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Presidente do GDB lamenta despromoção ao distrital e destaca a necessidade de investir cada vez mais na formação

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Ter, 11/04/2023 - 16:15


O Grupo Desportivo de Bragança vai a votos no próximo mês de Maio. As listas candidatas devem ser entregues até ao dia 28 de Abril. Paulo Afonso pondera recandidatar-se, mas ainda não dá certezas. O líder do GDB lamenta a despromoção do plantel sénior ao distrital. Em entrevista ao Jornal Nordeste/Rádio Brigantia, o presidente reclama mais apoios e a necessidade de continuar a investir nos jogadores oriundos da formação.

 

 

Indianos a viverem em condições indignadas em Pinheiro Novo já deixaram aldeia

Ter, 11/04/2023 - 10:09


O Jornal Nordeste revelou a situação em que viviam estes migrantes, mas, ao que o presidente da Câmara Municipal de Vinhais disse, “no dia 31 de Março, as pessoas que estavam lá foram todas embora”. Luís Fernandes acrescentou que “já estava previsto terminarem os trabalhos e saírem nesse dia”.

SETE!

Este ano as vagas nos cursos de Medicina vão aumentar. Vai haver mais SETE! Se não fosse dramático, seria anedótico! Mais sete? A sério, senhora Ministra? Elvira Fortunato justifica a “frugalidade” com dois argumentos: o custo e a qualidade! Formar um médico é caro, sem dúvida mas a situação catastrófica do SNS é ainda mais, quer seja contabilizada pelo sofrimento indevido e adiado, pela deterioração da força de trabalho e até pelo custo adicional das horas extraordinárias (mais caras e menos eficiência por razões óbvias) bem como pelas verbas sistematicamente requeridas para as contratações em regime de prestação de serviços de empresas e médicos estrangeiros. O risco de diminuição de qualidade prende-se, paradoxalmente, pela “escassez” de enfermarias na proximidade das Faculdades de Medicina. Obviamente que as aulas práticas, em ambiente real, são importantíssimas mas esta constatação só vem evidenciar o óbvio: as novas vagas, necessárias e urgentes, devem ser abertas longe das atuais Escolas Médicas. Inexplicavelmente, a ministra do Ensino Superior veio dizer à RTP que é necessário avaliar se não haverá médicos mais do que suficientes e, como tal, advogou a constituição de uma comissão para analisar a situação. Oh senhora Professora Elvira, não quero crer que o desiderato advogado seja apenas a tristemente célebre maneira de adiar para as calendas um qualquer problema de difícil ou trabalhosa solução. A escassez de profissionais de saúde é uma realidade que resulta da circunstância de se estarem a reformar milhares de médicos em número substancialmente superior ao dos licenciados que, nos mesmos anos, vão sair das Faculdades Médicas. De tal forma previsível que vem sendo alertada por vários responsáveis, como recentemente avisou o especialista em gestão de saúde e antigo ministro da pasta, António Correia de Campos. Mas, mesmo que a investigadora da Universidade Nova, por estranho e inverosímil acaso, desconhecesse tais avisos à navegação, bastar-lhe-ia meter-se no carro e percorrer as várias urgências das regiões metropolitanas ou, melhor ainda, as Unidades de Saúde do interior. E, neste último caso, teria, como bónus, a evidenciação de que os Cursos de Medicina terão, por estas bandas, enfermarias suficientes e aptas a receber dezenas de estudantes clínicos. Portanto, senhora Ministra, a solução passa pela criação de novos Cursos, mas não nos locais do costume, antes, nas Unidades de Ensino de qualidade que também as há, longe do litoral, como é o caso mais do que provado do Instituto Politécnico de Bragança ou a Bragança Polytechnic University, como passou a denominar-se. E que, tal como as restantes instituições de ensino superior, passou a poder lecionar e atribuir doutoramentos o que, nos tempos que correm, já não é bizarria nenhuma, antes uma necessidade do ensino avançado de qualidade e, no caso concreto, a resposta aos avanços do conhecimento científico em biomedicina. O que desespera é a morosidade na tomada de decisão que agrava o problema e dramatiza o futuro. A formação de um médico leva seis anos até à conclusão da licenciatura e mais quatro a seis, de formação avançada. A formação de uma Escola de Medicina, “tradicional” demorará perto de uma dezena de anos a estabelecer dentro dos parâmetros aceitáveis e necessários. Tempo demasiado para ser útil na resolução da emergência que nos assola. Há que encontrar outras vias e outras soluções que seja capaz de “produzir” profissionais competentes e de qualidade em menor tempo. O IPB, ou seja a BPU, está a programar, para o final de maio, uma conferência onde estes assuntos serão abordados e onde se espera surjam boas soluções.

