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Sem trunfos na manga

A recente viagem de Zelensky aos Estados Unidos foi antecedida por avisos universais numa tentativa de alertar especialmente Putin do seu objetivo. Na mala, levava somente uma proposta para a paz sem saber se ela seria aceite por quem quer que fosse. Na verdade, tudo estava estruturado e programado, até mesmo o encontro com Biden, com Kamala e até com Trump. Trump! O tal que tão mal disse dele, que o criticou e que disse que lhe tirava todo o apoio se fosse eleito presidente da América. E disse mais: que se ganhasse as eleições terminaria com a guerra da Ucrânia de um dia para o outro. Como se isso fosse possível. Enfim. Coincidiu esta viagem com a reunião de todos os líderes mundiais com acento na ONU. A presença de Zelensky não foi coincidência. Foi mais uma porque ele é também um líder mundial de um país chamado Ucrânia e iria estar onde também a Federação Russa estava representada. No entanto, enquanto os outros nada tinham avisado sobre o que iriam dizer, ele já levava o assunto bem estudado e com um objetivo já conhecido. A paz. Mas ganhar a paz só com um discurso repleto de razão, não é coisa fácil quando do outro lado está Putin. Claro que ele não estava presente para não ser preso. Mas os representantes da Federa- ção Russa estavam lá e bem atentos ao que Zelensky disse. Certamente sem concordar, mas com uma vontade intrínseca de que a paz chegue sem demora e sem que Putin conheça essa vontade, sob pena de desaparecerem sem deixar rasto, como é habitual. Afinal, quem quer a guerra? Só a quem ela dá dinheiro, segurança e enche o ego do poder. Gente menor, mas em grande número infelizmente! Mas Zelensky levava um plano de paz bem estruturado. Entregou-o em mão a Biden, apresentou-o a Kamala e discutiu-o certamente com Trump, embora este não lhe tenha dado grande crédito, já que nada lhe dizia nem seria o seu plano para uma paz que ele tanto apregoa. Uma questão de cortesia, por parte de quem não tem cortesia nenhuma. Mas teria de o fazer sob pena de ser altamente criticado e condenado, coisa que não lhe dá jeito nenhum numa altura de campanha. Para Putin a paz significa ficar com o território que supostamente ganhou até agora a par de uma quase rendição da Ucrânia à Federação Russa e uma proibição da Ucrânia aderir à NATO. Isto é inaceitável para Zelensky assim como para Kamala Harris e para muitos países europeus que se têm empenhado na ajuda ao povo ucraniano. Perante estas condições, onde entra o plano de paz de Zelensky? Bem, para Zelensky a paz só será atingida se a Ucrânia obrigar a Rússia a capitular. Mas como? Para isso ele levou na sua bagagem um pedido não só ao Presidente americano, mas também aos líderes mundiais. A Ucrânia precisa de uma ajuda enorme de armas, de autorização para utilizar armas de grande alcance e de muito dinheiro. Dinheiro, ele conseguiu encher o bolso, mas armas de longo alcance para atingir a Rússia no seu interior, será mais difícil. A política internacional aqui funciona de modo diferente, até porque há dependências várias entre Estados incluindo a Rússia e muitos países europeus. Para além disso, Putin já avisou que usará armas nucleares se a Ucrânia usar armas ocidentais que atinjam o seu território ou até a Bielorrússia. Claro que ele usa esta ameaça com demasiada facilidade o que lhe confere pouca credibilidade, mas nunca se sabe. Se se sentir muito apertado e não almejar saída fácil, é muito capaz de usar a força nuclear como intimidação e defesa. As consequências serão terríveis, mas isso não conta muito para quem tem os dias contados. Deste modo, Putin não deu crédito algum ao plano de paz de Zelensky e ainda deixou um aviso a todos os que pretendem ajudar a Ucrânia e prolongar a guerra. Mas uma coisa é certa: Putin não atingiu os seus objetivos e está longe de os conseguir. A guerra está a sair demasiado cara à Rússia e ao povo russo. São já milhares de soldados mortos e o povo russo não vai aguentar esta situação muito tempo. Até quando? Afinal que trunfos levou Zelensky para a Assembleia da ONU? Nenhuns. Para além de uma proposta de paz que nada tem de novo, faltou-lhe um trunfo forte que obrigasse a Federação Russa a negociar uma paz real e credível. Mas isso não vai acontecer. Pelo menos por agora. Seja como for, ficou a ideia de que Putin está disposto a negociar a paz. Há uma abertura, mas duvida-se que seja a que a Ucrânia pretende. Isto reflete alguma fragilidade da Rússia nesta guerra e neste momento. O líder ucraniano quer aproveitar esta debilidade, mas para isso precisa do que não tem. Na ONU ele deixou somente um pedido e uma proposta de paz que não terá viabilidade sem a concretização do pedido. Sem trunfos na manga, Zelensky regressou a casa com uns milhões de dólares e a promessa de Joe Biden de que o ajudará até ao final do seu mandato. Será que chega? Penso que não. Nem mesmo as ajudas e os apelos da França e da Inglaterra para continuar a luta contra a Rússia, serão suficientes para assustar Putin. Ele já respondeu e com a ameaça que tem: o nuclear. Este sim, tem um trunfo na manga e que todos conhecem e não é pequeno. Zelensky terá de conseguir um trunfo rapidamente se não quiser ficar eternamente de mão estendida. E o nuclear está fora de equação. Dos EUA os trunfos existentes podem acabar de um momento para o outro.

