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GD Gafanha da brigantina Sara Costa sobe à 2ª divisão nacional de futsal feminino

Ter, 29/06/2021 - 17:39


A subida de divisão ficou confirmada no passado sábado, no Entroncamento, na final four da Taça Nacional, ao derrotar o CRC Quinta dos Lombos, por 5-6, com recurso à marcação de penáltis, depois de uma igualdade a um golo no tempo regulamentar e a dois golos no final do prolongamento.

“A pandemia obrigou-me a passar para o online e a conseguir chegar ao país todo e até ao mundo”

Ter, 29/06/2021 - 10:46


Já regressou às aulas presenciais?

Neste momento não. Neste momento, a escola de guitarra online é tudo o que eu faço. Tivemos um crescimento muito grande e muito rápido e a verdade é que estou completamente dedicado ao projecto da escola de guitarra online.

Televisão dada pela Cruz Vermelha de Bragança ajuda a combater solidão de Ernesto Rodrigues

Ter, 29/06/2021 - 10:35


Nestes dias, uma das distracções é o Campeonato da Europa de Futebol, que está a decorrer, mas a televisão que tem já não funciona. Foi aí que surgiu um pedido especial à Cruz Vermelha de Bragança, instituição que lhe presta cuidados e entrega bens alimentares.

Médico que recebeu Giovani Rodrigues garante que não tinha mais ferimentos além daquele que o matou

Ter, 29/06/2021 - 10:33


O médico que assistiu o jovem, de 21 anos, esclareceu, na última sessão do julgamento dos sete homens acusados do homicídio qualificado de Giovani, que o jovem, na altura recém chegado a Bragança, apresentava apenas um ferimento na cabeça e não tinha sinais de espancamento no corpo.

Arrancados da Terra

Por toda a sorte de travejamentos históricos, antropológicos, teleológicos e filosóficos presto atenção e estudo à civilização judaica, mesmo correndo o risco de desproporcionado e bazófia a empregar o vocábulo civilização. Não sendo judeu, julgo possuir algumas gotas de sangue a correr nas veias dos sefarditas vindos para a Península Ibérica após a destruição do Templo de Jerusalém, num percurso eriçado de cardos, abrolhos, silvas, sarças e pedras dos tortuosos caminhos cruzados e atravessados por mil armadilhas de caça aos judeus. Os itinerários da diáspora até chegarem à Península são conhecidos estando publicados em Atlas a possibilitarem-nos a real/realidade de com rigor formularmos o viver aperreado até chegarem a terras nas quais podiam esticar os braços, as mãos modelarem utensílios e artefactos, conceber comeres e beberes conforme os preceitos dietéticos consagrados no Talmude. Os agora raros e famosos cuscos foram concebidos no deserto em fogões portáteis de cerâmica pelos fugitivos judeus a par dos berberes, outras preparações culinárias tiveram a mesma génese (os renitentes em aceitarem a paternidade judaica consultem os receituários da religião mosaica), bem como o precioso beijinho da farinha do qual emanavam os ditos cuscos que ao contrário do propalado por gente inimiga de ler crónicas, cronicões e documentação de letra esgroviada requerem imensa oficina caseira, dias solarengos, colchões adequados e destreza manual. Judeus em Bragança? Não vou citar a bibliografia existente bebedouro sempre ao dispor, refiro Mendes dos Remédios, o Abade de Baçal e os processos perpetrados pela sinistra Inquisição, prefiro lembrar acção feia e involucrada na catequese de baixo do olhar do Senhor da Cana Verde, os claustros da Sé que me levou a correr ao lado dos demais meninos a estudarem e receberem o sacramento do Crisma, até à oficina de um sapateiro avô do António Eugénio e gritarmos JUDEU. O homem sentado na tripeça esboçou o gesto de se levantar, nós fugimos, no entanto fui travado pela senhora Dra. Margarida Machado, farmacêutica muito respeitada a qual censurou asperamente a nossa conduta. Dada a influência da Mãe do Tony, logo pensei na mão pesada do meu progenitor, logo esqueci a ganga da catequista a nomear malefícios atribuídos aos marranos e restantes judeus. Na rua Direita existiam marcas e métricas de cunho judaico, a Sinagoga, os próprios crentes a demandavam nos dias de culto. Na Bragança dos anos cinquenta do século passado existia o acentuado atavismo tolerante, do vive e deixa viver, daí o anti- -semitismo ser subterrâneo ou desprovido de significado social e político, no entanto, os termos judeu e acusa Cristos, eram casquinhados em tons jocosos depreciativos, porque ao fim e ao cabo judeus éramos «todos», por isso irmãos em Cristo. Na semana passada chegou à minha mesa de leitura e cogitação a obra Arrancados da Terra, do investigador brasileiro Lira Neto, no qual em escrita fluente escorada em fontes documentais rigorosas dá ênfase a um grupo de judeus sefarditas de peregrinação em peregrinação, 23 deles estão na génese de Nova Iorque. Os sefarditas da Península Ibérica correram Mundo, os nascidos e obrigados a abandonarem a vetusta Bragança muito contribuíram para tal, na sinagoga de Amesterdão o bragançano Oróbio de Castro terçou argumentos doutrinais com o, igualmente famoso Spinoza, ali repousam os seus restos mortais. No Arrancados da Terra, o autor descreve com minúcia o sistema totalitário da Inquisição, a cupidez dos seus membros, a resistência e angústia das suas vítimas, o crapuloso duplo jogo das Cortes as quais no «tapa-destapa» da utilização de cristãos-novos nunca existiu uma réstia de bondade relativamente aos seus financiadores, sim a ânsia pelo dinheiro destinado a suportar extravagâncias, pulsões militares e comerciais da nobreza de sangue azul, hereditária e perdulária. Os sefarditas ibéricos lograram levar a bom porto os seus objectivos apesar das tentativas do abafamento de pensamento e ideias provindas do seu labor, importa nos dias correntes não desperdiçarem energias nas bagatelas do quotidiano, continuarem fiéis a si próprios e orgulhosos do seu passado dos dias de dor, também dos momentos de regozijo e glória.

