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Autarca de Bragança diz que crítica da oposição sobre aumento da tarifa de água é “discurso populista”

Qua, 10/12/2025 - 15:08


Decisão resulta de uma necessidade “objetiva, técnica e racional” e, por isso, Isabel Ferreira rejeita críticas
A presidente da Câmara Municipal de Bragança, Isabel Ferreira, rejeitou as críticas dirigidas à decisão de aumento das tarifas da água no concelho, classificando-as como “discursos populistas”, em que se ignora a realidade financeira do município, sendo que, conforme explicou, a decisão resulta de uma necessidade “objetiva, técnica e racional”, decorrente dos sucessivos prejuízos acumulados pelos anteriores executivos e da ausência de investimentos estruturais no sistema de abastecimento.
Segundo Isabel Ferreira, o setor da água apresenta “um profundo desequilíbrio financeiro”, superior a 730 mil euros, que não foi criado pela atual gestão. “É um desequilíbrio herdado, bem documentado nos relatórios apresentados à Assembleia Municipal”, sublinhou.
A autarca recordou que várias freguesias continuam dependentes de camiões de abastecimento devido à falta de obras que deveriam ter sido realizadas “há muitos anos”, mas que não avançaram por inexistência de margem financeira.
A presidente destacou ainda que os pareceres da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos foram “continuamente desvalorizados” no passado e disse que, embora atualmente não sejam vinculativos, passarão a sê-lo, em breve, o que tornaria irresponsável manter as tarifas atuais. “Seria arriscado continuar a ignorar recomendações que, dentro de pouco tempo, terão força obrigatória. Agir agora evita aumentos abruptos no futuro”, destacou.
A proposta aprovada implica um acréscimo “perfeitamente acomodável” para as famílias e empresas locais, sendo que numa fatura de 25 euros, por exemplo, o aumento é de 75 cêntimos, “mas esses 75 cêntimos permitirão, finalmente, realizar investimentos fundamentais”. 
A decisão, anunciada no fim do mês passado, foi alvo de críticas dos vereadores do PSD e da Iniciativa Liberal, que acusam o executivo de penalizar os munícipes. A presidente contrapõe que nada fazer seria “bem mais prejudicial”, deixando o município exposto a decisões regulatórias futuras e eternizando a dependência de soluções de emergência. “Trata-se de uma proposta consciente, responsável e necessária para reequilibrar um setor que, do ponto de vista financeiro, está mal”, terminou.
 
Jornalista: 
Carina Alves