Luta contra a desertificação estagnada

Qui, 29/06/2006 - 10:32


O Dia Internacional Contra a Desertificação foi assinalado, na passada sexta- feira, na freguesia de Peredo de Bemposta, concelho de Mogadouro, uma das seis aldeias inserida na Área Piloto das Arribas do Douro.

Este projecto, integra, ainda, as freguesias de Urrós, Bemposta, Ventozelo, Vilarinho dos Galegos e Bruçó.
Durante o dia, cerca de meia centena de alunos das escolas daquelas localidades participaram em acções de Educação Ambiental, que envolveram a problemática da desertificação humana.
A intenção da Sub-Comissão de Luta Contra a Desertificação da Região Norte é desenvolver actividades, numa área onde este problema é um a realidade. O encerramento das escolas do 1º Ciclo por falta de alunos reflectem a tendência do abandono que tem afectado estas aldeia integradas no Parque Natural Douro Internacional.

Combate à desertificação no papel

Apesar da região das Arribas do Douro ter um potencial significativo na área do turismo da natureza e nas acção de sensibilização ambiental, após a apresentação e delimitação da Área Piloto, há cerca de três anos, foram criadas expectativas nas populações das aldeias, mas poucas acções foram realizadas.
Segundo Vítor Rego, representante da Sub- Comissão de Luta Contra a Desertificação da Região Norte, esta Área Piloto ( uma das cinco criadas em todo o País) funciona como um balão de ensaio ao combate da desertificação.
Apesar de se pretender desenvolver estas freguesias e atrair pessoas, através de projectos financiados por fundos comunitários, esta iniciativa ainda não foi expandida n o terreno.
O levantamento cultural, para tentar fixar população, através da passagem do conhecimento das gerações mais antigas para as mais jovens é um dos projectos previstos para esta Área Piloto.
A gastronomia é outras da potencialidade que deverá ser explorada, a par da criação de uma imagem de marca com o símbolo “Arribas do Douro”, com vista à criação de uma Rota Turística.

Aldeias aguardam intervenções

No entanto, “as sucessivas mudança de Governo e o terminar do Quadro Comunitário de Apoio têm causado alguns entraves ao projecto”, justificou Vítor Rego, acrescentando que, apesar de tudo, “não se vai desistir ”.
A recuperação das fachadas das casas das aldeias e a requalificação urbana é outra das intenções que ficou estagnada e só avançará com o recurso a fundos do próximo Quadro Estratégico de Referencia Nacional.
O responsável deixa garantias que estas promessas serão compridas já no próximo ano, para dar alguma vitalidade às aldeias abrangidas pelo projecto.
Já o presidente da Junta de Freguesia de Peredo de Bemposta, Pedro Lopes, afirma que as expectativas foram criadas, pelo que as populações vão continuar à espera da aplicação dos projectos no terreno.