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Associação de Atletismo de Bragança prepara participação no inter-associações de corta-mato

Ter, 24/11/2020 - 19:27


A prova é organizada pela congénere de Braga e está marcada para o próximo dia 13 de Dezembro, no Parque Desportivo e de Lazer de Souto Santa Maria, e conta com as associações regionais da Zona Norte (Associação de Atletismo de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real).

Parabéns à câmara de Moncorvo

A partir de dezembro, a Câmara de Moncorvo vai atribuir um vale no valor de cinco euros a cada munícipe que acumule cinquenta euros de compras no comércio local. Até ao máximo de mil euros de compras por família, dez por cento das suas compras, no concelho, são devolvidos pela autarquia moncorvense para serem, obviamente, gastos no comércio tradicional ou nos produtores concelhios. Cem euros não é muito dinheiro, nos tempos de crise que vivemos e, pior que isso, na época sombria que se avizinha. Não chega para compensar a falta de faturação no comércio, a escassez de vendas de quem não tem outra fonte de rendimento para além das vendas dos produtos cultivados ao longo de um ano inteiro. Não substitui a lacuna salarial de quem viu os rendimentos mensais diminuídos e, pior que isso, quem ficou desempregado ou viu desaparecer o contrato de prestação de serviços. Mas é melhor que nada. É dar um contributo no bom sentido e, ao mesmo tempo que se aplicam corretamente os recursos comuns, convocar e envolver todos os munícipes numa tarefa que, por muito grande, penosa e difícil, será sempre menor, menos dolorosa e menos custosa se levada em cooperação. O montante de recursos disponibilizado pela Câmara vai ser multiplicado porque não se tratando de um subsídio, implica uma atividade económica muito superior ao valor reservado no orçamento municipal. Seria ideal usar a totalidade do montante que esta operação permite que numa conta rápida coloca ligeiramente abaixo dos quatrocentos mil euros. Se o dispêndio camarário for de trezentos mil euros pode-se considerar que a operação será um sucesso. Apesar disso, não duvido que o Executivo Camarário (Presidente e vereadores) gostaria de ter um valor superior que colocasse a fasquia mais acima, quer no montante máximo, quer, seguramente, na percentagem de comparticipação. Mas ninguém ignora que as verbas municipais são escassas e estão longe de assegurarem a satisfação das carências diárias, urgentes e prementes. Tenho a certeza que o Executivo gostaria de poder dispor de uma verba superior e que este desejo é, antes de mais ninguém, incorporado pelo Presidente da Câmara. De tal forma que nem me passa pela cabeça que, por sua própria iniciativa, numa época destas fosse estragar este quadro atirando cento e cinquenta mil euros para fora do concelho para organizar e levar a efeito a sua defesa num processo que já asseverou, garantiu e jurou ter sido levado a cabo, na posse de todos os pareceres, na estrita observância da Lei e com a aprovação dos respetivos órgãos municipais. A contratualização com o escritório de advogados lisboeta, AAMM, apesar de ter sido feita, segundo o texto contratual, para aconselhamento jurídico indefinido, há de ter por objeto um assunto complexo, delicado e, sobretudo, tão grave que não haveria em Moncorvo, nem na região, ninguém capaz de o levar a bom porto. É absolutamente impensável que se possa, nestas circunstâncias, esbanjar tal verba para se opor à questão da deslocação do busto do escritor Campos Monteiro

A novel aliança- Rui Rio – André Ventura.

Nem Rui Rio é santo nem André Ventura é diabo, ou vice- -versa. A aliança que acabam de protagonizar e que viabilizou um governo do PSD na Região Autónoma dos Açores, também não é santa e muito menos diabólica. É democrática, tão-só. Teve o topete, isso sim, de pôr termo ao consulado que governou os Açores durante 24 anos à luz de uma prática ideológica sui generis - o nepotismo socialista, prevalecente em toda a República. Destacados militantes do PSD e do CDS associaram-se a altos dignatários do PS para vituperar essa excêntrica aliança com palavras injuriosas, impróprias de gente civilizada. De que fizeram eco afamados analistas e comentadores políticos, todos afinados pelo mesmo diapasão e obedecendo à mesma batuta. Pesporrência intelectual de uns tantos, condicionados pelo status quo, que receiam que tal aliança se estenda a um futuro governo da República, o que não é de todo improvável. Argumentaram, imagine-se, que com a citada aliança falia nos Açores a mesmíssima democracia que sobreviveu, embora muito mal maltratada, à “geringonça” continental que incorporou adeptos confessos dos mais cruéis regimes totalitários da actualidade. Tudo aponta, de facto, para que o partido de André Ventura venha a crescer muito mais, ainda que, felizmente, não tanto que alcance a maioria absoluta que o habilitaria a impor à Nação, por si só, leis controversas como a pena de morte ou a castração química de pedófilos (há, por certo, outros métodos para castigar os violadores e reparar as vítimas), que requereriam, para lá do mais, o inevitável juízo constitucional. Normas que muito menos poderiam ser impostas sub- -repticiamente, como o actual Governo, em conluio com o BE, vem fazendo com a Ideologia de Género nas escolas. Assustador, para muitos, isso sim, é perceberem que o Chega, chamam-lhe o que quiserem, é o partido que no presente melhor lê, interpreta e cativa o sentir profundo do povo anónimo, não racista, não xenófobo e muito menos fascista, que anda justamente revoltado por ser constantemente desrespeitado, enganado e espoliado. Chega que poderá crescer o suficiente para se constituir no parceiro inevitável do PSD, (a seu tempo se verá), cumprindo a Rui Rio e a André Ventura a patriótica missão de resgatar a dignidade da Democracia, concertando reformas políticas e sociais que a “geringonça” postergou, designadamente: - A revisão da Constituição e leis correlativas moralizando e democratizando o Regime; - A reforma do Estado, reduzindo luxos e inutilidades e tornando-o menos oneroso e mais eficiente; - A reforma do Sistema de Justiça conferindo-lhe maior independência, credibilidade e eficácia no combate à corrupção; - A igualdade de direitos e deveres independentemente da raça, credo, status social ou filiação partidária; - O combate bem sucedido à pobreza, à dependência e ao vício; - A distinção entre refugiados, imigrantes e potenciais terroristas, salvaguardando os Direitos do Homem e a Segurança Nacional. Trata-se, em última análise, de reparar malformações do Regime que desacreditam a Democracia, que estão na base da falência do Estado e da efervescente revolta popular. Assim sendo lícito é perguntar: a quem mete medo, afinal, a aliança Rui Rio-André Ventura?! Uma coisa é certa: democracia não é capa e amparo de vigaristas e traidores

