class="html not-front not-logged-in one-sidebar sidebar-second page-frontpage">

            

Triunfo caseiro isola Pioneiros na liderança

ESTA NOTÍCIA É EXCLUSIVA PARA ASSINANTES

 

Se já é Assinante, faça o seu Login

INFORMAÇÃO EXCLUSIVA, SEMPRE ACESSÍVEL

Ter, 30/10/2018 - 11:36


Foi um confronto de candidatos e bastante disputado. Outra coisa não se podia esperar do duelo entre dois emblemas com tradição na prova distrital. O equilíbrio foi a nota dominante e o resultado ao intervalo (1-1) expressa isso mesmo.

O tio Alcino dançarino

Ter, 30/10/2018 - 11:11


Olá familiazinha, vamos de novo falar para o nosso povo. Cada vez que me lembro que já são 29 anos de Família do Tio João, casados no passado dia 29 de Outubro, segunda-feira, e que começámos numa simples brincadeira, sem sequer imaginarmos no que iria dar e agora é uma coisa muito séria. Se quando começámos era uma incógnita, passados 29 anos é uma grande certeza, porque fazemos parte da vida de muita gente que não tem consigo a família. Todos os dias, tenho cada vez mais vontade que sejam as 6:00 horas da manhã para estar ao serviço do povo. Uma palavra de agradecimento a todos aqueles que há já 29 anos têm a pachorra de me terem em suas casas. No passado fim-de-semana, desde sexta a Domingo, tivemos mais uma peregrinação ao santuário de Nossa Senhora de Lurdes, em França. Recordo que este foi exactamente o destino da primeira das 273 viagens que já fizemos ao longo destes anos. Ao todo, já levámos mais de 1500 pessoas a Lurdes, uma vez com seis autocarros, várias vezes com dois e três e desta vez com um. Este ano tivemos a sorte de ter calhado no mesmo dia da peregrinação do exército francês a Lurdes e de termos visitado Cauterets e o alto dos Pirinéus. O nosso jornal está a comemorar as Bodas de Prata da sua existência. A página do Tio João começou há cerca de 20 anos e foi editada durante um ano e meio, tendo tido um interregno de 15 anos, retomando a publicação contínua há cerca de 3 anos a esta parte. Desejamos que a nossa página continue a fazer parte deste jornal nos próximos 25 anos. A última semana foi uma daquelas em que o nosso “ministro dos parabéns” menos cantou, porque houve pouca gente a fazer anos. Mesmo assim estiveram de parabéns a Patrícia Mendes (29), de Lagoas (Valpaços), que nasceu no mesmo dia do programa; os filhos da tia Denérida, de S. Julião (Bragança), a Maria Luísa (43) e o João Luís (41), que fazem anos no mesmo dia; a tia Donzília, de Casas da Estrada (Alijó) e a Eugénia Moreira (50), de Oleirinhos (Bragança). A todos desejo saúde e paz, que o resto a gente faz. Deixo-vos com o tio Alcino Dançarino, que tão solicitado é nas nossas festas para dançar, coisa a que ele nunca se nega, não parando do princípio ao fim. Vamos então conhecer melhor o nosso tio dançarino.

Tancos e o Baile dos Bombeiros

Foram roubadas armas de guerra dos paióis militares de Tancos. O caso foi entregue ao Ministério Público e foram para o terreno as duas polícias de investigação: a Polícia judiciária e a Polícia Judiciária Militar. O putativo gatuno surpreendido com a rapidez da descoberta, que não lhe deu tempo de colocar as armas no mercado, vendo-se com “o menino nas mãos” ensaiou um acordo com os militares sob o olhar atento da PJM. Assim: devolvia as armas e em troco não seria incomodado pelo furto. Os militares aceitaram e fez-se a devolução das armas de forma algo rocambolesca e logo com um azar. A quantidade de armas devolvidas era superior às do furto. (a lógica elementar diz-nos não ter sido este o único furto). A polémica estalou quando se soube do encobrimento que os militares tinham dado ao autor de um ilícito criminal, isto é, a Polícia Judiciária Militar investigava o furto ignorando por completo o autor do mesmo. Já foram constituídos arguidos vários militares e já foram demitidos de funções o Ministro da Defesa e o Chefe do Estado Maior do Exercito.

