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O NOVO MUNDO, INTELIGENTE E ARTIFICIAL 2 - PARADOXOS

Enquanto escrevo estas linhas vejo na televisão o auto-anúncio da RTP do programa “É OU NÃO É” dedicado à crise na comunicação social provocada pela situação critica do Global Media Group. No “trailer” de promoção aparecem vários jornalistas do Jornal de Notícia, Diário de Notícias e Jogo em manifestação, gritando palavras de ordem e empunhando cartazes. Entre as várias dezenas chamou-me a atenção de um em especial onde aparecia “O CHATGPT NÃO FAZ CONTRADITÓRIO” chamando a atenção para a “culpa” da Inteligência Artificial na precaridade dos postos de trabalho jornalístico, agora em risco. O exercício do contraditório, mas não só, são características humanas dos jornalistas que a AI não consegue (ainda) executar com a eficácia pretendida e necessária aos regimes democráticos. Porém o sucesso da Open AI e do seu produto de interface humanizado o célebre CHATGTP, é devido, precisamente ao destaque que os jornalistas, de todas as origens, deram ao “admirável mundo novo” aberto pela recente e extraordinária tecnologia. Jornalistas há que a usam em benefício próprio e, inclusivamente, fazem dela o objeto do seu trabalho atribuindo à entidade vir- tual um estatuto idêntico ao seu, como é o caso da jornalista Joana Beleza do Expresso que criou um BOT específico (“Um “bot” (abreviação de “robot”) refere-se a um programa de computador que realiza tarefas automatizadas, muitas vezes imitando comportamentos humanos.” Segundo o próprio CHATGPT, ele próprio um BOT genérico) chamado Wolf com quem interage terçando opiniões e conceitos de que dá notícia nas páginas do jornal, mimetizando uma outra coluna do mesmo periódico “DUELO”. Mais evidente e dramática pode ser a dos profissionais que estão na génese desta tecnologia. A Inteligência Artificial (AI) deve a sua existência, desenvolvimento e importância aos investigadores em neuro- ciências, especialmente em redes neuronais, aos engenheiros de hardware e, muito especialmente, aos de software. São estes últimos os responsáveis máximos dos algoritmos de base da AI e podem ser estes os responsáveis pela sua dispensa na elaboração da próxima geração de programas informáticos de decisão que deixam de usar os programas fonte desenvolvidos pela mão humana mas elaboradas pela máquina com base no desenvolvimento crescente da disciplina “Machine Learning” cujo grau de complexidade e eficiência são já notáveis tendo atingido um elevado grau de autonomia e obtendo resultados extraordinários. Não está longe o dia em que a escrita de código máquina será totalmente automatizada dispensando, por inútil, a intervenção dos programadores tendo sobre estes vantagem, não só ao nível da rapidez, do baixo custo e da adequabilidade mas sobretudo a resolução de um problema que vinha crescendo com o aumento de complexidade dos programas de computador: a possibilidade de testar TODAS as opções e subopções apresentadas pelas aplicações informáticas. A gravidade desta situação levou o cipriota Christopher Pissarides, Nobel da Economia a alertar os especialistas desta área para o facto de, com o de- senvolvimento dos sistemas de linguagem capazes de tratarem volumes extraordinários de dados na internet, estarem a plan- tar as sementes da auto-destruição. Estarão a salvo da voragem da IA as profissões criativas e que requeiram empatia.

Grupo Desportivo de Bragança fecha primeira volta do Campeonato Distrital com o pleno de vitórias

Qua, 10/01/2024 - 11:33


O Grupo Desportivo de Bragança encerrou a primeira volta do Campeonato Distrital de Bragança com o pleno de vitórias. A equipa de Nuno Gonçalves venceu, no domingo, o Mirandês, por 3-0, na décima primeira jornada, disputada no Estádio Municipal Eng.º José Luís Pinheiro.

Uso indevido de marca DOP Trás-os-Montes leva associação de olivicultores a apresentar 11 queixas-crime

Ter, 09/01/2024 - 15:48


De acordo com o dirigente da associação, Francisco Ribeiro, a ASAE verificou que estava a ser vendido azeite com o selo DOP Trás-os-Montes, que na realidade não tinha sido atribuído. Os casos aconteceram na região, mas também nas zonas do Norte e até no Centro do país.