Agricultores começam a abandonar amendoais na região porque muitos nem ganham para a apanha

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INFORMAÇÃO EXCLUSIVA, SEMPRE ACESSÍVEL

Ter, 24/09/2024 - 10:43


O preço a que é pago o quilograma da amêndoa ao produtor veio para cerca de metade nos últimos anos. Há perto de uma década, a amêndoa vendia-se a bom preço, mas hoje em dia os produtores transmontanos dizem que o lucro mal dá para os gastos com a apanha.

Mirandês celebrou o 26º aniversário como segunda língua oficial de Portugal

Ter, 24/09/2024 - 10:33


“Quando, às vezes, sentimos alguma estranheza por em Lisboa se dar pouca importância ao Mirandês, ou não darem importância nenhuma, na mesma linha de raciocínio, às vezes, ficamos espantados, como é que uma instituição de ensino superior do território, muitas vezes, parece não haver grande intere

TRAIÇÃO

Questionado o Cha- tGPT sobre o conceito de Traição, em política, este instrumento de Inteligência Artificial devolveu o seguinte texto: “A traição em política é a ação de um indivíduo ou grupo que rompe com compromissos, alianças ou princípios previamente estabelecidos, geralmente em busca de vantagens pessoais, poder ou influência. Isso envolve a violação da confiança depositada por aliados, eleitores ou instituições. No contexto político, a traição pode manifestar-se de diversas formas, como a quebra de acordos partidários, a mudança repentina de alianças, a sabotagem de lideranças ou movimentos, ou o desrespeito às promessas feitas ao público A traição política tende a ser especialmente impactante, pois afeta não apenas as relações entre os envolvidos, mas também a estabilidade das instituições e a percepção pública de integridade e confiança nas figuras de poder.” É assinalável que esta definição aborde não só o rompimento de compromissos e alianças, mas, igualmente, a perda de confiança depositada por eleitores. Assinalável porque, sabendo a forma de funcionamento do ChatGPT, tal indica uma perceção generalizada embora a comunicação social e as famosas e omnipresentes redes sociais deem especial destaque aos episódios e ocorrências entre correligionários. Foi o caso recente na autarquia de Bragança que uma opção diferente sobre o apoio a conceder a uma lista concorrente à liderança do PSD concelhio despertou no autarca brigantino um desabafo rotulando de pérfida deslealdade uma opção diferente da sua, das vereadoras que o acompanham no governo do município. Opiniões diferentes e opções diversas, mesmo opostas, fazem o dia a dia do exercício normal do poder democrático. Quando originárias em adversários e opositores políticos são consideradas absolutamente normais. Estranha-se quando acontece o contrário, com exceção de alguns temas que, por natureza ou conveniência, facilmente são consensuais. Mas, igualmente, quando no seio da mesma cor política, divergências de pensamento e ideário são saudáveis e deveriam servir para enriquecer e melhorar o exercício do poder de que se está imbuído. A menos que… A imprensa regional raramente releva as falhas e divergências gritantes entre as promessas eleitorais e as atuações subsequentes e, quando as assinala, raramente as batiza de traições, apesar de haver, como diz o algoritmo de AI, referido, uma violação das expetativas criadas nos munícipes, ao dar, de forma unânime tal qualificação ao episódio das eleições inter- nas do partido do poder, sinalizaram a existência de algo mais, para além de uma mera discordância entre companheiros. A reação inédita do PS, vindo a terreiro questionar o incidente no seio do outro partido veio adensar ainda mais as suspeições da existência de algo mais, para além disso. Porque, vendo bem, a cisão na orientação do poder municipal ser-lhe-á benéfica, do seu ponto de vista pois havendo divisão no campo oposto e sendo a Câmara um órgão colegial, pode, a partir de agora, escolher qual dos lados, no seu entender, cumpre melhor o interesse público concelhio devendo, em vez de criticar e alertar para a gravidade da situação, agradecer e aceitar o papel de fiel da balança que lhe acaba de ser estendido em bandeja de prata em vésperas da preparação do próximo preito eleitoral. A menos que… A menos que, tal como alerta o ChatGPT, tais atitudes escondam “vantagens pessoais, poder ou influência”, e nada mais!

Presidente independente e patriota, precisa-se!

