Pioneiros vencem em casa
Ter, 06/02/2018 - 17:40
Foi o segundo triunfo da formação brigantina esta temporada que, a uma jornada do fim da fase regular, já se prepara para disputar o play-off de despromoção.
Ter, 06/02/2018 - 17:40
Foi o segundo triunfo da formação brigantina esta temporada que, a uma jornada do fim da fase regular, já se prepara para disputar o play-off de despromoção.
Se já é Assinante, faça o seu Login
Ter, 06/02/2018 - 17:37
A formação treinada por Artur Pereira não foi feliz na deslocação a Matosinhos na jornada 17, penúltima, da fase regular da série B do Campeonato Nacional da 2ª Divisão de Futsal.
Ter, 06/02/2018 - 17:35
A equipa de Macedo de Cavaleiros venceu, na sexta-feira, o Alfandeguense, terceiro classificado, por 4-7, na jornada 11 da prova, e reforçou a liderança. O GDM tem agora 28 pontos, o melhor ataque, 71 golos marcados, e a melhor defesa, apenas 31 sofridos.
Ter, 06/02/2018 - 17:34
A formação brigantina venceu, no sábado, o Futsal Mirandela por 3-7 no segundo jogo das meias-finais, depois do 5-0 conseguido no primeiro encontro.
Ana Sabina, que bisou, Nady, que também apontou dois golos, Soares, Patrícia e Pietra marcaram para os Pioneiros de Bragança.
Se já é Assinante, faça o seu Login
Ter, 06/02/2018 - 17:32
Foi com surpresa que Raul Ferreira recebeu o Diploma de Mérito do Motociclista. O impulsionador do motocross no distrito de Bragança foi distinguido, no sábado, na Gala dos Campeões 2017 da Federação de Motociclismo de Portugal, realizada no Casino do Estoril.
Ter, 06/02/2018 - 17:29
Rafael Kong, em representação da Selecção Nacional, começou por vencer, no mapa final, o germânico Tyler Köllner por 3-0 e repetiu o resultado frente ao eslovaco Samuel Palušek.
NÃO CONSTITUI CRITÉRIO PARA ESTA CONSULTA
• Pedir credenciais para Exames Complementares de Diagnóstico;
• Mostrar Exames Complementares de Diagnóstico;
• Pedir declarações de Saúde ou de Doença;
• Pedir atestados de Saúde ou de Doença, incluindo para cartas de condução;
• Renovação de Receituário Crónico;
• Queixas crónicas.
Antes de se dirigir ao Centro de Saúde, ligue primeiro para o SNS 24, através do número 808 24 24 24.
Ter, 06/02/2018 - 10:37
Olá familiazinha!
Aí está o mês mais pequerruchinho do ano. Os dias começam a aumentar a olhos vistos e celebra-se a luz que cresce, pois como diz o povo “em Fevereiro entra o sol em qualquer ribeiro”. No dia 2 de Fevereiro festejou-se a N.ª Sr.ª das Candeias, da Luz, da Candelária, da Purificação ou ainda N.ª Sr.ª da Cabeça, como é chamada aqui bem perto de nós, na aldeia de Nogueira. “Se na Senhora das Candeias estiver a rir, está o Inverno para vir; se estiver a chorar está o Inverno a passar”, ou seja, como este ano esteve um dia de sol, é sinal que o Inverno ainda está para durar.
Foram alguns os tios que me recordaram que fez dois anos, no passado dia 1 de Fevereiro, que fui operado às cordas vocais e mudei a minha voz, com a bênção de S. Brás, advogado da garganta, que se festejou no dia 3.
Os tios e tias do mundo agrícola têm-me dito que andam na poda e plantação de árvores de fruto e também a semear
couves para transplantar. No sábado, dia 3, fizeram as bodas matrimoniais os tios Francisco e Helena Pinto, da Ermida.
Na última semana festejaram o seu aniversário o tio Pedro (67), da Vila Chã da Braciosa (Miranda do Douro), o tio Ramiro (78), de Mourão (Vila Flor), a tia Julieta (82), de Suçães (Mirandela), a tia Bernardete (83), de Vila Nova (Bragança) e a Ana Rita (28), de Bragança. Bem hajam por festejar a vida connosco e que o João André vos volte a cantar os parabéns para o ano. E agora vamos ao alto do cabeço, à Senhora da Cabeça.
