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Hipertiroidismo e hipotiroidismo

Quais as causas?

Existem diversas causas possíveis para a produção excessiva de hormonas tiroideias, nomeadamente:

* Doença de Graves

– Causa mais comum de hipertiroidismo

– Carateriza-se pela produção de anticorpos pelo organismo, que estimulam a tiroide a funcionar em excesso

– Doença autoimune

– Ainda não é totalmente conhecida a sua origem

– Em alguns casos, manifesta-se meses após uma situação de stresse agudo

– Associa-se geralmente ao aumento de volume da glândula (bócio)

 

* Nódulo hiperfuncionante ou tóxico

Pintura para alargar horizontes

Ter, 04/02/2020 - 10:20


Olá gentinha boa e amiga!

Este ano o mês de Fevereiro é XL, porque o ano é bissexto e traz mais um dia. Como diz o povo “o primeiro de Fevereiro jejuarás, o segundo guardarás e o terceiro é dia de S. Brás. Semeia o cebolinho e tê-lo-ás”, ou “dia de S. Brás a cegonha verás, se não a vires o Inverno vem atrás”, mas também “Fevereiro enxuto rói mais pão do que quantos ratos há no mundo.”

Nota de fim de ano

O acontecimento político mais relevante do ano transacto, para

Bragança, foi, indiscutivelmente, a escolha da Dr.ª Isabel Ferreira para Secretária de Estado da Valorização do Interior. Não que os outros Secretários de Estado, também bragançanos, não mereçam o nosso entusiasmo já que são pessoas trabalhadoras e superiormente preparadas. O que é que torna, então, Isabel Ferreira um “primus inter pares”? É o tema que vai trabalhar e que tão caro é aos bragançanos (e a todo o interior) pois é do seu futuro que se trata. E também porque representa o último reduto para dirimir os males que a interioridade impõe já que o “think tank” transmontano cheio de eminências, umas purpúreas outras mais pardas, depois de variadíssimos debates, mesas redondas, congressos, “brainstormings” conseguiu… o que se vê. É, pois, o rosto da última esperança para aqueles que pensam, ainda, ser possível reverter a desertificação e as desvantagens que a interioridade acarreta. É para ela que eles dirigem tanto o apelo dramático, ouvido a João Miguel Tavares no discurso do 10 de Junho, “dêem-nos algo em que acreditar” como a exigência humilde “precisamos de sentir que contamos para alguma coisa”.

Também eu gostava de acreditar. Mas o pessimista é o optimista com experiência, não é? Além disso há outras razões para ter algumas reservas quanto à reversão da situação actual sobretudo no que diz respeito à situação demográfica que é a mãe de todos os males. Desde logo por um certo determinismo histórico. O interior perdeu população porque a agricultura perdeu trabalhadores. Em 1974 havia 1.290.000 trabalhadores agrícolas e em 2018 temos 294.000. Comparando os anos 2008 com 2018 vemos que a população activa na agricultura em Portugal passou de 11,4% para 6% enquanto que a média europeia passou de 5,2% para 4%. Por aqui se vê que Portugal ainda vai perder mais trabalhadores agrícolas se quiser acompanhar a média europeia. E não podemos esquecer que a média europeia (4%) está inflacionada porque tem lá uns “tangas”, Roménia (23%), Grécia (12,3%), Polonia (9,6%) e outros que a fazem subir porque os países evoluídos como a Alemanha, Bélgica ou Reino Unido têm respectivamente 1,2%, 1% e 1,1%. Acho que ainda há muita gente “a mais” na agricultura se queremos ser um país de 1.ª linha.

