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Tio João

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Peregrinação a Fátima em filme

Olá familiazinha! Hoje quero começar por homenagear o nosso tio Firmino Ginja, de Carção (Vimioso). Era alguém que não sabia ler nem escrever, mas sabia “estreler”, viver e conviver. Era também um filósofo do povo. Tinha uma maneira de cantar única, parece que ainda o estou a ouvir a cantar:
“Oh! macieira do adro, oh! do adro macieira!”.
Cantava-nos também o sofrimento da sua vida em verso. Era do povo, era simples, era humilde e típico. Fazia parte da fundação da Família do Tio João.
Conhecemos um pouco da sua vida, através de uma reportagem sobre a Família do Tio João, feita pelo canal de televisão alemã ARD. Herdei-lhe expressões que utilizo muitas vezes, como por exemplo: “Deus nos dê bons dias. Bons dias nos dê Deus” e “Deus lhe pague e bem-haja”.
Faleceu no domingo e, na segunda feira de Páscoa, um dos seus netos, cumpriu o último desejo do seu avô de informar a família da sua morte. Tantos anjos o acompanhem como vezes nos fez felizes com as suas participações. Os sentimentos à família enlutada e o eterno descanso à sua alma.
No passado domingo estive em Vinhais, na ante-estreia do filme «Fátima», de João Canijo, que é o tema que vamos desenvolver neste número.
 

Tocam os sinos na torre da igreja...

Olá familiazinha! Estamos a viver a semana da Páscoa depois de algumas das nossas casas já terem recebido a visita de Jesus Ressuscitado na, ainda, visita pascal, havendo também outras localidades em que a visita pascal se faz tradicionalmente no próximo Domingo de Pascoela.
Chegou a hora de vos confidenciar que, dos 8 aos 14 anos, fui sacristão do saudoso cónego Ruivo, juntamente com o meu ‘professor’ de sacristia e meu vizinho na Rua Nova, Teófilo Machado, com quem aprendi a ajudar à missa e também a tocar os sinos da igreja da Sé. Conclusão: também fui sineiro! Tocava antes das missas dominicais, repicando quatro sinos ao mesmo tempo. Aprendi ainda a tocar a sinais, para anunciar a morte de alguém. Lembro-me ainda que tocando três vezes, com um intervalo de alguns segundos era para anunciar a morte de um homem; se fossem só duas vezes seria uma mulher que teria falecido. Também era usual, enquanto decorria o cortejo fúnebre de algumas pessoas mais abastadas, ser tocada a marcha fúnebre com os quatro sinos. Ainda me estão a saber bem os 20 escudos que me dava o saudoso Monteiro da funerária para estar a tocar os sinos até perder de vista o cortejo. Penso que a última vez que toquei a marcha fúnebre foi a 21 de Abril de 1987, no funeral do meu avô. Nunca mais me lembro de ter tocado mais vezes nem de que alguém o tenha feito. Esta semana vamos falar da importância do sino nas nossas terras.

 

As relíquias da Semana Santa

Olá familiazinha! Tivemos um fim-de-semana em cheio. No sábado fizemos uma emissão especial do Bom Dia Tio João acerca da Feira do Folar e Azeite de Izeda, com a presença nos estúdios de vários convidados da Associação de Desenvolvimento da Região de Izeda que, juntamente com o município, são os promotores da feira. No domingo estivemos em directo de Caçarelhos a fazer a emissão Especial Domingão na Feira do Pão, com a participação da família do Tio João e dos tios e tias da aldeia.
 