Vendavais- Avisos em saco roto

Quando as coisas não correm tão bem como se queria, o povo costuma dizer que não foi por falta de avisos. É verdade. Os avisos e conselhos são grátis, porque se tivessem de ser pagos, ninguém ou muito poucos os aceitariam. Contudo, elevados na enorme sapiência que cada um de nós arvora, sempre vamos entregando conselhos a quem os quer ouvir. Não custam nada e se não os seguirem, nada se perde a não ser o facto de poderem a ser verdadeiros e o resultado ser desastroso. Muito embora ninguém tenha a certeza sobre os avisos que dá ou os conselhos que, delicadamente despeja nos ouvidos dos mais incautos, o certo é que muitos deles em vez de caírem em saco roto, bem poderiam ser seguidos para evitar maiores constrangimentos. Há algumas semanas que venho dizendo em jeito de aviso ou conselho, se quisermos, que o vírus que nos anda a alterar completamente a vida, não está a brincar com o tempo, mas sim com as pessoas e que estas deveriam ter mais responsabilidade no modo como tratam este assassina que mais parece o fantasma da ópera. Tão depressa aparece com um nome como depois reaparece travestido de nome diferente e ainda mais mortífero. Não se dá a conhecer e nem se mostra, talvez com receio que alguém o reconheça na face do parceiro que está em frente. Não me faz mossa que as pessoas não tivessem seguido os meus conselhos sobre este assunto, mas a verdade é que quando referi que a época de praia e lazer poderia ser totalmente diferente se as pessoas não se acautelassem e procurassem evitar os aglomerados e as festas e festividades por que todos anseiam, estava com alguma certeza do que poderia acontecer. Agora está a acontecer. Não sei se será tarde demais, mas a continuar desta maneira, ninguém duvide que o país inteiro e não só Lisboa e vale do Tejo e Porto, vai ficar novamente confinado ou pelo menos em condições muito restritas, roubando-nos a pouca liberdade de que já estávamos a gozar. Sabemos que a capital e arredores é uma área enorme e que depressa o vírus se propaga de um dia para o outro. Todos sabem disso. Então por que razão não param para pensar e se coíbem de fazer alarde dessa liberdade que pensam que têm, mas que depressa irão perder? A irresponsabilidade de uns é paga pelos que, com receio, vão andando pela rua bem resguardados e a uma distância recomendável e, que não têm culpa dos que se atravessam pela frente embrulhados em fatos de sapiência científica. É pena. Apesar da vacinação estar ainda numa fase em que a faixa abaixo dos 35 anos não está vacinada, estes deveriam ter muito mais cuidado já que a realidade nos mostra que são eles, os mais jovens, que estão a ser atingidos pelo vírus e estão a entrar nos hospitais e a encher as enfermarias e as UCI’s. Pensavam os mais jovens que não seriam atingidos, talvez porque a DGS inicialmente afirmou que as camadas mais jovens estariam mais a salvo da ação do vírus. Puro engano, como se está a constatar. Agora todos correm à procura de centros de vacinação antes que seja tarde demais, mas as vacinas tardam em chegar e não são suficientes para tanta procura. O medo aperta. Voltando ao que referi há tempos, parece-me efetivamente que as belas praias do Algarve e da costa alentejana ficarão mais vazias do que se pensava. Já não chegava a contingentação obrigatória em cada areal, medida com os ridículos semáforos, como se tratasse de uma autoestrada para o inferno, como agora o espalhar dos casos com vírus por esses areais que esperavam os portugueses dispostos passearem-se à beira mar. Portugueses sim, porque os ingleses parece que continuam proibidos de se pavonearem pelo sul do país e até de poisarem em solo luso. Coisas dos nossos aliados! Tontos ou eles ou nós! Como se nada disto chegasse, a chanceler Merkel também veio dizer que tudo isto poderia ter sido evitado em Portugal. Grande descoberta! Eu disse isso primeiro e não sou chanceler de coisa nenhuma! Todos sabiam disso. O problema é que só nos lembramos de Santa Bárbara quando troveja. Só começamos a ter medo quando a casa do vizinho pega fogo. É pena. Há semanas éramos os melhores da Europa e uma referência extraordinária e de repente, passámos para um dos piores. Porquê? Ninguém quer ouvir os conselhos gratuitos nem seguir os avisos mais inocentes e depois pode ser tarde demais. Era bem melhor que os avisos não caíssem em saco roto!