Mas há outros indicadores que mais fazem avolumar as minhas reservas que são a rejeição ou não implementação de explorações capazes de fixar população no interior. A saber: apesar desta “corrida” à castanha por parte dos agricultores não se vê qualquer resposta da parte da transformação. Produzimos castanha para os outros ganharem as mais-valias; em relação ao ferro de Moncorvo já se discutiu até à exaustão a forma de levar o minério até à siderurgia do Seixal. Nunca ouvi ninguém levantar, sequer, a hipótese de o minério ser tratado ali mesmo; vemos os Montalegrenses indignados com a possibilidade de o Lítio ser explorado no seu território; vemos, também, os nossos vizinhos Espanhóis de Alcañices profundamente indignados com a quase certa instalação de “mega-granjas” nas suas terras. Estes indicadores, objectivos, que não se compaginam muito bem com a urgência do combate à desertificação ou à demanda de investimentos, tem explicações subjectivas que não sei dar e por isso me socorro de uma história que talvez ajude a enquadrar esta questão. É assim: Giuseppe Tornatore, realizador italiano, fez um filme sobre o percurso de vida de um individuo que apareceu bebé no porão de um paquete de cruzeiros. Adoptado por todos os marinheiros, cresceu, fez-se adulto e com isso um excelente músico e um inexcedível executante de piano. Era ele a alma musical das “soirées” que o paquete oferecia aos turistas. Quando o paquete atracava numa cidade, o pianista fazia as malas, despedia-se de toda a gente e dizia ir viver para terra. Mas quando se encontrava a meio do passadiço dava meia volta e voltava a entrar no barco. Fez isto uma série de vezes e entretanto o barco tornou-se obsoleto e foi para a sucata para ser desmontado por meio de explosivos. Começaram a tirar do interior tudo que tinha valor mas o pianista não saiu. Um amigo conseguiu descobri-lo (porque ele escondia-se) lá dentro e procurou fazer com que saísse. Mas ele manteve-se irredutível. “Que não sabia viver lá fora”, “que tinha medo de viver lá fora”, foram alguns dos argumentos invocados. (Curiosamente tinha medo de viver fora do navio e não tinha medo de morrer dentro dele. Postura em tudo semelhante à dos presos de muito longa duração quando são dados à liberdade.) De qualquer forma o navio é desmontado por explosivos e o pianista morre com o navio.

Tornatore, siciliano, disse em entrevista que o filme é uma parábola sobre a Sicília e que o pianista é um siciliano que se nega a abandonar a “sua” Sicília. O pianista é em tudo parecido com os Transmontanos que seguem no “seu barco”, sem lamentos, e se negam a abandoná-lo. Acho que somos do interior com muito gosto. São estes indicadores, alguns contraditórios, que me deixam perplexo e até baralhado. Não sei o que queremos, não sei como queremos e não sei, até, se queremos.

Apesar de todo este meu pessimismo e cepticismo, dou todo o benefício da dúvida à Dr.ª Isabel Ferreira até ao dia, necessariamente breve, em que as dúvidas se desvanecem em certezas. Boas ou más.

Carlos Fino, RTP, Bagdad

Boas tardes, minha gente. Não poderia deixar de escrever sobre o tema do momento estando eu a vivê-lo ao vivo. Não é que um vírus deste tipo seja uma coisa de somenos, do género “nada que duas copadas de aguardente não resolvam” como diriam alguns antigos, mas há que parar com algum excesso de informação e, sobretudo, de falsa informação que não ajuda nada. Sei que é difícil pedir isso a um estado minimamente democrático do século XXI, mas poderíamos tentar.  Há poucos dias estávamos a antever a 3.ª grande guerra com uma ansiedade galopante, mas no espaço de um dia a coisa arrefeceu inesperadamente, agora é a população mundial que já se começou a extinguir inexoravelmente através de um vírus misterioso. Sei que sofremos cada vez mais de pânico e de catastrofismo generalizado como se num devir Orwelliano ruminemos um constante sentimento de que a coisa está prestes a acabar mal a qualquer súbito momento, ou para utilizar uma expressão um pouco mais contemporânea, vivemos num espírito CMTV em que temos pavor do apocalipse  mas queremos conhecer as suas rotinas, o que é as suas ex-mulheres diziam dele, qual a opinião que a clientela da pastelaria onde ele toma o pequeno-almoço têm acerca do indivíduo. Mistura estranha de medo e perversão, sempre com o “direto” no cantinho do ecrã. You are watching Big Bro. Enfim, a distância amedontra como dizia o cônsul de Portugal em Cantão há dias. Ponto da situação: Não é fácil. A China está parada porque é o ano novo chinês, tal como está todos os anos, porque é a única altura em que este país pára realmente – durante 15 dias. Esta semana voltam a abrir as fábricas mais necessárias para a situação, mas a maior parte dos serviços só abrem daqui a duas ou três semanas, após, como se espera, o pico do vírus atingir o seu auge. Além disso, as pessoas encontram-se em casa, reduzindo as saídas ao mínimo, razões pelas quais as cidades se encontram com muito pouco movimento, praticamente desertas. Em termos de habitação, as cidades chinesas mais modernas são formadas, sobretudo, por condomínios nos quais o acesso está bastante controlado a não residentes e são tomadas medidas preventivas, tal como está a acontecer em supermercados e centros comerciais. Existe a obrigatoriedade de usar máscara quando se sai à rua e as pessoas estão a ser avisadas diariamente, nas redes sociais, das medidas de prevenção que devem praticar, usar máscara, lavar as mãos com frequência, usar desinfetantes, evitar multidões e contacto pessoal, etc. Com base no que vejo nesta cidade, e sei que está a ser o padrão um pouco por toda a China, parece difícil o vírus espalhar-se descontroladamente porque as pessoas estão conscientes do que têm a fazer para que isso não aconteça e porque, como disse, as cidades ainda não começaram a carburar depois das férias, algo que está a ser adiado pelas autoridades durante algumas semanas. É certo que falta perceber melhor alguns dados sobre este vírus, o seu verdadeiro grau de contágio, mas espera-se efectivamente que se possa, pelo menos, estagnar a situação até ao retorno à normalidade. Acreditemos que sim, porque a bem da verdade, este país com quase 20% da população mundial está a trabalhar diligente e organizadamente para combater esta situação. Pela internet compram-se alimentos com facilidade e celeridade, quanto às encomendas de máscaras as entregas estão a demorar algumas semanas, mas as fábricas deste produto voltaram ao trabalho mais cedo. Assim como aqueles atentados que levam a vida de centenas pessoas em países a que ninguém quer passar cartucho, isto é, situações que aparentemente nos passam ao lado, vivem-se de forma totalmente diferente quando se está por dentro. Por isso, devemos mostrar algum respeito, alguma contenção, pelo menos. Não é fácil estar a viver uma situação desta natureza, sem sair de casa ou do bairro, com indefinição e algum receio natural. Mas estamos positivos e confiantes, estamos com a China, acreditamos que o homem é capaz de resolver os problemas que cria. Assim é o mundo, assim são as vidas de cada um de nós. Estamos cá para o que der e vier com informação, consciencialização e precaução. Troçar, veicular notícias infundadas e catastróficas, não contribui de modo nenhum. Abraço!