Temos Papa?

No que à controversa personalidade de Jorge Bergoglio diz respeito já me referi em crónica anterior, neste mesmo espaço. Reafirmo, todavia, que enquanto cidadão e crente mantenho o actual Papa em alta estima. Aprecio, sobretudo, a sua humildade e bonomia que lhe conferem a imagem de homem bom. De forma nenhuma imagino, sequer, e minimamente valorizo, a deriva herética de que certos ficcionistas o acusam, por dá cá aquela palha. Ainda que algumas intervenções públicas de Jorge Bergoglio, informais, circunstanciais e pouco cuidadas, possam fragilizar a sua imagem de homem de paz, imparcial e justo e, sobretudo, de garante da unidade da Igreja e de paladino da Fé. Como foi o caso recente da defesa despropositada dos controversos Lula da Silva e Dilma Ruef que claramente extravasou o papel de neutralidade política que um Papa sempre deve assumir, até para não prejudicar o seu primordial empenhamento espiritual, moral e social. Para lá dos equívocos doutrinários em que Jorge Bergoglio propositadamente ou precipitadamente se envolve, que nada mais são que meros desafiantes de reflexão. Como serão os casos das suas afirmações volantes relativas ao celibato dos padres, à sexualidade e à possibilidade de as mulheres assumirem o sacerdócio. O Papa, por si só nada decide. Devemos ter em consideração que a Humanidade vive tempos dramáticos de mudança, particularmente visíveis nos domínios da ética e dos usos e costumes, e que a Igreja Católica, a maior organização que alguma vez operou sobre a Terra por tempo tão dilatado, já lá vão dois milénios, está no centro do furacão. O seu chefe supremo não tem, portanto, uma tarefa fácil. Bem pelo contrário: gestos, palavras e silêncios são inexoravelmente avaliados, contados, pesados e medidos, sempre havendo quem os aplauda e quem os condene. Cristo que é Cristo não agradou a toda gente! Acresce que no coração da Igreja Católica que é a Santa Sé, instalada no Vaticano, a pequena cidade-estado a que Bergoglio preside, moram todos os vícios do mundo, ao que se diz. Não será de admirar, por isso, que Francisco cative meio mundo com sua bondade, por um lado, e por outro pretensamente lance a desunião e a animosidade entre as próprias hostes. Para gáudio dos inimigos da Igreja, já se vê. A verdade é que o Papa Francisco é tido pela maioria dos crentes e homens de boa vontade, como a personalidade chave dos nossos dias, capaz de conduzir no melhor sentido as reformas indispensáveis de que a Igreja carece. Disso já deu provas bastantes, E de ter papel excepcional na construção da paz e da justiça social neste nosso mundo que dia após dia mais se afunda no abismo da guerra, do ódio, do sofrimento, da doença, da fome e da pobreza. Mundo no qual o Papa Francisco se tem destacado, malgrado todos os equívocos, como uma verdadeira força de paz e de esperança. Assim o Criador lhe dê saúde e vigor para tanto. Permitindo, desde logo, que possamos vê-lo, em Lisboa, já no próximo Verão, a dinamizar mais uma Jornada Mundial da Juventude, liberto dos problemas de saúde que recentemente o apoquentaram. E que, então sim, possamos dizer: Temos Papa! Papa capaz de levar para afrente a indispensáveis reformas garantindo a pureza dos princípios da doutrina de Jesus Cristo. Certo é que o dogma medieval da Infalibilidade Papal não passa disso mesmo.