com o arco… É fácil, temos que as levantar, porque o ‘arco de Santo António’ só faz milagres se estiver no ar mas nos caminhos e na estrada não faz falta”. Segundo ele, o ‘bezouro’ (sinal sonoro de marcha atrás), também deveria ser obrigatório em todos os tractores, porque nos avisa em que mudança está engatado o tractor e isto poderia evitar muitos acidentes.

Deixa o conselho de que os tractoristas devem fazer uma, duas ou as manobras que forem necessárias, mas sempre em segurança, não facilitando que os acidentes apareçam, pois eles não acontecem só aos outros.

Este tema também foi abordado, na última semana, nos programas de rádio, onde chegámos à conclusão que conduzir um tractor é mesmo uma grande responsabilidade e que nunca se deveria facilitar mas, pelo contrário, pôr em prática tudo aquilo que se aprende nos cursos de formação de operadores de máquinas agrícolas.

Quem tem andado muito ‘chochinho’ é o tempo! Já dormíamos só com um lençol e agora novamente com cobertores. A temperatura mínima baixou muito e a geada que se formou na madrugada de Domingo, já fez das suas em localidades dos concelhos de Bragança e Miranda do Douro, o que faz com que os agricultores andem assustados, visto que estas condições climatéricas instáveis podem prejudicar muito a agricultura. Segundo nos disse o tio Rebelo, de Real Covo (Valpaços), a rama já lhe dá pelos joelhos, mas as batatas são mais pequenas do que ovos de codornizes e continua a dizer que “ano de muita erva, ano de muita m… da!”

No Domingo, dia 19, tivemos mais uma viagem da nossa família, à Nossa Senhora da Penha de França, o santuário mariano mais alto de mundo e a La Alberca, uma localidade de interesse histórico e artístico, situada na província de Salamanca (Espanha). Foi mais um dia memorável, porque além do que visitámos, também engrandecemos a nossa camaradagem e amizades.

Quem festejou connosco o seu aniversário na última semana foram a tia Maria Hortência (63)), de Cidões (Vinhais); o tio Amaral (70), de Roriz (Valpaços); o Nuno André (30), de Milhão (Bragança); João Luís (46), de Bragança; Pedro Gonçalves, mais conhecido como Pedro Vila (44), de Bragança, o nosso chefe ao domicílio em Londres; Carlos Caldeira (50), de Gebelim (Alfândega da Fé); a tia Mariana (73), de Cernadela (Macedo de Cavaleiros); a tia Infância (86), de Caravela (Bragança); Óscar Salgado (87), de Cimo de Vila da Castanheira (Chaves) e António Paulos (68), de Carção (Vimioso). A todos muita saúde e paz, que o resto a gente faz.