 

* Leitor de Português na Universidade de Sun Yat-sen Cantão Guangdong – China

 

A Nova Guerra Mundial

A guerra, a fome e a doença foram, desde os primórdios da história humana, as maiores ameaças à sobrevivência dos indivíduos e dos grupos onde se integravam. Foi a promessa de proteção contra elas, sobretudo a primeira que conferiu aos líderes históricos, o poder, reconhecido pelos seus pares.

A troco da segurança, a comunidade prestava vassalagem e pagava o respetivo trubuto ao chefe militar. Este mandou construir fortalezas para se proteger dos atacantes e ali dar igualmente, abrigo aos seus protegidos. A estratégia, tendo evoluído, ao longo dos séculos manteve, no essencial a estrutura consagrada e estruturada por Sun Tzu, no século IV AC no tratado “A Arte da Guerra” que, com mais ou menos variantes passava sempre pelo confronto direto com o agressor/invasor. Por muito importante que fosse a conquista a defesa foi sempre a principal preocupação pois era dela e da sua garantia que dependia, em última análise, a sustentabilidade dos exércitos. A proteção passou inicialmente pela construção de paliçadas, muralhas, cidades fortificadas, navios couraçados, fronteiras eletrificadas, escudos de defesa, antí-mísseis e... estamos no dealbar da guerra cibernética. Recentemente um general iraniano foi morto por um drone teleguiado. Contudo, a principal guerra, a vital batalha defensiva trava-se no ciberespaço, nos bunkers tecnológicos das Agências Nacionais de Informação. As guerras mundiais deixaram de acontecer, até agora, não pela diminuição dos equipamentos bélicos, não pela menorização dos exércitos e muito menos pela índole pacifista dos generais. Não há mais guerras à escala planetária porque, diariamente, constantemente, estão a ser monitorizados, vigiados, anulados e eliminados, preventivamente milhares de agentes bélicos e das suas continuadas ações.

O mesmo se passou com a saúde. Os combates às doenças têm, tal como outras atividades humanas, seguido caminhos paralelos aos da atividade marcial. O ataque aos agentes patogénicos, dificultado pela sua característica microscópica, dando-lhe por isso uma vantagem natural superior à dos exércitos tradicionais. As pandemias (guerras mundiais desta espécie) eram combatidas com quarentenas, isolamento de cidades, bandeiras negras demarcadoras e refúgio em zonas “limpas”. A evolução veio com o reconhecimento individual e científico do inimigo e com o uso da arma letal: os antibióticos; e muitas medidas preventivas: as vacinas. Contudo, ao contrário da outra, que nos últimos tempos se foca em eliminações cirúrgicas dos inimigos mais poderosos e mais perigosos, o uso maciço de antibióticos dedicou-se a eliminações indiscriminadas de todos os agentes patogénicos, logo, abatendo de imediato, os mais frágeis. Os que resistiram (cumprindo uma quota estatística, mesmo que pequena) foram sem dúvida, os mais fortes resultando portanto num reforço exponencial do inimigo! Por outro lado a globalização veio eliminar barreiras proporcionando viagens universais e gratuitas: os vírus não têm passaportes nem pagam bilhetes. E, ao contrário dos exércitos modernos, são democráticos: não escolhem as suas vítimas. Para complicar não reconhecem nem se detêm perante fronteiras, bunkers ou outros “esconderijos”. As poderosas lideranças dos tempos modernos não atemorizam os microscópicos vírus e bactérias que evoluem, continuamente, se reproduzem eficazmente e se disseminam rapidamente. Os custos em vidas e em recursos económicos e financeiros crescem exponencialmente e só tenderão a agudizar-se.

