Ter, 04/02/2025 - 12:54
Hernâni Dias explicou ainda que o objetivo destas empresas “não foi, nem é tratar de prédios rústicos para serem transformados em prédios urbanos” e afastou a hipótese destas virem a beneficiar das alterações à Lei dos Solos, conduzidas pelo Ministério da Coesão Territorial que Hernâni Dias integrava. Completou referindo que o objetivo principal “era simplesmente a reabilitação e exploração da atividade turística de duas habitações”.
Ainda sobre a constituição das empresas, Hernâni Dias esclareceu à comissão, de que não informou nem o Primeiro Ministro, nem o Ministro da Coesão Territorial sobre a criação destas. Quanto à declaração da segunda empresa à Entidade de Transparência, o ex-secretário de Estado admitiu que, por não estar “diretamente ligado”, não julgou necessário fazê-lo.
Já em relação à investigação da Procuradoria Europeia, Hernâni Dias continua a afirmar que não foi notificado de nenhuma investigação de que esteja a ser alvo, acrescentando ainda que, a 28 de janeiro, endereçou uma carta ao Procurador da República sobre este tema e pediu ajuda para que a verdade fosse reposta, estando ele disponível para responder ao que for necessário.
Quanto à razão que levou à sua demissão, o ex-autarca de Bragança afirmou que “entendeu por si próprio” que não deveria estar a ser um elemento prejudicial à governação do país.