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Vendavais - Navalhas demasiado afiadas

Nunca fui muito adepto do uso de navalhas. Desde muito garoto, achava que quem usava uma navalha era mais importante, não sei dizer porquê. Talvez porque tinha algo mais do que o que era preciso e que eu não tinha.

O meu pai trazia sempre consigo uma navalhita prateada. Demasiado pequena, pensava eu, para servir para o que quer que fosse. Com o tempo, acabei por perceber que sempre havia uma ocasião em que ela era usada e acabava por ter o uso merecido. A minha mãe, sempre solícita e atarefada nas lides de cozinha, adorava fazer uso dos seus dotes quando íamos fazer um piquenique. Frequentemente íamos até à serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz. A minha mãe lá fazia um arroz de ervilhas, uns bifes panados e uns bolinhos de bacalhau, prato essencial para mitigar a fome no alto da serra e para dispor bem para o resto da tarde. O meu pai então lá puxava pela navalhita e fazia dela o uso a que estava habituado. Picava o bife para o prato e depois lá o cortava aos bocados como se deve fazer. Eu questionava-o porque é que não usava a faca. Ele logo respondia que assim era mais prático e era mais pequena fazendo o mesmo trabalho. Compreendi então a utilidade certa para a navalhita que o meu pai usava.

A partir dessa altura e com um pouco mais de idade, resolvi que também eu deveria usar uma navalha daquelas. Bonita, prateada, pequena e que cabia perfeitamente num bolso de umas calças de criança. Experimentei, mas não me habituei pela simples razão de que eu não ia a piqueniques a não ser uma ou duas vezes por ano e comia sempre à mesa, onde o talher habitual marcava sempre presença por ordem da minha mãe.

Hoje, passados tantos anos, ainda não sou capaz de usar tal instrumento, embora traga uma Palaçoulo no cofre do carro para uma dessas eventualidades em que temos de petiscar alguma coisa ao ar livre ou na adega de um amigo. Um naco de presunto cortado com uma Palaçoulo, sabe sempre bem. Mesmo assim, esqueço-me quase sempre dela no carro e quando vejo os outros puxarem pela navalhita, pareço que estou despido e não consigo comer nada de jeito, socorrendo-me de um amigo mais próximo. Nesses momentos as navalhas têm utilidade e dão imenso jeito. Fora disso, não lhes vejo outra utilidade tão vantajosa.

Porém, hoje é frequente ouvir notícias de agressões e assassinatos com arma branca. Quando era garoto nunca me passou pela cabeça que a navalhita do meu pai, fosse considerada uma arma! Parece-me que é a arma mais usada por todos hoje em dia e não será só para cortar presunto porque este, já morto e salgado, não precisa de nenhuma arma para o atacar, mas sim a gentileza de um expert para retirar uma pequena fatia e juntá-la ao pão caseiro que quase sempre o acompanha. Sem perigo algum.

O jovem cabo-verdiano que foi atacado por um grupo de outros jovens à saída de uma discoteca em Bragança e acabou por morrer passados dez dias em coma, não foi caso único e nem sei se foi usada alguma navalha. Penso que não. Mas o outro jovem a que a comunicação social deu ênfase de notícia, parece que foi vítima de uma facada numa perna. A estes juntam-se uma quantidade de exemplos tristes e macabros que infelizmente aumentam o número de mortes no país. São rapazes que agridem com facas as namoradas, os pais que agridem os filhos, as mães que esfaqueiam os filhos e os maridos, os pais que assassinam as filhas e os filhos e mais alguém que esteja na sua frente. A faca é a arma escolhida para agredir e matar. Isto não caso único em Portugal. Vimos o que aconteceu em Londres, em Paris e na Holanda e em outros países. Pessoas que esfaqueiam quem passa sem o mínimo pudor e sem triagem de alvo. Depois são apanhados ou mortos pela polícia, mas isso já é secundário. O objetivo foi atingido.

