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Identificar e combater a vespa asiática

Como se comporta?

É diurna e predadora de outras vespas, abelhas, entre outros insetos. O seu método de ataque é simples: começa por esperar as abelhas carregadas de pólen junto das colmeias. Depois, captura-as e corta-lhes a cabeça, patas e ferrão, para aproveitar o tórax, a parte mais rica em proteínas. Por fim, transporta-as para o seu ninho para alimentar as larvas. Tem um ciclo biológico anual, sendo que atinge a máxima atividade no Verão, devido ao aumento de ninhos e crescimento da colónia.

 

De onde veio?

Outubro a entrar, toca a vindimar

Ter, 01/10/2019 - 09:04


Olá gentinha boa e amiga.

Já estamos no mês de Outubro, acabadinho de entrar. No primeiro dia deste mês assinala-se o Dia Mundial da Música e também o Dia Internacional do Idoso. Ao longo do mês teremos diariamente vários temas que vamos desenvolver, não esquecendo que, no último fim-de-semana, terá lugar o Magustão dos 30 anos da Família do Tio João, uma vez mais em Vinhais, no maior assador de castanhas do mundo.

Um dia inesquecível

21 de Agosto de 2019. É a noite do arraial. Mas na Praça da Sé, o coração de Bragança, não há luzes coloridas, não há música, não há balões, não há pipocas e não há ”vinho, riso, poesia e uma mão ladina em cima de carne morna” porque … porque não há gente. Não se vê vivalma. Exceptuando o bar “Praça” tudo está fechado. As pessoas ou foram ao concerto ou ficaram em casa. E sentado na praça deserta ouvindo ao longe o rumor da agitação do concerto, dei por mim a pensar que essas imagens não me eram de todo inéditas. E de repente, “touché”! Vejo correr na memória um filme que vi há mais de 40 anos na “Torralta”. Chama-se “una giornata particolare”, em português “um dia inesquecível”, filme do cineasta italiano Etore Scola. Scola mais conhecido pelas suas comédias de costumes, todos temos na memória os “Feios, Porcos e Maus”, desta vez largou a brejeirice, vestiu smoking e, socorrendo-se de dois “monstros” do cinema Italiano, Marcello Mastroianni e Sophia Loren, fez um filme sobre …intimidades. A história de suporte do filme, o guião, conta-se breve. É assim: a 6 de Maio de 1938, Hitler e o seu estado maior, Ribentrop, Hess, Himmler, Goebels, Goring e outros visitam Roma para assinar acordos militares que iriam estar na génese da união bélica que ficou conhecida como as “Potências do Eixo”. Mussolini quis homenagear os visitantes fazendo uma festa nacional e para isso convidou (convocou) todos os Romanos a participarem na festa e, claro, tudo, tudo foi para a festa. E no Palácio Federici, bloco de habitação social com 650 apartamentos, só ficam 3 pessoas: (metáfora subtil sobre os rejeitados pela sociedade) a porteira que não pode abandonar o seu posto mas que acompanha a festa pelo altifalante que colocaram à entrada do prédio; uma dona de casa que seguindo as regras fascistas e machistas da época fica em casa pois tem de preparar o dia seguinte. É mãe de 6 filhos e o marido já lhe prometeu o sétimo só para lhe por o nome Adolfo; (curiosamente Alessandra Mussolini, neta do “Duce” faz parte do elenco deste filme): e um homem da rádio recentemente demitido por homossexualidade e que prepara o suicídio tentando antecipar-se à polícia que a todo o momento o virá buscar para o enviar para o degredo na Sardenha. Então, a propósito da fuga de um pássaro da gaiola, a dona de casa conhece o homem da rádio. Ela oferece-lhe um café para agradecer a captura. E então, como se de repente tivessem sacudido a pressão que todos os dias os esmaga, ouvindo ao longe o ruído da festa para que não foram convidados, começam a falar deles próprios. Dos seus anseios, das suas angústias, dos seus temores, das perspectivas que tinham, das esperanças que ainda têm. Bom, coisas que nunca tinham falado a ninguém e que não são boas de contar.

Isto é ficção mas a realidade…bom, na realidade tenho esperança que, na noite do arraial, a Praça da Sé não seja mais a réplica do velho Palácio Federici daquela noite inesquecível onde dois ostracizados lambiam as suas feridas.

 

De Biarritz a Nova Iorque (Passando pela Amazónia e Praça de Espanha)

Quando Emanuel Macron, na reunião do G7, em Biarritz, veio aler-

tar para a necessidade premente e urgente de cumprir integralmente o Acordo de Paris contrapondo o negro cenário da Amazónia, em chamas, e, à exceção do tosco Bolsonaro, o mundo ouviu e calou. Com alguns remoques, aqui e ali, coisa de pouca monta, mas sempre e apenas sobre o conteúdo do recado.

Em Nova Iorque, na cimeira do clima, Greta Thunberg, do alto da autoridade inquestionável dos seus dezasseis anos, repletos de sonhos e de sérias e graves preocupações, falou aos dirigentes mundiais, com emoção, raiva e determinação sobre a necessidade de passar das palavras aos atos. Caiu o Carmo e a Trindade. E, curiosamente, apesar de apresentado como extremista e irrealista, mais do que o discurso foi a sua autora, alvo de fortes críticas, ataques e invetivas. O clássico! Quando a mensagem é desagradável, mas difícil de combater, ataca-se o mensageiro. Tudo serviu para arremessar à jovem sueca. Até a própria pegada ecológica da sua viagem à sede das Nações Unidas foi questionada por quantos que nunca se ouviram a criticar as controversas viagens, em jato particular, para divulgar missiva semelhante.

Não sou adepto de extremismos e, em termos ambientais, tal como em muitas outras áreas, soluções drásticas trazem consigo, muitos riscos e efeitos colaterais a que é necessário dar a devida atenção. Mas respeito, admiro e reclamo a existência de teorias extremistas, que, se outro mérito não tivessem, serviriam para equilibrar o extremismo oposto em que estamos, infelizmente, mergulhados.

Independentemente do apuramento das reais causas e das soluções apropriadas há duas premissas inquestionáveis: o aquecimento global é uma realidade e é necessário minorar, travar e reverter a sua dramática evolução.

É bem provável que sejam necessárias ações drásticas e de grande impacto. O problema, mais do que a necessária ponderação por causa dos possíveis efeitos secundários, advém de poderem servir de desculpa para adiar ou evitar ações supostamente mais comezinhas e de menor efeito. Nesta altura todas as ações contam, todas são válidas, todas são necessárias. Mesmo que questionáveis ou criticáveis!

Bem andou, portanto, a

Fundação Calouste Gulben­kian. Mais do que a venda da Partex, entre outras ações, a mais importante ação pró-ambiental desta reconhecida instituição é a deslocalização do seu Instituto Gulbenkian de Ciência.

O edifício do IGC foi construído há mais de meio século em leito de cheia da Ribeira da Lage e, nos tempos correntes, transpira desperdício energético por todos os lados.

Em abono da verdade tem de se dizer que, quando foi instalado em Oeiras, a racionalização energética não era assunto e a cheia provável era centenária. Contudo, estudos científicos (e, falando do IGC, tudo o que diga respeito a ciência tem um valor acrescido) demonstram que se reduziu, drasticamente, o período dos fenómenos ambientais extremos. Algo que ocorria de cem em cem anos agora é de esperar que aconteça de dez em dez. Acresce que para haver inundações nas instalações da rua da Quinta Grande, basta que ocorram, em simultâneo cheias no leito da ribeira e marés vivas no mar, ali perto. Ora não só estas últimas são mais frequentes como, para que a ribeira transborde, basta ocorrer uma chuvada pouco maior que o normal, por causa da grande impermeabilização dos solos provocada pela excessiva edificação das encostas laterais, a partir de Sintra.