Tal como na guerra clássica, é necessário mudar radicalmente, o paradigma. Mais do que a proteção das pessoas que os mantêm, o que os ricos e poderosos têm em mãos, é a sua própria proteção. E, perante os riscos da ação curativa e da despesa associada ao combate às crescentes e frequentes pandemias, só se antevê uma atuação consequente e racional – apostar tudo na prevenção e no combate precoce. Para isso só se antevê uma solução: a implementação do Serviço Mundial de Saúde, eficaz, global, acessível e gratuito.

 

O fado Lisboa Luanda Leaks

A inevitável independência de Angola veio cedo demais.

Deveria ter acontecido alguns anos depois, somente, embora não muitos mais. Precipitada pelo golpe de estado militar de 25 de Abril de 1974, processou-se da pior forma.

Por ironia da História aconteceu numa altura em que as Forças Armadas da Portugalidade, que incorporavam soldados de todas as raças e credos, dominavam em absoluto todo o território angolano, garantindo a paz militar e a segurança civil em todos os centros urbanos, bem como assim a circulação livre e segura de pessoas e bens.

Para lá de que elas próprias rasgavam estradas, dispensavam alimentos, educação e cuidados de saúde às populações mais recônditas e carenciadas, e asseguravam a concórdia entres grupos étnicos rivais.

Infelizmente esse prometedor período de paz e progresso foi brutalmente interrompido mal a independência sob a bandeira marxista-leninista se consumou, dando lugar a uma medonha carnificina que descambou na desumana autocracia corporizada no déspota Eduardo dos Santos.

Eduardo dos Santos e cúmplices que, deslumbrados pelo poder totalitário e pelo dinheiro fácil do petróleo e dos diamantes, condenaram impunemente os angolanos à mais degradante miséria, com desprezo total pelos direitos do homem.

Portugal também esteve em rumo idêntico, diga-se em abono da verdade. Salvou-o a Europa, que continua a valer-lhe, muito embora prossiga com a corda na garganta.

Agora mesmo a agitação social está ao rubro, provocada por forças obscuras que procuram lançar Portugal no caos, favorecendo a criminalidade de toda a classe, fomentando o racismo, protegendo a imigração selvagem e incitando grupos marginais a sublevar-se contra a autoridade de direito democrático.

Tudo sob a égide da governança autodenominada socialista, com a conivência cínica do PCP e do BE, autointitulados de esquerda, e a titubeante oposição do PSD e do CDS, ditos de direita. Uma comédia grotesca encenada no palco do Regime da corrupção, agora esperançosamente abanado por novos protagonistas.

Angola, porém, talvez por se tratar de um país africano, não teve quem de boa-fé lhe deitasse a mão, pelo que os desonestos machuchos angolanos encontraram nas elites políticas e económicas de Lisboa com provas dadas no saque do Estado português, os comparsas ideais.

Tudo se ajustava: a democracia ainda não chegara em pleno a Portugal e a independência de Angola viera cedo demais.

Tivesse vindo uns anos depois e Angola seria seguramente um exemplo para África e para o Mundo. Seria, por certo, um país moderno e progressivo, livre de traidores, salvo da guerra civil e governado por cidadãos com o mais elevado sentido cívico e patriótico.

Com a intervenção em curso do chamado Luanda Leaks o consulado de Eduardo dos Santos parece estar finalmente a desmoronar-se e o Regime corrupto português a ser, por igual, denunciado internacionalmente.

É fatal como o destino!

É o fado Lisboa Luanda Leaks que, aparentemente, anuncia uma nova esperança para a democracia em Portugal e em Angola. Esperemos que não seja só fogo-de-vista e que tudo não passe de uma ruidosa rendição de quadrilhas.

Angola e Portugal merecem melhor sorte.

Que Nossa Senhora da Muxima proteja os angolanos.

E Nossa Senhora de Fátima os portugueses.

 

Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.