Mais coisa, menos coisa....

Agora já tudo são águas passadas, mas não se pode dizer que a minha entrada para a profissão tenha tido algo de honroso ou edificante, bem pelo contrário. Dada a grande afluência de alunos a partir do início da década de setenta, a escola viu-se de um dia para o outro a braços com a falta de professores qualificados. De modo que não se esteve com meias medidas e recorreu-se a malta que saía do secundário para remediar, procurando com ovos de péssima qualidade confecionar omeletas que não poderiam ser melhores. No fundo, apenas um pouco mais do culto das aparências que pelo tempo fora tem feito parte do nosso fado. Foi nessa leva inconsciente e inepta que eu marchei, em fevereiro de setenta e cinco, para dar educação física, embora pudesse nas calmas ter sido ciências, desenho, latim ou coisa que o valha. Não saí impune daquele salto para o escuro. A minha autoimagem ficou muito danificada com a experiência. Durante anos fui assaltado por pesadelos medonhos nos quais me via diante de alunos a quem não tinha nada para ensinar, em aulas onde era incapaz de dominar a desordem ameaçadora que rapidamente tomava conta de tudo. Mesmo que as condições tivessem depois mudado radicalmente, como mudaram, nunca cheguei a vencer de todo a insegurança, assim como um sentido teimoso de ineficácia e fracasso. Fiquei quarenta e três anos mais por apatia que outra coisa, sentindo bem a pertinência das palavras de mário de sá- -carneiro: “ganhar o pão do seu dia/com o suor do seu rosto.../— mas não há maior desgosto/nem há maior vilania!”. E foi, quase sempre, pouco menos que penoso. Aqueles tempos iniciais também eram sui generis por outras razões. As ideias que começavam a tomar conta de tudo (e com as quais eu alinhava abertamente, diga-se) incutiam às pessoas que a sociedade era composta de dominadores e dominados, opressores e oprimidos. Que era preciso derrubar o poder e a autoridade dos primeiros, pois neste mundo também tudo se move em função do conflito violento. Lutar de alguma maneira era urgente e estava na ordem do dia. É certo que na escola não havia patrões nem operários, mas sendo o sítio ideal para incutir nas jovens mentes as novas modas de pensar e levá-las a dar uns toques de luta de classes, num piscar de olhos ela já estava a ser acusada de reproduzir as desigualdades sociais, o aluno já era filho do povo explorado e o professor membro da burguesia exploradora. Foi por isso naturalíssima aquela tragicomédia em que a rapaziada chamou a si, em barulhentas érregêás animadas de devoção vanguardista, a liberdade de sanear os seus mestres mais broncos ou mais colados ao caduco estado novo. Com o excesso de genica e pouca tola que os dezassete anos costumam dar. Quando tudo recomeçou, começou logo a dar para o torto. Bem entendido, depois disso muita água correu sob as pontes. De então para cá, em teoria, a escola pública sempre tem declarado perseguir objetivos bastante elevados, tais como o desenvolvimento pessoal, os valores, o conhecimento científico, etc. Porém a ideologia instalou- -se nela desde então (e não apenas agora na disciplina de cidadania) como a ferrugem em chapa velha, algo que não poderá ser revertido antes de passarem muitas outras décadas e q.b. de sofrimento. Exemplos de crenças que por lá andam à solta, entre outras: aprender é algo a que se pode obrigar alguém; todos têm capacidades para aprender; o sucesso é um direito adquirido à partida, obrigando-se a escola apenas a confirmá-lo; atribuir aos alunos classificações que pouco fazem por merecer é beneficiá-los; os miúdos podem avaliar-se a si próprios; a escola é um lugar de confronto entre quem ensina e quem aprende; a escola precisa de dobrar a espinha perante pais ignorantes, desonestos e mal-educados. Que é feito do profe nesta ambiência tóxica?... Mesmo que o queira não se pode dar ao luxo de se mostrar um profissional científica e pedagogicamente habilitado, competente, sério. Com problemas em assumir que os filhos do povo não são todos inteligentes ou interessados, que não consegue ensinar por causa da indisciplina endémica, que participa num faz-de-conta pegado ao ter que apresentar resultados positivos que não tem, muito mais provável é que se deixe ir arrastando como uma figura entalada, complexada, acabrunhada. Afinal meteram-lhe na cabeça que a toda a culpa é dele.