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Bragança a um passo de Madrid

Bragança está a 40 quilómetros de Otero de Sanábria, aldeia onde, em 2018, vai parar o comboio de alta velocidade (AVE) na ligação Galiza-Madrid. São menos de 400 quilómetros até à capital espanhola, que se podem fazer em duas horas, ou menos, se houver bom-senso político nas duas capitais. Isto significa uma rodovia decente, que não obrigue a perigosos 54 minutos, no mínimo, para chegar a Puebla de Sanábria e a um lago magnífico, muito concorrido no Verão. Do lado de lá virão mais facilmente ao Parque Natural de Montesinho e à Domus Municipalis.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, o crescimento do turismo em Bragança foi superior, na comparação entre 2014 e 2015, à média da região Norte, noticiou este jornal. Imagine-se, em regiões transfronteiriças deprimidas, o impacto de um AVE à porta. Conjugado com o aeródromo, Bragança estaria a distâncias próximas de Lisboa, Porto e Madrid: era um acto de justiça. Para isso servem as cimeiras ibéricas.
Quando se lançava o projecto do túnel do Marão, titulou o Expresso (7 de Abril de 2009): “Nove auto-estradas não são necessárias”. Mais do que erros de previsão, houvera cedências políticas. Em seis meses de abertura daquele, a empresa pública Infraestruturas de Portugal reconheceu ter o tráfego ultrapassado as expectativas. Só quem não conheceu o IP4 pode falar de favor político – quando, de facto, era o Estado que há muito estava em dívida com a região.
Melhor: está em dívida. Há estradas que não são deste milénio, tantas as viragens e reduções de velocidade, limitada a 50 quilómetros. Pagar cada país metade do percurso (e Portugal menos ainda) era um investimento de futuro nesta Europa dita das regiões. Como repete o presidente do município de Bragança, Hernâni Dias, tudo vai da vontade política, que um ano de eleições poderá clarificar. Roubado o comboio à cidade (roubado, literalmente, em noite cobarde), outro se aproxima, mais europeu, a menos de 30 quilómetros em linha recta. Haja vontade.

Sustentabilidade energética

Alfândega da Fé pertence à Associação de Municípios do Baixo Sabor e, como tal, integra o conjunto de autarquias que participaram com a cedência de terras para a construção e funcionamento do Aproveitamente Hidroelétrico do sul do distrito. Participou, na medida do que lhe foi solicitado, no esforço necessário à instalação de um sistema ecológico e renovável de energia. Esta energia é necessária ao desenvolvimento regional e nacional, bem como ao bem estar e satisfação de muitas necessidades indispensáveis na contemporaneidade.
Ao contrário dos sistemas eólicos de produção de energia, as barragens têm várias vantagens sobre outras fontes energéticas, mesmo sendo renováveis, como as eólicas. As barragens promovem a diversidade da fauna e da flora, compensando algum inpacto negativo, provocado, necessariamente, pela grande alteração do espaço onde se instalam. São menos agressivas quer na vertente ecológica quer, sobretudo, na vertente paisagística. Promovem igualmente o aumento da reserva de água doce e potável, um recurso cada vez mais precioso. Falando em reserva evidencia-se a maior das suas vantagens que é a capacidade de armazenar energia, permitindo o seu uso apenas quando for necessário o que é de enorme importância no seu papel de regulação e estabilização da rede elétrica nacional.
Imagine-se um sistema de produção puramente solar. À noite não haveria energia. E se a captação da luz solar fosse suficiente em dias médios, nos dias de maior calor haveria muita energia que teria de ser totalmente desaproveitada a menos que se investissem avultadas somas de dinheiro em grandes armazéns de baterias elétricas.
Se o sistema fosse exclusivamente eólico passar-se-ia o mesmo nos dias de calmaria e nos dias ventosos, respetivamente.
Contudo se for usado um sistema misto, embora não resolvendo todas as falhas na totalidade, acrescenta eficiência a qualquer um dos métodos pois as noites ventosas e os dias de calor sem vento terão energia suficiente para uso. Este passo tem um significado especial, como a seguir se verá.
Não havendo armazenamento a chave de funcionamento do sistema é o equilíbrio. A produção tem de igualar o consumo.
Ora a sustentabilidade, ao contrário do que alguns pensam, defendem e promovem, não passa necessariamente no aumento da produção de energia renovável, mas na redução racional, mas substantiva do consumo. E, claro, na mistura dos sistemas de produção, ou, pelas mesmas razões, na partilha do consumo. Assim se obterá uma situação mais equilibrada, mais ecológica e mais sustentável.
Foi essa a aposta do município alfandeguense, segundo notícia apresentada neste mesmo jornal na edição da semana passada. A opção pela iluminação pública à base de LED e, sobretudo, a instalação de paineis solares para autoconsumo partilhado é, sem qualquer margem para dúvidas, a opção certa no que ao futuro ecológico convém experimentar, melhorar e promover. Estão pois de parabéns, não só a Presidente Berta Nunes por ter apostado neste projeto que além do seu potencial garantido tem um financiamento excecional de 95%, como o Diretor Executivo da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana e coordenador da Agência de Energia de Trás-os-Montes, eng.º Manuel Miranda!

Desabafos de um camionista - A Europa através do pára-brisas de um camião

Ter, 07/02/2017 - 10:04


Olá familiazinha! Depois das fortes geadas que tivemos no mês de Janeiro agora, como nos disse a tia Maria Lúcia, de Pinelo (Vimioso), os tinteiros estão a encher para se começar no activo, nos escritórios, a escrever com a caneta de dois bicos, lá para Março. Na madrugada de sexta-feira, dia 3, o S. Pedro estava muito nervoso pois tivemos tempestade com muita chuva, vento e trovoada.
Infelizmente tivemos conhecimento de falecimentos na Família do Tio João. Desta vez Deus chamou a Si a tia Crisantina Reigadas, de Bragança. Paz à sua alma e que tantos anjinhos a acompanhem como vezes viajou e participou nos eventos da família. De uma maneira inesperada, também faleceu, no dia 5, domingo, o tio Manuel João, pai do Chico Mau Feitio. Os nosso sentimentos às famílias enlutadas.
Esta semana é a vez de conhecermos o nosso tio José Rodrigues, pela pena da tia Irene Teixeira Hostettler, que nos relata a vida de um camionista internacional, que faz uma média de sete países e 15 mil quilómetros todos os meses. Curioso também será acrescentar que o nosso tio José Rodrigues só faz transportes de líquidos.

 

Descentralização de competências do Estado deve ser acompanhada de envelope financeiro ajustado às necessidades das autarquias

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Qua, 01/02/2017 - 16:24


A descentralização de competências do Estado para as autarquias está a dividir opiniões um pouco por todo o país e o distrito de Bragança não é excepção.