Condições da Escola Secundária de Vinhais motivam queixas ao ministro
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Qua, 24/10/2018 - 10:00
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Qua, 24/10/2018 - 09:53
Ter, 23/10/2018 - 11:51
O Valpaços deixou escapar a vitória na casa do Macedense e só se pode queixar de si próprio. Os forasteiros pecaram na finalização.
Ter, 23/10/2018 - 11:46
Os Pioneiros de Bragança entraram de forma positiva com um triunfo na deslocação a Vimioso, 3-5 foi o resultado final.
André Meneses, que bisou, João Paulo e Nelinho, que também fez um bis, apontaram os golos da equipa brigantina.
Ter, 23/10/2018 - 11:42
O campeonato ainda está numa fase muito inicial mas os favoritos começam a mostra-se. A começar pelo Grupo Desportivo de Bragança. A formação treinada por Carlos Silva venceu o duelo de candidatos, 0-2 com o Vimioso.
Ter, 23/10/2018 - 11:38
O Grupo Desportivo Mirandês tem três caras novas, chegaram reforços para a baliza e para o ataque.
Ter, 23/10/2018 - 11:34
O S.C. Mirandela quis fazer história na Taça de Portugal e deixar o seu nome mais uma vez, tal como aconteceu em 2012 frente ao Vitória de Setúbal, inscrito na lista dos “tomba gigantes” da prova rainha do futebol português, mas o Feirense foi mais feliz no capítulo da finalização.
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Ter, 23/10/2018 - 11:28
O Mirandela está afastado da Taça de Portugal, depois da derrota por 1-2, no domingo, frente ao Feirense, após prolongamento.
O confronto colocou frente a frente o emblema do Campeonato de Portugal e da 1ª Liga, mas as diferenças ficaram esbatidas dentro das quatro linhas.
Ouvir Bagão Félix dizer que o orçamento de 2019 não é eleitoralista soa a contranatura. Dada a reconhecida autoridade que lhe assiste, a família política a que pertence e a conjuntura nacional na qual são geradas as grandes opções do plano, eu, enquanto cidadão comum, pouco dado a contas e pouco dado a dogmas, devia abster-me de qualquer comentário. No entanto, esta “estranha tendência” de pensar nas coisas e de problematizar o que, por princípio, se aceita, não me larga desde a juventude. De facto, para além do gosto de ser livre, esta forma de estar nada mais me trouxe, sendo que por nada a trocaria. Honra, por isso, aos meus mestres que nunca me aprisionaram e me permitiram conservar esta essência.
Olhando para o orçamento, prevê-se um aumento generalizado das pensões que se situará entre os seis e os dez euros, para além do aumento regular o que irá abranger 5,1 milhões de pensionistas. A estas medidas associa-se um novo regime de reformas antecipadas por flexibilização, já reclamado há algum tempo, seja pela questão da equidade e justiça como defendem os partidos de esquerda, seja pela necessidade de renovação dos quadros como referem os da direita. O reforço da sustentabilidade da Segurança Social também é apontado como um desígnio para o próximo ano, diversificando as fontes de financiamento, sendo de destacar a consignação das receitas do IRC em um ponto percentual.
Numa outra área, o OE aponta para a redução de custos no financiamento das empresas e do próprio estado, reforçando o crescimento económico e a convergência com a zona euro, estando previstos incentivos à capitalização e ao reinvestimento dos lucros.
O aumento do abono de família e a gratuidade dos manuais, até ao décimo segundo ano, inscrevem-se nessa linha de um orçamento eleitoralista sem margem para dúvidas, pois não se pode descurar o peso que as despesas com a educação têm no bolso dos portugueses. Esta, a par de outras medidas, sobretudo a que enquadra o mínimo de existência permitindo que os salários até seiscentos e cinquenta e quatro euros mensais não paguem IRS, serão benefícios a considerar em ano de eleições e quando se sabe que salários baixos é o denominador comum no mercado de trabalho. Se a factura da luz baixar 5% - algo que depende do que o regulador decidir – o ano de 2019 augura algo de bom para as famílias portuguesas, parecendo que uma página irá virar-se de vez. Se a isto se acrescentar que o trabalho suplementar deixa de se juntar ao salário para o cálculo da retenção na fonte, pode dizer-se que, efetivamente, vai haver um aumento real de dinheiro no bolso dos portugueses.
Independentemente de com quem se negociou, este orçamento parece que também vai agradar à função pública com aumentos que podem variar entre os cinco e os trinta e cinco euros, para além do descongelamento das carreiras.
No sector da saúde, também irá haver um aumento de 5%, havendo mais investimento no Serviço Nacional de Saúde, para além do alargamento da rede de cuidados continuados e o reforço dos cuidados primários, para além do investimento em algumas unidades hospitalares, algo que se conjuga com a redução do déficit.
Ou seja, numa primeira leitura, este será o orçamento ideal. Contudo, algo menos evidente existe, já que a comissão europeia – mais atenta do que o comum dos mortais – alerta para o aumento da despesa pública primária em 3,4% e a existência de um esforço orçamental abaixo o que se recomenda. Se a isto se juntar o facto de o governo estar a contar com 150 milhões de dividendos da Caixa Geral de Depósitos que podem não chegar porque é necessária a autorização da comissão europeia e do banco central, pode estar à vista uma derrapagem que será ainda maior caso a conjuntura externa não seja favorável à economia nacional.
