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Qui, 25/09/2025 - 11:22
O saldo da conta de gerência do município de Vila Flor é de 4.5 milhões de euros negativos. Quem o diz é Abílio Evaristo, candidato do PS, à presidência do município. Este assunto motivou, na quarta feira da semana passada, uma troca de acusações acesa entre este candidato e o do PSD, atual presidente da câmara, Pedro Lima, no debate promovido pela Rádio Brigantia e pelo Jornal Nordeste, no âmbito das eleições autárquicas, marcadas para outubro.
Pedro Lima, apresentando o relatório de gestão do ano passado, disse que havia “equilíbrio orçamental de 200 mil euros”. “Não fico surpreendido porque já há quatro anos a única preocupação que um executivo de 28 anos tinha era falar de dinheiro. Acho que o objetivo dos vila-florenses é quererem saber se as contas estão bem e estão”, rematou, assinalando que à data de 31 de dezembro de 2024 a câmara tinha sete milhões de euros no banco.
O atual presidente disse ainda, quanto ao PS, que “há um vazio de ideias” e, por isso, “há apenas uma repetição de ataques”. “Se tivessem ideias tinham-nas concretizado ao longo dos 28 anos de poder, nomeadamente o candidato do PS, que esteve na câmara, quatro anos, como vereador”, rematou ainda o social democrata.
Relativamente a esta matéria, Abílio Evaristo assinalou que Pedro Lima quer levar as pessoas por “tolas” ou esquece-se que “o orçamento e a conta de gerência refletem as receitas correntes e as receitas de capital”, sendo que o candidato do PSD fala apenas da receita corrente e “esquecesse da receita de capital”. Segundo Abílio Evaristo as receitas totais, em 2024, eram de cerca de 12.9 milhões de euros mas as despesas totais ultrapassavam os 14 milhões. Assim sendo, o saldo é negativo de 1.4 milhões de euros. “A acrescentar a isso há ainda a amortização da dívida, que é de 190 mil euros, dos quais 135 mil são empréstimos que fizeram sem nenhuma necessidade. Para o saldo valem os milhões que lá tem, que são das receitas de capital, uma de 3.6 milhões de euros dos ‘gajos’ do PS que não fizeram nada, como você diz”, atirou Abílio Evaristo.
Os ânimos aqueceram quando Pedro Lima disse que as pessoas estão interessadas em saber se a câmara gastou menos do que recebemos e isso “é verdade”. “É mentira”, atirava Abílio Evaristo.
“Uma passadeira, uma rotunda, uma passadeira e um arranjozinho no arco de D. Dinis: foi exatamente isso que fez. O resto é papel ou vinha de trás”, vincou Abílio Evaristo, ao qual Pedro Lima respondeu que, ainda que fosse isso, tinha sido “muito mais” do que o que fez o PS.
Pedro Lima voltou a insistir. “O que os vila-florenses querem saber é se gastamos menos que o que recebemos”. Abílio Evaristo não aceitou. “É mentira. Prove. Mostre o relatório. Se eu estiver a mentir deixo de ser candidato. Faça você o mesmo”, rematou o socialista.
Sobre esta matérias as duas outras candidatas também se manifestaram. “Se ganhar vou fazer uma auditoria”, rematou Susana Bártolo, da CDU. Cecília Ferreira, do Chega, disse o mesmo. “Faremos uma auditoria. Eu noto valores que não me parecem corretos”, frisou.
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