Estes acontecimentos de

Tancos fizeram-me lembrar

um filme que vi, penso que nos anos 70, do realizador Milos Forman, pela analogia entre ambos. Este realizador, conhecido sobretudo pelos filmes “Amadeus” ou “Voando sobre um ninho de cucos” fez, quando ainda vivia na Checoslováquia, um filme chamado “O baile dos bombeiros”. Este filme pretendia ser um retrato da sociedade checoslovaca daquela época e a amostra escolhida, para estudo/exposição, foi o conjunto dos participantes num baile de uma associação de bombeiros. O baile, em tudo semelhante aos bailes do Club ou da Associação, tinha como atracção suplementar uma quermesse em que o prémio maior era um leitão assado. No decorrer da festa, o comandante dos bombeiros, homem com todo o aspecto de ser um cidadão cumpridor, daqueles que fazem estes serviços cívicos com espirito de missão, é surpreendido pela falta do leitão. Ficou apoplético, insultou toda a gente, berrou, mas vendo que a estratégia era errada alterou o procedimento. Então falou baixinho e pediu por favor que entregassem o leitão e que não receassem fazê-lo que ele garantia absoluto sigilo. Para garantir esse sigilo desligariam as luzes de iluminação e assim ninguém saberia quem estava a restituir o leitão, logo quem o tinha roubado. Desligaram as luzes, uma vez, duas vezes mas o estratagema não surtiu efeito. Entretanto o chefe dos bombeiros que ia percorrendo a sala de cimo a baixo, da esquerda para a direita na esperança de descobrir o leitão apercebeu-se subitamente que quem tinha roubado o leitão tinha sido a sua mulher e a sua filha. O homem ficou para morrer e tentou, com a argumentação possível, demover as mulheres da sua atitude. Mas estas não estavam pelos ajustes e retorquiam “és um burro, só tu é que trabalhas, os outros estão de palanque e ainda hão-de ser eles a comer o leitão?! Era o que faltava!” No meio desta discussão, debaixo de uma mesa e numa altura em que as luzes estavam desligadas, o comandante agarrou no leitão de supetão e correu pela sala às escuras para colocar o leitão na travessa. Quando ia a meio da sala as luzes acenderam-se. O comandante parou surpreendido e viu todos os olhos postos no leitão que levava nas mãos. E aquela figura de leitão ao colo, autenticamente grotesca, caiu no chão, desmaiado, vítima do choque que o opróbrio e a ignomínia adivinhados logo provocaram.

O filme acaba aqui. Para saber mais temos que esperar pelos desenvolvimentos que o caso de Tancos terá. Porque Tancos é o baile dos bombeiros revisitado. Também em Tancos os militares foram apanhados com o “leitão” nas mãos e ao que parece até era maior que o roubado.

 

A cereja no topo do bolo da infelicidade nacional

O Orçamento de Estado para 2019, ainda que melhor sirva como orçamento das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, é a coroa de louros, reiterada, do primeiro-ministro senhor António Costa.

Todavia, também ao senhor Jerónimo de Sousa e à senhora Catarina Martins são devidas loas porquanto, não fora o empenhamento destes dois anjinhos da guarda da Geringonça (que não se coíbem de dar bicadas na mão que lhes dá o milho), e o Orçamento de Estado para 2019 tresandaria injustiça e desumanidade, com toques de hossanas ao deus défice.

De facto, fica-se com a ideia, credível em parte, de que se não fossem os heroicos sacrifícios ideológicos do PCP e do BE, o governo do senhor António Costa, no que diz respeito à exploração da classe operária, à promoção da morte prematura de reformados, à escravatura dos funcionários públicos e à austeridade dos serviços básicos do Estado, ultrapassaria o que os mesmos disseram do governo do senhor Passos Coelho, o fiel servidor da Troica que, apesar de tudo, teve o mérito de governar um país que o senhor José Sócrates deixou nas ruas da amargura e às portas da bancarrota.

Nada disto garante, porém, que hipotéticos governos patrióticos dos atrás citados PCP e BE, não converteriam Portugal em algo bem pior, num modelar paraíso socialista de figurino cubano ou venezuelano. Se governassem a sós, claro está.

Também ficamos sem saber se a Geringonça teria sido possível no advento da Troica ou como governariam o senhor António Costa e o senhor Mário Centeno naqueles tempos de vacas magras e, o que é mais importante, se os portugueses poderão contar com o talento desses dois ilustres governantes e com a generosidade do senhor Jerónimo de Sousa e da senhora Catarina Martins se uma nova crise estalar, o que não é de todo improvável. Mais provável será o povo voltar a chamar a tão mal afamada “direita” para governar, como é óbvio.

Uma coisa é certa, porém: Portugal, por força do parco crescimento da sua economia e não só, vai continuar na cauda da Europa, condição que a mediocridade relapsa dos políticos lusitanos transformou numa fatalidade.

Mesmo assim, a sábia governança do senhor António Costa, que muito tem beneficiado da favorável conjuntura económica internacional (o que em nada diminui o mérito do ministro das Finanças), dos abraços solidários do PCP e do BE e da mão amiga da CEE, bem lhe poderá propiciar, a ele, António Costa, a tão ambicionada maioria absoluta.

Considerando também que, quanto à verdadeira oposição, bem pode o senhor António Costa dormir descansado por mais que a senhora Assunção Cristas o irrite e tire do sério e enquanto os ceguinhos do PSD caminharem em direcção ao barranco, aos tropeções.

A verdade, porém, é que a governança do senhor António Costa, apesar de bafejada por muitas dóceis e anafadas vaquinhas tem sido uma continuada desgraça. Basta olhar para Pedrógão, para Monchique, para Tancos, para o Serviço Nacional de Saúde, para a Justiça, para o Ensino, para a Defesa Nacional e para a imparável dívida pública.

Sem falar da crise demográfica, da pobreza crónica, do despovoamento do interior, do combate à corrupção e ao crime económico e da reforma de leis estruturais como a sejam a eleitoral ou da Justiça. Lixo graúdo que o senhor António Costa sorrateiramente vai varrendo para debaixo do tapete.

A maioria absoluta do PS, a verificar-se, será a cereja no topo do bolo da crónica e sistémica infelicidade nacional. Com ela os militantes mais ferrenhos do partido do Rato verão realizado o seu velho sonho de reduzir Portugal a um egrégio Clube Socialista, (uma família alargada, quiçá), em que os seus membros mais proeminentes, por mais mea-culpas que façam, se darão ao desfrute de surfar e caçar, alegres e livres, nas praias e coutadas da Administração Pública.

Os portugueses que se cuidem.

 

Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico