Câmara de Mogadouro cede terreno aos bombeiros para abrirem escola de formação e treino

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Ter, 28/01/2025 - 09:24


Prevê-se que a Unidade Local de Formação para Agentes de Proteção Civil também seja dotada de um heliporto

A Câmara Municipal de Mogadouro cedeu, por 30 anos, um terreno, na vila, à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários, para que ali se instale uma Unidade Local de Formação para Agentes de Proteção Civil. Segundo esclareceu o presidente da associação humanitária, João Gouveia, o objetivo é criar um espaço de formação para os bombeiros de Mogadouro, mas também para os restantes do distrito de Bragança e, até, do resto do país, caso haja essa necessidade. “Em situações de fogos urbanos, principalmente, temos alguma dificuldade em fazer formação porque estamos dependentes de outras corporações. E, por isso, decidimos que deveríamos fazer algo em Mogadouro, para nós. Mas a ideia é ser utilizado por bombeiros de outras regiões”, esclareceu João Gouveia. O projeto para esta unidade, que deverá custar mais de 400 mil euros, já foi entregue na câmara municipal, na semana passada, bem como já foi assinado o contrato de comodato, entre as duas entidades, para a cedência do terreno, por 30 anos, com possibilidade de renovação. Refira-se ainda que, conforme clarificou o presidente da associação, a ideia é, além da escola, construir um heliporto naquele terreno, destinado a aeronaves de emergência. Segundo o presidente do município, António Pimentel, além de a câmara ter cedido o terreno, cedeu também dinheiro. Ou seja, o projeto será concretizado com fundos do Programa Norte 2030, já que a câmara abdicou de 700 mil euros, a grande parte da verba que lhe estava destinada para operações relacionadas com proteção civil a favor desta unidade planeada pela associação de bombeiros. “Tínhamos uma ETAR, de certo modo desativada, na parte norte do concelho, e eramos proprietários de 1/8 do terreno. O proprietário pôs à venda os outros 7/8 e a câmara decidiu comprar. A associação humanitária manifestou intenção de criar a unidade e está a avançar com um projeto, que vai ser financiado na verba que temos no 2030, para a proteção civil”, rematou o autarca. Além da criação desta unidade, também se prevê ampliar o quartel, segundo esclareceu ainda o presidente da associação. Esta empreitada também resulta de verbas do Norte 2030. “Já há cerca de cinco anos que estamos com este projeto em andamento. Só agora é que temos tudo pronto. Queremos ampliá-lo para termos um refeitório condigno, por exemplo, e algumas instalações necessárias. Precisamos de espaço porque, felizmente, além dos bombeiros, temos uma banda, com mais de cem músicos”, terminou João Gouveia, salientando ainda que em termos de elementos a corporação já conta com cerca de 120 bombeiros.

Jornalista: 
Carina Alves