De lés a lés

Numa altura em que o mundo anda às voltas à procura de se encontrar, nada nem ninguém parece estar interessado em resolver o que está mal e as causas desse mal-estar. Não chegava a desestabilização da guerra na Ucrânia e as pretensões da Rússia, mais propriamente de Putin, vem agora o homólogo da Bielorrússia decretar a sua imunidade vitalícia e acabar com a oposição. Só o pensamento dos ditadores tem semelhante grau de afirmação. Se não podem afirmar-se democraticamente através de eleições, o melhor mesmo é acabar com elas ou falsificá-las, forjando a entronização do líder absoluto. Para além desta guerra absurda e sem sentido, enfrentamos a guerra no Médio Oriente, onde Israel enfrenta o Hamas e pretende acabar com a sua prática terrorista. Nada fácil este objetivo, especialmente quando se matam crianças indefesas e sem culpas e civis sem identificação que ficam sem casa, sem família e sem condições de sobrevivência. Milhares de mortos numa faixa de poucos quilómetros quadrados, é demasiado e muito pouco plausível de aceitação ou justificação. Só a vingança serve para desculpa de tais atitudes bélicas. No entanto, Israel está cercado por países inimigos e que não vêm com bons olhos o agravar da situação. Prestes a alastrar, este conflito está a chamar à cena países como a Rússia, o Irão e o Líbano que pretendem tirar algum partido do conflito em vez de tentar acabar com ele. Esperemos que o fim esteja para breve, mas nem o EUA estão a conseguir impedir que tal aconteça. Jogam-se influências enormes e mesmo assim parece que Israel não quer desistir dos seus objetivos principais. Mas se Portugal assiste a todo este conflito mundial com alguma serenidade, é certo que recebeu o reconhecimento ucraniano pela sua participação e ajuda no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. É bom que assim seja e fica bem politicamente a nossa posição. Somos pequenos, mas temos um coração enorme! Cá dentro temos também os nossos problemas e não são tão pequenos assim. Há toda uma movimentação gigantesca na preparação das eleições legislativas que terão lugar a 10 de março. O PS com Nuno Santos ao leme, entronizado como novo secretário-geral substituindo Costa, tem pela frente temas muito delicados para tratar. Os rabos de palha que deixou o próprio Nuno Santos, como a TAP e a localização do novo Aeroporto, vão ser debatidos na campanha e podem servir à coligação opositora para retirar alguns votos. Com a despedida de António Costa, cabe a Pedro Nuno Santos a condução do PS de modo a levá-lo a ganhar as eleições. A verdade é que estas eleições não vão ser fáceis para nenhum dos partidos que vão a sufrágio, especialmente os que pretendem tirar proveito maior do escrutínio final. Para quem está atento, sabe que há quatro ou cinco partidos à espera de serem bem sucedidos. O PS que está certo da vitória, mas que não obterá a maioria, o CHEGA que quer fazer parte da solução governativa com o PSD, o CDS e o PPM e o BE onde Mariana Mortágua já disse estar disposta a fazer acordos pós-eleitoral para a obtenção de uma maioria de esquerda. Como vemos a incerteza paira no ar. Sabemos que o BE e o CHEGA não serão ganhadores. Querem somente juntar-se a quem ganha e serem parte da solução governativa. A AD, agora renascida, vai tentar o seu melhor e voltar ao governo, sabendo, no entanto que tem um osso duro de roer, mas com quem não se querem coligar de forma alguma. André Ventura continua a afirmar que ele é a solução para derrotar a esquerda e espera que Montenegro lhe dê a mão. Nada fácil, pois ele já disse que não quer nada com o CHEGA. Um jogo de xadrez difícil de terminar. O PSD, o CDS e o PPM, em coligação, vão tentar ganhar as legislativas e ter bom resultado nas europeias, mas Ventura não acredita nesta solução e está convencido que continua a ser imprescindível ao novo governo de centro-direita. Talvez seja essa a solução e ele não esteja errado na sua avaliação, mas Montenegro e Nuno Melo não aceitam essa possibilidade. Quem está a equacionar essa possibilidade é o Presidente Marcelo. Vendo bem a situação, ele sabe que o CHEGA pode ser a solução, mas também se não for essa a via a aceitar pela AD, Marcelo já põe em cima da mesa a necessidade de nova dissolução da AR e novas eleições, o que vem dificultar todo o processo. O país, sem governo e sem Assembleia, ficará completamente ingovernável e deixará os portugueses completamente desprotegidos e à deriva. Como diz Marcelo, está nas mãos dos portugueses a decisão final da escolha. O voto é a arma que tem ao seu dispor para solucionar, ou não, este problema. Para Marcelo, seria melhor a AD aceitar o apoio do CHEGA e governar assegurando o equilíbrio político e a fuga a mais dissoluções e novas eleições das quais os portugueses estão demasiado fartos. Mas só depois das eleições é que saberemos qual será a solução que nos leva a novo governo. Pelo menos, não estaremos nas mãos de um qualquer ditador disposto a impor a sua vontade. No máximo, um radical de esquerda!