A mudança para Algés, para além da facilitação da cooperação com as instituições vizinhas (Champalimaud e Ipimar) vai dotar o IGC de instalações ecológicas com capacidade efetiva de garantir a segurança ambiental quer dos produtos com risco biológico, usados nos laboratórios, quer da contaminação de predadores, usados como modelos.

As vacas e as moscas

O Admirável Mundo Novo ideado em 1931 por Aldous Huxley e para o qual caminhamos a passo estugado, não terá vacas, podemos agora augurar.

Mas também não será um mundo livre de moscas porque, paradoxalmente, os ambientalistas mais fervorosos

declararam guerra ao bife mas ignoraram os insectos que justificam os aerossóis.

Este assunto poderá fazer rir mas deve ser tomado a sério porque as amorosas vaquinhas estão a ser acusadas de serem as maiores produtoras de gás metano que, na opinião de cotados cientistas, é o grande responsável pelo aquecimento global e correlativas alterações climatéricas.

Razão pela qual os ambientalistas que agora enfatizam o papel do metano e minoram o do carbono (vá-se lá saber porquê), se atiram à carne de vaca como gato a bofe, reclamando que seja banida do cardápio dos humanos. Pobres cães e gatos e demais carnívoros que se alimentam exclusivamente de ruminantes!

Aparentemente o destino de bois e vacas está traçado, muito embora durante milénios tenham contribuído decisivamente para o progresso da Humanidade puxando carros e arados, tocando moinhos, malhando cereais e transportando deuses e mortais no seu dorso robusto.

Não admira, portanto, que em certas civilizações como na egípcia e na hindu, a vaca tenha ganho estatuto de divindade. Sem esquecer que foi uma vaquinha que com o seu bafo aqueceu o Deus Menino, no presépio. Gesto que hoje seria considerado, por certo, um gravíssimo contributo para o aquecimento global.

Vacas que os ambientalistas radicais inexoravelmente condenam a desaparecer da superfície da Terra porque, com o advento dos motores de explosão, deixaram de ter outra utilidade que não seja a produção de leite e carne agora considerada perniciosa. Desajeitadas que são para animais de companhia nem a sola dos sapatos as salvará, o que dá pena!

Fim inglório e injusto porque, em boa verdade, não são as vacas que ameaçam a vida na Terra. São, isso sim, os humanos que se multiplicaram fisicamente mas não cresceram espiritualmente conforme era vontade do Criador.

Substituíram a força de bois, vacas e muares pela dos motores de explosão e apostam agora em cocktails de petróleo, pastilhas radioactivas e pasteis de plástico para substituir os lacticínios e os pratos de carne bovina.

A verdade é que os grandes poluidores não são os ruminantes. São os automóveis, os tractores, os navios, os aviões, as indústrias e o comércio.

Não iludam o problema, portanto: o maior desafio que a Humanidade enfrenta é a mudança do sistema energético que implica ciências, tecnologias, economias e políticas e que passa pelo abandono do petróleo que não é inesgotável, nem renovável.

Acresce que a água que os ruminantes bebem e a erva que comem a devolvem à Natureza por inteiro. Ponham-lhes máscaras no focinho, ou onde melhor lhes parecer, para recolher o metano que expelem e não haverá razão para os excluir do biossistema.

Para lá de que erradicar a fome continua a ser um problema emergente pelo que dispensar o leite e a carne de vaca não é de todo sensato.

Que os humanos se deliciem por muitos séculos com a suculenta posta mirandesa, com conta, peso e medida, são os meus votos.

E que as amorosas vaquinhas continuem a enxotar as moscas com o rabo. Ainda que as moscas valham milhões.

 

Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.

A soberba dos profetas do apocalipse

Ter, 01/10/2019 - 02:59


O texto atribuído a João, o evangelista, que relata o sonho do fim do mundo, constitui uma peça literária que marcou gerações de cristãos, mesmo se não passaram os olhos pelo texto, ficando-se pelos ecos das pregações de profetas da desgraça, empenhados em convencer os outros de que a vida não passava de uma tortura, castigo adequado à simples aceitação da existência.