A cumprir-se o calendário eleitoral como está previsto haverá eleições autárquicas já em Setembro do próximo ano. Continua em aberto, também, a possibilidade de haver eleições legislativas antecipadas, logo nos primeiros meses de 2025, muito antes das autárquicas de Setembro, portanto, decorrentes da eventual rejeição do Orçamento do Estado para 2025. Ainda que nos últimos dias os políticos mais influentes, designadamente o presidente da república Marcelo de Sousa, o primeiro-ministro Luís Montenegro e o secretario geral do Partido Socialista, Nuno Santos se tenham mostrado empenhados em que o referido Orçamento do Estado seja viabilizado, evitando-se uma crise política que teria, seguramente, consequências gravosas em todos os domínios. Aparentemente, o Chega de André Ventura que é, como se sabe, a terceira força parlamentar, é uma carta fora do baralho, nesta matéria, muito embora sempre se deva ter em conta que a coluna vertebral dos políticos é suficientemente flexível para lhes permitir dar vistosos golpes de rins. Tudo leva a crer, portanto, que o duelo se irá travar entre o PS de Pedro Santos e o PSD de Luís Montenegro. Não deixa de ser surpreendente, todavia, que todos os chefes partidários, com realce para os atrás citados Luís Montenegro e Pedro Santos, andem já numa roda viva a selecionar os seus melhores candidatos ao lugar que Marcelo de Sousa vai deixar vago, dado que, como se sabe, já está no segundo dos dois mandatos consecutivos que a lei permite. Tudo isto poderá indiciar, ainda assim, que o Orçamento será viabilizado pelo PS e Governo irá continuar em funções. O que não será de espantar, dado que a diferenças ideológicas entre PS e PSD deixaram de existir desde que os socialistas remeteram o socialismo lá para os confins de Cuba e da Venezuela e o PSD passou a bailar entre esquerda e direita como quem dança o fandango. Também porque, manda verdade que se diga, PSD e PS sempre se entenderam muito bem nas grandes negociatas e na repartição de tachos e mordomias. A questão que se coloca é o problema central do Regime. É a velha e relha hegemonia partidária, que traz no ventre a serpente do totalitarismo. É a sinistra máxima política que preconiza a asfixia do poder democrático pela subordinação do Presidente da República e do Governo ao partido. Sem esquecer o Procurador Geral da República. Nesta matéria Pedro Santos e Luís Montenegro ou qualquer outro cacique partidário da praça lusitana, deno tam ter o mesmo tique, que é um sonho recalcado, que não difere muito da doutrina que anima Putin, Maduro e todos os ditadores do mundo que, vá-se lá saber porquê, sentem necessidade e não se coíbem de dourar o seu carácter totalitário com falsos actos eleitorais. Pedro Santos e Luís Montenegro querem, sim, que ninguém duvide, ter tudo na mão: o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo, os Municípios, o Procurador-Geral da República, a Comunicação Social e por aí fora. Isso explica o seu total desinteresse por reformas, designadamente aquelas que desde há muito tempo se vêm tornando essenciais para o aprofundamento da democracia, a começar pela antidemocrática lei eleitoral em vigor. Como é óbvio, no centro desta e de todas as malfeitorias do Regime está a figura incontornável do Presidente da República que, muito embora se diga limitado constitucionalmente, sempre pode e deve ter atitudes mais proactivas e moralizadoras. Sobretudo quando em causa estão esteios fundamentais do Estado, com se viu, recentemente, com a fuga vergonhosa de presos de Vale de Judeus. Mais grave e preocupante, contudo, foi saber que este deplorável estado de arte é comum a todo o sistema de segurança nacional e não só. Convém lembrar, a este propósito, o caso do assalto aos Paióis Nacionais de Tancos, ocorrido em 27 de junho de 2017, em que foram furtados diversos artigos de material de guerra do Exército Português. O que nos leva a deduzir que a mãe de todas as falhas é de natureza política e gover- nativa, que não é de agora e já vem de longe, sempre evidenciando a ausência institucional e a pratica tendenciosa do Presidente da República. Lamentavelmente, Portugal tem sido governado ao sabor dos ventos, sem planeamento a médio e longo prazo, sem estratégia, obedecendo a interesses pessoais e partidários e ao calendário eleitoral. O que também explica que vários trânsfugas do mais alto coturno político tenham abandonado o país em si- tuações de crise, de que eles mesmo eram os principais fautores, e fugido para ambientes em que a sua incom- petência melhor se dilui. É por tudo isto que será urgente e desejável que ao eleitorado seja dada a possi- bilidade de eleger um Presi- dente da República apartidário, honrado e patriota e que não transforme a Presidência num arraial popular.

Vítor Hugo (CD Miranda): “Apesar do favoritismo da Academia Johnson Januário, nesta casa nunca nos rendemos”

Qua, 11/09/2024 - 12:35


O Pavilhão Municipal de Vila Flor acolhe, no próximo sábado, a Taça Transmontana de Futsal que coloca frente a frente o Clube Desportivo de Miranda do Douro, campeão distrital de Bragança, e a Academia Johnson Januário, equipa campeã da distrital de Vila Real.