Editorial

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Em tempos idos, quando nas escolas se faziam as contas à mão, para verificar se o resultado estava correcto, os alunos dispunham de dois processos: a prova dos nove e a prova real. A prova dos nove podia esconder o erro.

Estamos no último ano desta legislatura e dificilmente encontraremos na história do regime democrático uma representação parlamentar tão muda e queda, relativamente aos interesses do distrito, como o trio de deputados que temos na Assembleia da República.

Enquanto a festa mediática nos vai entretendo com folhetins escabrosos de viúvas alegres, com historietas de rapazes do Lumiar, armados em meninos queques, que deixam transparecer por todos os poros a boçalidade rufia, ou com tragicomédias políticas, à medida dos cinemas do piolho, vale a pena vo

Pelo que vemos, ouvimos e lemos sucedem-se fenómenos políticos estranhos, nesta segunda década do século XXI, repetidamente anunciado como tempo de um mundo nunca visto, com informação a rodos, qualidade de vida sem comparação, prosperidade geral mais dia menos dia, um verdadeiro brinquinho no es

Um jornal com publicação contínua durante 25 anos constitui motivo de satisfação, mas publicá-lo é somente o cumprimento de um compromisso com os assinantes, os leitores e os cidadãos do distrito, num país com quase nove séculos e num mundo, que continua a fascinar-nos mas também a deixar-nos tol

A imprensa, como técnica de reprodução e difusão rápida do texto escrito, foi uma conquista da Europa no século XV, potenciando antiga invenção chinesa.

Quando Gutenberg adap-­

Os interessados na História já compreenderam que a observação do devir requer atenção especial às dinâmicas de profundidade que, muitas vezes, não se compadecem com a espuma dos dias, fonte de ilusões caprichosas, ao sabor das pulsões de cada vida, sempre curta e destinada a diluir-se no tempo, o

O Verão estendeu-se, parece que as castanhas podem sair fulecras, nas vinhas foram muitos os cachos secos, as pavias não encheram os ares com o aroma do desejo, nem pão nem palha, nem vacas da cor do ouro, nem novelos de lã alvos a cirandar animam o Outono menino.

Na procura de alívio para as tragédias que marcam a história do mundo gostamos de vestir a capa do optimismo, a tapar tremuras indisfarçáveis, quando soluçamos que depois da tempestade vem sempre a bonança.

A povoação de Izeda, que chegou a ser efémera sede de concelho no século XIX, foi reconhecida como vila há alguns anos, condição que de pouco lhe tem valido, apesar das esperanças que os seus naturais acalentaram.

Nas democracias a sério o acesso de todos os cidadãos à escola é um direito inalienável, garantido pelo Estado, recorrendo a todos os meios de que dispõe, materiais, humanos, jurídicos ou policiais.

Em pleno frenesim dos resultados das colocações de estudantes no ensino superior, as agora boas estradas do país encheram-se de viajantes, pastinhas transparentes com sete ou oito papéis, a caminho dos serviços académicos espalhados pelo país.