Nasceu em Freixo de Espada à Cinta pelo ano de 1696, no seio de uma família cristã-nova com largo historial na inquisição que, poucos anos antes, tinha queimado uma sua tia materna, chamada Marquesa da Fonseca. (1) Francisco Nunes era o nome do seu pai, que tinha a profissão de torcedor de sedas. Faleceu antes que o filho completasse 14 anos, altura em que este seria iniciado na lei de Moisés por sua mãe, Filipa da Fonseca, a qual era originária de Trancoso e tinha 16 anos quando, em 1667, se apresentou na inquisição de Coimbra, onde confessou suas culpas, posto o que foi mandada de regresso a casa. Passados 17 anos, em 1684, morando em Freixo e sendo já casada, foi presa pelo mesmo tribunal, saindo penitenciada em cárcere e hábito perpétuo, no ano seguinte. (2) Em Abril de 1735 os inquisidores de Coimbra decretaram que fosse novamente presa. Tal não aconteceu porque Filipa era já falecida.
Chegado à idade adulta, certamente por viver em permanente constrangimento, apontado como judeu e filho de judeus, José Nunes abandonou Freixo de Espada à Cinta e, depois de estar cerca de um ano em Murça de Panoias, dirigiu-se para a cidade do Porto e dali embarcou para o Brasil. Foi ter ao Ribeirão do Carmo, região da Baía, onde as minas de ouro, recentemente descobertas, exerciam forte atração. Não foi nas minas que ele começou a trabalhar, mas como caixeiro de seu parente Francisco Ferreira Isidro. (3)
Com a prisão de F. Isidro, em 1726, o caixeiro mudaria de ofício, metendo-se também na aventura da exploração mineira. E Talvez por chegar a notícia da descoberta de diamantes nas minas de Cerro Frio, para lá se dirigiu o nosso Freixenista que, no “arraial” mineiro, adquiriu uma casa bastante boa, a julgar pelo preço de compra – 166 400 réis. Comprou também dois escravos (um macho e uma fêmea), por 480 000 réis. Não sabemos quem lhe vendeu os escravos mas ele dá-nos notícia de um homem, originário de Vila Nova de Foz Côa, com familiares em Freixo de Espada à Cinta que, naquela região do Brasil era “tratante de negros” – Francisco Fernandes Camacho. (4)
E estes, casa e escravos, eram os bens que ele tinha quando o prenderam e arrolaram suas pertenças. (5) Curioso que não tinha ouro nem diamantes mas tinha uma razoável dívida para com Rodrigo Nunes – 500 oitavas de ouro! E perguntado sobre a sua profissão, dizia-se “vendeiro”.
José Nunes foi preso em outubro de 1733, ficando no Rio de Janeiro a aguardar embarcação para Lisboa, onde chegou ao findar do mês de agosto do ano seguinte.
Metido na cadeia, logo entrou de confessar que fora doutrinado por sua mãe e que, embora se apresentasse publicamente como cristão, ele seguia os preceitos da lei de Moisés sempre que podia. E logo acertou nas pessoas que o tinham denunciado e que foram: Francisco Gabriel Ferreira e Leonor de Campos Currales. (6) Não acertou em sua tia, Filipa Mendes, o que foi desculpado pelos inquisidores do modo seguinte:
- A diminuição de sua tia Filipa Mendes (é compreensível) porque, conferidas e examinadas as genealogias, consta não ser sua tia direita, se pode presumir esquecimento, e principalmente no réu que não ocultou os parentes mais chegados.
Na verdade, no processo de José foi também incluída a genealogia da mesma tia. E se foram compreensivos nesta “diminuição”, a verdade é que ele denunciou muitas pessoas que com ele se tinham declarado judeus e feito cerimónias judaicas, “pessoas conjuntas e não conjuntas e com muitas das quais não estava indiciado”- como os inquisidores também anotaram.