Lazarinas, as laranjas de S. Lázaro

Olá familiazinha! Chegámos ao quarto mês do ano. No passado domingo estivemos, pela quarta vez consecutiva, em directo de Argozelo, na Feira da Rosquilha, numa edição especial de domingão, com a participação da Família do Tio João. Para a semana estaremos na Feira do Pão, em Caçarelhos (Vimioso), continuando assim a promover os eventos das nossas terras.
No domingo foi também o dia de S. Lázaro, que é sempre o segundo domingo antes da Páscoa: “Domingo de Lázaro, Domingo de Ramos e na Páscoa estamos!”. Como em Bragança há a tradição de festejar o S. Lázaro na sua capela, vamos dedicar este número ao S. Lázaro e tentar saber o porquê das lazarinas, que são as laranjas de S. Lázaro, numa conversa com Isidro José Afonso, o responsável da obra de S. Lázaro. Recolhemos também algumas orações dedicadas a este santo, que queremos partilhar aqui convosco.
No mês de Abril que agora entrou, segundo o “Seringador”, deve semear-se milho nas terras secas, feijão rasteiro, abóbora, couve-galega, espinafres, ervilhas, melancia, melão, nabiças, pepino e rabanete. Deve plantar-se alface, batata, cebola, couves, pimentos e tomates. Devem colher-se ou apanhar maçãs, laranjas, tangerinas e limões. Outros trabalhos a não esquecer são o início das mondas e o sachar dos campos semeados no mês de Março. Semeia-se o milho e plantam-se as batatas em terras mais secas. Nas terras mais fundas, só no fim do mês; tosquiar as ovelhas no minguante da lua; defender a horta dos ataques dos insectos e das lesmas com pesticidas apropriados.

 

A Primavera chegou e o Inverno atacou

Já muitos tinham feito as sementeiras e muitos escritórios agrícolas estavam repletos de trabalho mas, agora, estão fechados devido a uma avaria no ar condicionado que só funciona no frio, gelo e neve… Há também aqueles que já temem que este tempo tenham afectado a produção de cereja, batata e a vinha, porque podem ter apanhado “chumbo”.
 

A família visitou a capital

A Primavera chegou dia 20 de Março às 10h29min. Este instante marca o início da Primavera no Hemisfério Norte. Esta estação prolonga-se até ao próximo solstício que ocorre no dia 21 de Junho, às 05h24min. Atenção, no próximo sábado antes de se deitar adiante os ponteiros do seu relógio uma hora, assim, no domingo acorda na hora certa. Vem aí a hora de Verão. Neste fim de semana fomos visitar a nossa capital tivemos o sol a brilhar. Também brilhou nos nossos olhos a beleza de Lisboa. Neste número regressamos à poesia, com versos do nosso Tio Zé Carlos, dedicados à Primavera.
 

Feliciano Rodrigues, artesão da precisão Artesanato engarrafado...

Olá familiazinha! Já vos posso informar que o XXVIII PIQUENICÃO DA FAMÍLIA DO TIO JOÃO vai ser na vila de Vimioso, no dia 25 de Junho, domingo e, pela primeira vez, num pavilhão multiusos com ar condicionado e outras comodidades, pois habitualmente temos estado em vários santuários e ultimamente nos centros de algumas vilas, sempre com temperaturas elevadas.
O concelho de Vimioso vai estar muito em foco nos próximos tempos, visto que no dia 2 de Abril (Domingo de Lázaro), vamos estar em directo, mais uma vez, da Feira da Rosquilha, em Argozelo e no Domingo de Ramos, dia 9 de Abril, estaremos em directo da Feira do Pão de Caçarelhos, com o Domingão do Tio João.
Neste número vamos apresentar o tio Feliciano José Rodrigues, de Vila Meã (Zona da Lombada – Bragança), que é engarrafador de artesanato.

 

Os 105 anos da Tia Maria João - Ser mulher ontem, hoje e amanhã!

Olá familiazinha! Já estamos no mês de Março, que principiou com a Quarta-Feira de Cinzas, o início da Quaresma.
A Mulher, o Pai e a Primavera estão em destaque este mês: Dia 8 de Março é o Dia da Mulher; Dia 19 é o dia do Pai e a Primavera começa no dia 20.
Segundo reza o “Seringador” para este mês, deve-se semear milho, trigo de primavera, cevada, luzerna e outras forragens, linho, abóboras, alfaces, beterraba, cenouras, ervilhas, espinafres, feijões, melancias, melões, nabiças, rabanetes, salsa, tomates e pepinos. Plantar ou transplantar: batatas, cebolas, couves e espargos. Colher cebolas brancas e cebolinhos, rabanetes e azedas.
Preparar as terras para o milho e a batata de regadio e nas regiões com menos geada semear trigo, aveia, centeio e cevada. Preparar as estacas para feijões e ervilhas.
Concluir as trasfegas aproveitando para isto o tempo seco e sem grandes variações de temperatura. Prosseguir ou terminar o engarrafamento dos vinhos.
Este é um dos meses com maior actividade no que a sementeiras e plantações diz respeito.
Nesta edição comemoramos os 105 anos da Tia Maria João (Marquinhas) e também a crónica de Elsa Fernandes sobre o ser mulher.