O uso de uma arma branca para estes propósitos leva a equacionar o que podemos usar para cortarmos um naco de presunto que não possa ser considerada arma branca. É que a navalha tão típica de Trás-os-Montes, a Palaçoulo, tão usual nos bolsos dos transmontanos, pode correr o risco de ser proibida por ser considerada arma branca. Contudo, há quem se apresse a justificar que para ser arma branca tem de ter mais de quatro dedos de folha, o que a remete para outro patamar, já que a maioria não tem a folha tão grande. Mão não deixa de ser igualmente perigosa nas mãos de quem tem instintos maléficos ou não sabe argumentar com palavras na altura de confrontos mais acérrimos. É mais fácil puxar pela navalha. Mete medo. Corta,

Afinal, a navalhita do meu pai, pequena, prateada e que ele usava nos piqueniques, nada tinha a ver com estas armas brancas e hoje eu compreendo perfeitamente porque razão eu nunca me habituei a usar algo parecido. Vou poucas vezes às adegas dos amigos e muito raramente participo em piqueniques. Para que preciso de uma navalha? Por mais rombuda que seja, ela pode até abrir-se no bolso e cortar o que não deve! Tudo tem a sua utilidade. Mas matar com uma faca ou navalha, é não ter noção de como é bom comer um naco de presunto na adega de um amigo, em vez de deambular nas ruas escuras a altas horas da noite.

 

Vá aos saldos de forma consciente

Os saldos são uma das alturas mais esperadas do ano, sobretudo para quem gosta de se vestir bem e gastar pouco. E no inverno ainda é mais evidente, uma vez que as peças de Inverno como “maxi coats”, casacões e camisolas são geralmente mais caras e vale a pena comprar a preço reduzido.

Contudo, e para que faça boas compras sem desperdiçar dinheiro, é essencial que siga algumas dicas sobre como aproveitar a época de saldos. É que, quando vemos peças demasiado baratas, temos sempre a tentação de comprá-las, mesmo que não precisemos delas para nada. Deve, assim, adoptar determinados comportamentos para aproveitar a época de saldos que lhe permitam fazer compras conscientes e também poupar dinheiro.

– Faça uma lista do que realmente precisa e defina o que quer (pode) gastar;

Avalie o que realmente precisa e o orçamento disponível para gastar antes de sair de casa. Assim, direcionará as suas compras de forma sensata e consciente para aquilo que realmente precisa. Se não fizer este exercício, poderá comprar tudo de que gosta! Consumir de forma inteligente prende-se, essencialmente, com fazer opções conscientes, não se deixando levar pelo impulso.

– Verifique os preços nas etiquetas;

Verifique bem nas etiquetas o preço anterior e o preço actual, já com o desconto feito ou com indicação da percentagem do mesmo. Esta comparação de preços ajudá-la-á a perceber se esse é, de facto, um bom negócio.

– Certifique-se que a peça de roupa está em bom estado;

Na confusão habitual dos saldos, muitas vezes, compram-se peças sem verificar o seu estado, se estão danificadas ou se tem defeito de fabrico. Por isso, tenha sempre em atenção se a peça está perfeita.

– Invista nas peças certas;

Investir em qualidade é sempre uma boa aposta e, a longo prazo, permitir-lhe-á até poupar. Por isso, nesta época de saldos, procure peças de bons materiais e privilegie as fibras naturais que deixam a pele respirar. Invista em peças intemporais que duram anos impecáveis e nunca saiem de moda.

 

São mais que inimigos, são…

Agarro-me ao sábio bordão moldado e modelado nas alfurjas do tempo a fim de procurar perceber o PSD decorrente do acto eleitoral do dia 11, pois o provérbio: são mais que inimigos, são irmãos, encerra no seu bojo as deploráveis logo nefastas inqualidades que tornam o livro O Homem Sem Qualidades um monumento do património mundial literário. O livro de Musil revê a qual fotógrafo de guerra, Kapra, apresenta pungentes imagens de um império em derrocada, toda a cenografia e actores em cena no dito dia 11 são patentes os borbotos a enxamearem um partido dividido entre o sentido do dever para com a sociedade portuguesa e a profunda ânsia em recuperar faustos do passado de modo a sustentar modos de vida e envernizamento de carreiras, influências, sem esquecer os amortecedores e facilitadores, assim o demonstra Miguel Albuquerque presidente do governo regional da Madeira.