Na verdade, o orçamento pode não ser eleitoralista e ser, efetivamente, realista. Dentro do que é possível tenta agradar a todos, falta-lhe, no entanto, arrojo e visão a médio e longo prazo. Não vai permitir que continuemos descansados, pois as ameaças à estabilidade orçamental são mais que muitas e o dinheiro continuará a não sobrar porque nem tudo se controla e neste caso há muitas variáveis que nos escapam.
As conclusões a que alguns investigadores chegaram sobre o que se passou quanto ao suposto roubo de armamento de Tancos, vem no seguimento das desconfianças que muitos de nós tínhamos sobre o caso. Tudo era demasiado estranho e sem sentido plausível.
O desvendar de uma série de situações incriminatórias ao mais alto nível, acabou por levar à demissão do Ministro da Defesa e para passar um pano sobre o pó que se estava a levantar em alguns ministérios, Costa resolveu, num golpe de mágica, fazer uma remodelação governamental. Deste modo desviou a atenção da comunicação social e dos portugueses para outro nível, deixando para trás não só o caso de Tancos, mas também a análise e discussão do Orçamento.
O país está a fervilhar. Há um descontrolo total. Uma série de greves com impacto nacional para além do desejável, limita muito o sentido de análise particular sobre determinados assuntos. Na verdade, não sabemos o que devemos discutir ou sobre o que devemos supostamente dar opinião, tal é a dispersão de assuntos graves em curso no país e sobre os quais não há soluções à vista. Desde a greve dos professores à greve dos enfermeiros, passando por muitas outras situações como a dos taxistas, e a dos médicos, tudo tem sido confusão.
O ministro das Finanças entregou no último minuto do tempo disponível, o Orçamento pronto para ser analisado e discutido. Foi um trabalho árduo, suponho, até porque era necessário encontrar pontos de convergência e acordo com os partidos de esquerda. Havia ameaças no ar e não eram veladas. Foi necessário ultrapassá-las.
Para amenizar a situação e acalmar os portugueses, o governo desvendou alguns pormenores do Orçamento como o aumento das pensões, aumento dos salários, descongelamento de escalões da função pública, a descida do IRC, os incentivos ao emprego no interior do país e até a aposta de uma Secretaria de Estado nova em Castelo Branco. Se as coisas fossem tão simples assim, tudo estaria muito melhor e o Orçamento seria um luxo para quem anda há tanto tempo a penar sob uma austeridade destroçadora. Mas não são.
Ninguém dá nada a ninguém sem querer algo em troca. Ora o governo não seria um mãos largas se não tivesse outros trunfos na manga. Para dar por um lado, tem de tirar por outro. Todos sabemos disso. E ele vai tirar e muito. Os supostos aumentos anunciados no Orçamento para 2019, não são reais, pois serão retirados através de impostos diretos e indirectos, como por exemplo o IRS e o IVA e o corte nas reformas antecipadas, para não falar de outras situações como o aumento do imposto sobre veículos ou mesmo os salários que ao passar de escalão passam a ser taxados por outro índice, ficando a receber menos do que antes. Enfim.
Se a comunicação social por vezes dá realce a certas notícias menos interessantes, desta vez tem primado pelos pormenores orçamentais desvendando alguns itens que nos fazem pensar mais pausadamente sobre isto tudo e mostrando o quanto este Orçamento pode ser altamente lesivo para os bolsos dos portugueses.
Por outro lado, as situações que têm vindo baralhar esta discussão têm servido de distracção pura e simples para que o pensamento e análise dos portugueses se disperse o mais possível. Todos sabemos que o Orçamento em ano de eleições tem muito de eleitoralista e este não foge à regra. Nada contra, porque qualquer outro partido que estivesse no governo faria o mesmo, mas não é necessário tomar os portugueses por lorpas. Divulga-se o “toma lá” para que todos fiquem contentes e não se refere o “dá cá”. Mas a cantiga não se altera!
A verdade é que o que aconteceu em Tancos foi demasiado grave e teve gente graúda envolvida. Todos soubera, todos sabiam, todos participavam, todos estavam em conluio e resta saber com que finalidade. É muito triste quando nem nos quadros superiores da defesa nacional se pode confiar. É uma vergonha terrível. Já não bastavam os casos de corrupção e roubo como o caso do Turismo do Norte onde os responsáveis máximos desviaram cerca de cinco milhões, como ainda ficamos a saber que os ministros também andam metidos em situações, no mínimo, altamente comprometedoras.
De qualquer modo e por mais voltas que dê a todo este emaranhado de situações, ficamos sempre com a sensação de que o Orçamento, mesmo aos trambolhões dentro da geringonça, acabará por ser aprovado, mesmo com os votos contra do PSD. E se Tancos acaba por ser esquecido mais tarde ou mais cedo, o Orçamento terá de vigorar durante o próximo ano e é com ele que teremos de viver. Resta saber quem vai ficar a ganhar alguma coisa com ele.