 

Já temos mais um entrudo em cima… O nosso e outros Carnavais!...

Olá familiazinha! Quando eu era criança também brincava ao Carnaval, apesar de nunca ter sido muito de me mascarar. De bisnaga cheia de água em punho e farinha na outra mão, lá ia eu à procura das raparigas para as enfarinhar porque, “no Carnaval ninguém leva a mal!”. Antigamente havia muitos pais que não deixavam as filhas sair neste dias para não serem enfarinhadas. Também recordo as famosas matinés de bailes infantis do Clube de Bragança, onde estive presente alguns anos.
Agora o Carnaval é mais organizado. A nossa cidade fez um grande desfile com a presença das escolas e de algumas instituições de Bragança. Nesta quadra também há várias localidades que festejam o Carnaval com desfile de carros alegóricos, como é o caso de Coelhoso que, no Domingo Gordo, faz o Funeral do Pai Fartura, bem como o célebre Entrudo Chocalheiro em Podence.
Este ano um grupo de amigos da Família do Tio João, resolveu organizar, pela primeira vez, um almoço de Carnaval com tarde dançante, visto que todos os anos, nesta data, se realizava a viagem de Carnaval da Família. O almoço típico de Domingo Gordo realizou-se no pavilhão multiusos de Caravela (terra da tia Leninha, senhora minha esposa) e contou com a presença de mais de uma centena e meia de comensais/foliões, que saborearam um repasto composto de moelas, coxinhas e asinhas de frango, alheiras e chouriças, feijoada lombardesa, carnes de porco assadas, acompanhadas de arroz e salada. Várias sobremesas, onde não faltaram as filhós, típicas do domingo filhoeiro, café e digestivo. Durante a tarde houve também baile com o organista e acordeonista Francisco Cubo, onde houve um prémio para o melhor mascarado, que foi o tia Yolanda Fernandes, filha da nossa tia Afonsa.
Aproveitamos para apresentar as nossas condolências à família enlutada de José Zoio, que morreu tragicamente em Salsas, e à nosso tia Guidinha pela perda da sua centenária mãe, que há dois meses tinha sido motivo da nossa página.
Neste número vamos saber como se festeja o Carnaval em Colónia (Alemanha) através da crónica do nosso ouvinte, emigrante nessa cidade, Jorge Rodrigues.

A nossa pastorinha... O sonho realizado da “menina dos cincos”

Olá familiazinha! Parabéns à nossa cidade velhinha, que assinalou ontem 553 anos de cidade. Esta semana quero apresentar-
-vos, caros leitores, a nossa pastorinha (a menina dos cincos). Já lá vão muitos anos que a Lucie Esteves (de Tó - Mogadouro) nos telefonava muitas vezes para o programa Bom Dia Tio João, enquanto andava a pastorear o seu rebanho de ovelhas. Tinha, na altura, 7 anos e, ano após ano, fomos acompanhando o seu excelente percurso escolar. Por isso a baptizámos como a menina dos cincos, porque até ao 9.º ano teve sempre cinco a todas as disciplinas. Dizia emtão que tinha um grande sonho: o de “ser mulher”!
Deixámos de ter notícias dela durante alguns anos, mas com muita satisfação voltámos a ter notícias suas, quando nos telefonou para o programa, em directo da Suíça, dizendo-nos que se encontra naquele país a exercer a profissão de audiologista. Na sequência deste reencontro brindou-nos com a crónica do seu sonho realizado, que a seguir vamos partilhar com todos vós.
Toda a gente sabe que a vida de emigrante é cheia de muitas saudades do nosso país, da família, da terra natal e a Lucie não é excepção. Isso mesmo desabafou connosco em directo no programa, o que de imediato provocou a reacção de vários tios e tias também emigrantes na Suíça, deixando o número de telefone para que a Lucie os contacte e possa conviver com eles, de modo a minorar as saudades.