Pode-se argumentar com o facto de Rio ter ficado a escassos trezentos votos de ser eleito à primeira volta, no entanto, apesar da diferença relativamente a Montenegro a fractura existe e só o feiticeiro de Oz da Judy Garland podia sarar a ferida, como feiticeiro envelheceu na pantalha daquele lado nada a fazer, podem os militantes consegui-lo se as paixões e o tacitismo não prevalecessem, porém prevalecem como é evidente e revela a candidatura de Pinto Luz.

As animosidades pessoais tendem a ser voláteis logo interesseiras no domínio da política (pensemos em Álvaro Cunhal), o poeta Cesário Verde obrigou-se a castigar um lisboeta que pretendendo ser engraçado lhe chamou Cesário Azul, a resposta foi: adeus ao troca-tintas!

Os dados estão lançados, António Costa exulta, os nostálgicos do passado refugiam-se em rancores oferecidos pelo Chega, até ao dia 18 batelões de palavras vão ser despejadas nas televisões a esmiuçarem a primeira volta eleitoral. Importa salientar o facto de Rio preferir quebrar a torcer granjeou-lhe a inimizade de nutrido montão de jornalistas e do Expresso, SIC e RTP, aprecio tal teimosia, no entanto recordo lúcidas palavras de um político, «Deus manda-nos sermos bons, não nos manda sermos parvos, por essa razão um rei francês disse que Paris valia bem uma missa. Os estudantes da disciplina de História sabem o nome do lúbrico monarca, se não sabem deviam saber!

O PSD evidenciou as cavadas divisões, o povo não esquece os cortes nos seus rendimentos via Passos Coelho (o busílis da questão), sendo assim e é, os futuros timoneiros do partido laranja ou conseguem entender as vertiginosas acelerações da sociedade em várias vertentes, ou consegue (endireitar o partido ao centro) e colocar autoridade nas estruturas partidárias ou então as setas vão cair em cima de justos e pecadores deixando registo de voo suicida. Esperemos a chegada de pastilhas de lucidez destinadas a todos quantos as quiserem chupar.

O monumental Charolo de Outeiro

Ter, 14/01/2020 - 10:18


Como estão os leitores da Página do Tio João?

Estamos a terminar a primeira quinzena do ano 2020.

Fico triste porque se perdeu a tradição de cantar os Reis porta-a-porta e, há mais de 10 anos, que ninguém vai cantá-los a minha casa. Mesmo assim, algumas autarquias continuam a acarinhar a tradição, organizando encontros de cantadores de Reis, como é o caso de Mirandela que, no passado dia 5, promoveu o Encontro de Cantadores de Reis, em Torre de Dona Chama, com a participação de todas as freguesias do concelho. Também a autarquia de Vinhais tem organizado todos os anos o evento, que teve lugar, no passado dia 12, na sede de concelho. Também noto que há menos participações do que era habitual antigamente para cantar os Reis em directo no nosso programa.

Comer e beber para viver

Quais os pratos que devem ser a base da nossa alimentação?

Os pratos que protegem os nutrientes devem ser a base da nossa alimentação, como as jardineiras, os estufados, as caldeiradas, as sopas, as cataplanas e os arrozes. Estes pratos combinam produtos hortícolas e leguminosas, um pouco de carne, peixe ou ovos e condimentos como a cebola, o alho e as ervas aromáticas.

Neles consumimos a água onde os alimentos são cozinhados, aproveitando todas as suas vitaminas e minerais. A água impede também que se atinjam temperaturas elevadas, preservando outros nutrientes.

 

“Vamos ter que ser uma equipa forte defensivamente, compacta e com alma transmontana”

Qua, 08/01/2020 - 16:00


André David já trabalha no Grupo Desportivo de Bragança, depois de ter rescindido, esta terça-feira com o S.C. Vila Real. O treinador, que sucede a Frederico Ricardo, está de regresso a uma casa que bem conhece e onde foi “feliz”, como fez questão de frisar em entrevista ao Nordeste. André David quer tirar o Bragança o mais rápido possível da zona de despromoção e garante um plantel “com alma transmontana”.
André David faz-se acompanhar na equipa técnica por Cláudio Costa (técnico-adjunto) e Hélder Esculcas (treinador de guarda-redes).