Na lista dos denunciados por José Nunes contou-se a sua irmã, Ana Nunes e o marido desta, Manuel Soares, Baeta, de alcunha. Estes haviam sido presos pelo santo ofício de Coimbra em Junho de 1725. Manuel faleceu mesmo nos cárceres da inquisição, em 30.5.1726 e Ana saiu penitenciada no auto público da fé celebrado um mês depois. (7)
À data da prisão, o casal tinha dois filhos, chamados, respetivamente, Francisco e José Soares, que ficariam “ao Deus dará” pois que, com a prisão dos pais e o sequestro dos bens, a casa de morada foi cerrada e selada. Não sabemos que idade tinha então o Francisco, que seria o filho varão mais velho. E dele nada mais sabemos, a não ser que, em 1734, era já falecido e que falecera em Amesterdão, onde viveu como judeu e com o nome hebreu de David. O José, por seu turno, contaria uns 6 anos e podemos seguir o seu percurso de vida até aos 20 anos.
Por agora acompanhemos Ana Nunes no regresso a Freixo de Espada à Cinta, depois que saiu da prisão de Coimbra. Vendo-se viúva e sem eira nem beira, pegou no(s) filho(s) e abandonou o país, refugiando-se em Londres. Ali, ela aderiu abertamente ao judaísmo, tomando o nome de hebreu de Sara. E tratou de dar uma educação judaica ao(s) filho(s). Assim, sabemos que o José foi circuncidado, com o nome judeu de Daniel, e passou a frequentar a sinagoga e a aprender a lei de Moisés.
Na Inglaterra permaneceram por 5 anos. Dirigiram-se depois para França, instalando-se na cidade de Bordéus. Ali viveram 3 anos e Sara casou segunda vez com um judeu público chamado David. Nessa ocasião, Daniel Soares decidiu-se a procurar vida noutras paragens, dirigindo-se para a cidade Amesterdão.
Da vida de José Soares na grande metrópole holandesa, durante 3 anos e meio pouco sabemos. Porventura não conseguiria integrar-se plenamente na “nação hebreia” e encontrou inesperado apoio em uma mulher católica e no frade agostiniano que ali conheceu, chamado frei Joaquim Sarmento. Este o terá convencido a regressar à religião católica em que foi batizado. E os dois resolveram abandonar a Holanda e meter-se a caminho de Lisboa, onde chegaram dias antes do Natal de 1739.
Nessa mesma noite José Soares foi apresentar-se no tribunal da inquisição onde contou a sua vida de judeu, que fora batizado em Freixo de Espada à Cinta e cresceu e foi educado como cristão até à idade de 6 anos; que depois fora instruído pelos mestres judeus e como judeu frequentava as sinagogas, em Londres, Bordéus e Amesterdão. Dizia-se inspirado pelo Espírito Santo, pedia perdão de suas culpas e prometia ser bom cristão. (8)
Notas:
1-ANTT, inq. Coimbra, pº 7885, de Marquesa da Fonseca. Anos antes haviam sido processadas a mãe e a irmã desta, chamadas respetivamente Beatriz da Fonseca e Maria da Fonseca.
2-ANTT, inq. Coimbra, pº 4511, de Filipa Fonseca.
3-ANDRADE e GUIMARÂES, jornal Nordeste nº 1087, de 12.9.2017.
4-Francisco Fernandes Camacho era natural de Fozcôa, casado com Luísa Maria Pereira, de Mogadouro. O casal morou muitos anos no Brasil, onde lhe nasceram 4 filhas e um filho. Começando a inquisição a prender pessoas das suas relações, mandou a mulher e os filhos regressar ao reino e a Vila Nova de Fozcôa, onde sua mulher foi presa, acabando queimada pela inquisição de Coimbra. Sabendo-se denunciado e pressentindo que seria também preso, embarcou para o reino. Chegado aos Açores, foi apresentar-se ao bispo de Angra, dizendo que vinha do Brasil apresentar-se na inquisição de Lisboa mas que se encontrava doente e ficaria nos Açores até se curar. Trazia, inclusivamente, um papel escrito onde contava tudo isso, pedindo ao Bispo que o enviasse para o tribunal de Lisboa. Ele, porém, em vez de rumar a Lisboa, tomaria um barco, fugindo para a Inglaterra. Tempos depois mandou ordem para que os filhos fossem ter com ele. Com esse objetivo, apanharam um batel na Ribeira de Lisboa e dirigiam-se para um barco fundeado ao largo do Tejo. Não embarcaram porque se levantou uma tempestade e o batel voltou para terra. A história foi contada por Francisca Lopes, uma das filhas de Francisco Fernandes Camacho, que foi depois apresentar-se na inquisição de Lisboa. – ANTT, inq. Lisboa, pº 3784, de Francisca Lopes.
5-ANTT, inq. Lisboa, pº 430, José Nunes.