Dura e branda lex

Acreditamos ou não na justiça precisamente por ela ser incerta, valor variável numa escala graduada em cujos extremos se opõem o péssimo e o ótimo e um ponteiro se desloca aproximando- -se de um enquanto se afasta do outro. As suas fraquezas estão muito para cá de haver juízes e procuradores corruptos. Começam na ação de legislar, tarefa habitual de gente instruída, privilegiada. Só ignorando o egocentrismo inato do ser humano se poderia pensar que não teriam em conta os interesses próprios, os dos seus, os da classe. Vai contra as leis da biologia que quem parte e reparte não fique com a melhor parte. Autopreservação, instinto de sobrevivência, dirigem tudo o que fazemos. Ser parciais é da nossa índole, anterior e mais funda que a raça, o género, a posição, a instrução, ser rico, pobre, poderoso, humilde, viver neste ou naquele regime, sistema político ou económico, considerar-se conservador, progressista, revolucionário, reformador. Do ponto de vista do poder económico/financeiro, o primeiro poder, a democracia traz instabilidade a cada pouco tempo, impondo- -se trocar as voltas à insegurança que vem com ela. Pode ser pela criação de estruturas que sob uma fachada de ideais humanitários e procura de autoconhecimento manobram na sombra. Falo evidentemente dessa coisa a que chamam maçonaria. Mais simples e eficaz é tomar conta dos grandes partidos, fazendo com que designem para o parlamento servidores seus cuja função será elaborar leis para a salvaguarda futura dos negócios e em quem votamos como se nos fossem representar. Se for gente do direito, melhor. Como estes paus-mandados também costumam alimentar projetos pessoais de enriquecimento à margem das leis, travam por sistema tentativas de legislar contra ele. Não se pergunta a quem tem ideias de gamar se quer ser condenado quando um dia o fizer. O legislativo tem este senão, o executivo designa quem lhe convém para as chefias do judicial e este faz aplicar leis que os outros três deram à luz. De separação de poderes estamos conversados. Enquanto não for trabalho de máquinas, os dados vão viciados antes de alguém sequer os lançar. Quem se admira portanto que a justiça seja por norma reverente para com os poderosos e sinta uma visível inibição em chamá-los a si? Que haja imensas e tortuosas leis, interpretáveis de forma mais ou menos tendenciosa por advogados em função do que se lhes paga? Que de uma decisão possa haver recursos sobre recursos consumidores de tempo, traduzido na prática em regalias para quem prevarica e tem mais dinheiro? Que haja um dia em que um crime deixa de ser crime? Aquele ex-primeiro-ministro-personagem-de-farsa e o banqueiro que corrompia meio mundo vão ser julgados por um quinto daquilo de que eram acusados. No fim, aposto que condenados por nada e a pedir uma indemnização ao estado, isto é, a nós. Nos dias seguintes a esse anúncio talvez há muito pensado foram-nos dizendo que agora sim, daí para a frente é que se ia combater finalmente o flagelo da corrupção. Apesar de lorpa, o povo é propenso a ataques de mau-humor e intempestividade, desaconselha-se excitá-lo muito. Mas não vale a pena ir a fugir preparar discursos exaltados para o defender. Visões idealistas acerca dele conduzem geralmente à deceção. Sempre que pode faz pior. Um indigente sem qualquer literacia dando por acaso de caras com a varinha mágica que lhe permitisse legislar aproveitaria de imediato para puxar a brasa à sua sardinha. Enquanto e não, as melhores garantias de que goza serão sempre a sua boa conduta, pois se lhe acontecer virar-se do avesso e chamar publicamente besta a uma cavalgadura o que tem mais certo é sentar o cu no motcho, passe o popularismo. Com tantas faltas que lhe são apontadas, mortinho por mostrar serviço, para ele o tribunal terá mão de ferro. Apesar de tudo é reconfortante viver num regime que assegura direitos e liberdades, deus no-lo preserve. Vamos andando menos mal com a justiça que temos. É melhor que a da libéria, de certeza, e o tempo se encarregará de a aprimorar à medida que a europa nos for obrigando a isso. Por ora ela tem em mente não tanto os cidadãos que prezam os valores morais e o civismo na vida em comum como aqueles a quem isso passa ao lado. Bastante menos a pacata base da pirâmide que ganha a vida honestamente do que as cúpulas turbulentas e gananciosas.