Ano novo vida financeira nova

Ora então cá estamos nós em 2024. Espero que tenha passado uma boa época festiva e que tenha tido umas boas entradas no novo ano. Mas, ainda mais importante que isso, que esteja preparado para enfrentar este novo ano de forma positiva e com a energia e esperança necessárias para mudar as coisas que considera importantes na sua vida. Nesta edição quero convidá-lo a fazer algumas reflexões sobre o ano que terminou. A primeira reflexão eu lhe quero pedir, é a de pensar que lugar ocupou o tema da gestão das suas finanças pessoais na sua vida, ao longo do último ano. A gestão das suas finanças pessoais foi uma coisa que simplesmente “aconteceu”, ou foi algo que você fez de forma consciente? Todos os meses avaliou o seu resultado financeiro pessoal? Se teve resultados positivos ou negativos? E em relação aos seus resultados financeiros anuais? Como foram? E ainda mais importante, esses resultados foram de acordo com o esperado? Eu sei que o mais certo é estar a pensar que não fez nada disso e que a ideia de ter um orçamento financeiro pessoal é algo que já ouviu falar muitas vezes, mas que nunca fez para si. Se quer enriquecer e mudar a sua vida financeira, olhe para aquilo que fazem as pessoas ricas e faça o mesmo que elas fazem. Mas é claro que pode optar por assumir que eles estão errados e seguir as suas próprias opções, a decisão é sua. Você precisa de estar consciente sobre quais são os seus resultados financeiros mensais, trimestrais e anuais. Tal como se fosse uma empresa. As empresas têm orçamentos mensais, trimestrais e anuais. E no final de cada período avaliam o desempenho face ao que era previsto. E para quê? Para introduzirem ajustamentos e correções nas coisas que não correram bem. E isso sempre com vista a alcançar os objetivos que foram traçados para os seus lucros. Ainda antes de terminar, quero deixar-lhe mais algumas ideias para refletir em relação a 2023, sempre em relação às suas finanças pessoais, é claro: 1. O que sente de podia e devia ter feito de forma diferente? Que decisões ou que ações, podiam e deviam ter sido outras? 2. Onde acha que devia ter gasto menos dinheiro? Esta questão está muito relacionada com a anterior, mas mesmo assim, gostava que se focasse no tema “gastar dinheiro”. Repito: onde acha que devia ter gasto menos dinheiro? Hoje não é altura para aprofundarmos a questão “onde gastamos o nosso dinheiro”, mas pela sua importância haverei de voltar a ela em breve. 3. Onde acha que devia ter gasto mais dinheiro? Esta questão pode surpreendê-lo, mas é verdade que muitas vezes devíamos gastar mais dinheiro em certas coisas. Por exemplo, será que devia ter gasto mais dinheiro em formações, ou livros, ou outras escolhas importantes para o seu desenvolvimento? 4. E a última reflexão: Como acha que poderia ter ganho mais dinheiro em 2023? Provavelmente também o surpreendo com esta questão mas, se é verdade que é sempre mais fácil gastar menos do que ganhar mais, também é verdade que devemos sempre procurar encontrar formas de aumentar as nossas receitas financeiras, porque vai chegar uma altura que já não podemos poupar mais. Além disso, nós também não queremos que a nossa vida seja feita de privações, antes pelo contrário. Portanto, como poderia ter ganho mais em 2023? Podia ter investido mais o seu dinheiro? Podia ter mudado de emprego? Podia ter feito um esforço adicional de dedicação no seu trabalho com vista a ser promovido? Deixo-lhe então estas questões para reflexão e, já agora, aproveite bem este início de ano para começar a mudar aquilo que acha que não está bem na sua vida financeira

Luís Lourenço

Your Money Whatcher