6-Leonor Campos Currales foi presa juntamente com 3 irmãs: Maria, Mariana e Violante. Processada também na mesma altura foi sua cunhada, Ana Henriques, natural de Ventozelo, mulher de seu irmão Diogo Campos Currales. Eram filhos de Diogo Currales, cirurgião, originário de Castela e de Maria de Campos, natural de Foz Côa. O sobrenome “Currales” tê-lo-ão tomado da terra da naturalidade do seu pai.
7-IDEM, pº 6131, de Ana Nunes; pº 9671, de Manuel Soares, o Baeta.
8-IDEM, inq. Lisboa, pº 8020, de José (Daniel) Soares.
Na novela “Roque Santeiro” da segunda metado dos anos oitenta do século passado, Sinhozinho Malta, interpretado por Lima Duarte, tinha um bordão que ficou célebre: com um pequeno abanão, puxava o relógio e algumas pulseiras de ouro para o pulso que erguia, agitando os adereços perguntava enfaticamente – Estou certo ou estou errado? Embora a resposta induzida e por ele esperada fosse obviamente de concordância, o certo é que, precisamente, na maioria dos casos a resposta correcta e fundamentada deveria ser: – Está errado!
Assim acontece tantas vezes não só porque a simples resposta pode ser redutora como ainda porque, muitas vezes, a análise detalhada dos componentes que a enformam pode, com alguma facilidade, induzir precisamente o caminho oposto. Enquanto que o certo traduz uma situação de total conformidade já o errado pode encerrar vários graus de divergência pelo que a sua simples evocação ou aplicação não evidencia os vários graus de divergência com distâncias distintas à solução acertada. Se não vejamos. Se for pedido a alguém que soletre a “chave” e a resposta for c-h-a-v-e será obviamente classificada como estando certa. Qualquer outra resposta estará errada. Não só a resposta d-i-b-x-f como e-j-c-y-g e também x-a-b-e. Contudo o erro não é, seguramente, o mesmo pois apesar de estar errada esta última parece mais próxima da resposta verdadeira. Porque a fonética das duas palavras “chave” e “xabe” são muito parecidas, podendo inclusivé ser facilmente confundidas ao ouvi-las. E, contudo, numa ótica de mera codificação, qualquer uma das outras facilmente se converte na solução esperada já que no primeiro caso basta procurar, para cada letra, a letra anterior no alfabeto e no segundo a segunda letra anterior. De qualquer forma apenas uma resposta é verdadeira e todas as restantes são falsas.
Vejamos agora uma pequena história onde se pode igualmente procurar algum ensinamento adicional sobre este mesmo tema.
O Presidente da Câmara, nesse dia, resolveu ir visitar as obras municipais e fez-se acompanhar do vice e de dois estagiários que o IEFP tinha colocado no município. Um deles deveria ser selecionado para integrar o quadro no departamento de Obras e Projetos. Fizeram uma paragem na Praça Central onde se ultimavam os trabalho da nova torre. – Agora só falta colocar, no topo, um pára-raios que servirá de antena. É preciso encomendá-la. – Pois. Mas é preciso determinar o seu tamanho. – Ah, isso é fácil. A distância da ponta ao solo tem de ser oito metros. Basta subtrair a esse valor o da altura atual da torre. Algum dos dois estagiários me saberá dizer quanto é é que mede?
Foi tomar um café com o vice e, no regresso indagou junto dos dois jovens qual a opinião deles sobre a real dimensão da torre. – Sete metros – diz um deles, o Manuel – mais ou menos! – Seis metros e oitenta – diz o outro, o João.
De volta aos Paços do Concelho perguntou ao vice: – Então o que achas? – O João acertou em cheio! – Pois acertou, mas quem fica com o lugar é o Manuel.
E com razão. Efetivamente o valor correto é o apontado pelo João que o obteve, do projetista da Câmara de quem é amigo e a quem perguntou por SMS. O Presidente observou isso sentado na esplanada e também viu que o número avançado pelo Manuel resultou da medida da sombra da torre, medida em passos e que depois comparou com a sua própria sombra. Não estando certo estava seguro de que o valor teria aquela ordem de grandeza e que se fosse necessário chegaria, pelos seus próprios meios ao valor exato se tivesse acesso aos meios de medida adequados.
Neste caso especial, andou bem o autarca!