Alfândega da Fé vai receber projecto “Bola Mágica” da FPF
Qui, 01/12/2022 - 16:50
Entre os dias 9 de Janeiro e 31 de Março de 2023 a “Bola Mágica” vai rolar em Alfândega da Fé.
Qui, 01/12/2022 - 16:50
Entre os dias 9 de Janeiro e 31 de Março de 2023 a “Bola Mágica” vai rolar em Alfândega da Fé.
Ter, 29/11/2022 - 16:46
Promover a inclusão social através da prática de deporto é o principal objectivo do III Torneio de Atletismo Adaptado organizado, esta terça-feira, pela Academia do Centro Social Paroquial dos Santos Mártires de Bragança.
Ter, 29/11/2022 - 13:57
às décadas de 80 e 90. “A persistência e o trabalho” de quem se dedica ao projecto tem mantido viva a prática deste desporto, salientou o responsável da secção, Rui Gonçalves. “A modalidade tem crescido, quer em número de atletas, quer no entusiasmo do grupo.
Ter, 29/11/2022 - 10:45
Alfândega da Fé é um concelho limitado por Macedo de Cavaleiros, com o qual reparte a centralidade do distrito de Bragança, por Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Mirandela.
Ter, 29/11/2022 - 10:28
As seis albufeiras, Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Foz Tua, foram vendidas em 2020 por 2,2 mil milhões de euros. A venda não esteve sujeita ao pagamento do Imposto de Selo, no valor de 110 milhões de euros, nem de IMI e IMT.
Ter, 29/11/2022 - 10:25
Bragança é o único distrito de Portugal em que todos os concelhos perderam gente, nos últimos 10 anos. Entre os 12, não há absolutamente nenhum concelho que fuja à tendência de perda. É precisamente isto que revelam os resultados definitivos dos Censos 2021, divulgados na semana passada.
Ter, 29/11/2022 - 10:21
São quase três quilómetros de extensão, incluído a construção de uma ponte sobre o rio Maçãs, de um quilómetro.
Ter, 29/11/2022 - 10:19
No mês de Outubro, de passagem pela região, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, afirmou que o Governo estaria a tentar para encontrar uma solução para viabilizar a linha. Não avançando pormenores.
O intenso abalo demográfico que atinge o Interior Norte de Portugal, está a conduzir-nos a uma situação de forte despovoamento, abandono de partes do território e ao aumento do empobrecimento. É necessário lembrar que Trás-os-Montes e Alto Douro, em pouco mais de meio século perdeu metade da população, representava 7,82% da população do país no ano de 1960 e que em 2021 representa 3,49%, apesar de representar cerca de 60% do território da Região Norte. Atualmente todos os concelhos desta sub-região perdem população, uma verdadeira ameaça ao seu futuro e do país. A rotura com algumas das políticas centralistas é essencial para inverter um ciclo vicioso, para reduzir as graves assimetrias territoriais, tanto no âmbito da região norte como do país. Serve esta breve introdução para regressar a uma das propostas que fiz no livro dos Congressos Transmontanos. O governo considera existirem algumas assimetrias na Área Metropolitana de Lisboa (AML), a região mais rica de Portugal, e para as corrigir, decidiu garantir mais fundos europeus à parte menos desenvolvida, a Península de Setúbal. Para isso vai dividir a atual NUT II da AML em duas, criando a NUT II da Grande Lisboa na margem norte do rio Tejo e a NUT II da Península de Setúbal na margem sul. Fundamenta a decisão considerando que a Península de Setúbal tem perdido competitividade por estar distante do desenvolvimento da Grande Lisboa, tratando este território como uma realidade específica. Isso permitirá à Península de Setúbal ter um programa operacional regional próprio, com mais fundos da União Europeia e com taxas de cofinanciamento mais elevadas, ou seja, assegurar mais dinheiro de fundos da EU, e maior intensidade de financiamento do investimento. Note-se que o litoral, historicamente, através das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, absorve por via direta ou indireta a esmagadora maioria dos apoios, sejam da União Europeia ou do orçamento do Estado, dividindo ainda mais o país, acentuando as desigualdades sociais e territoriais. Se na Área Metropolitana de Lisboa, o governo regista assimetrias, o que dizer se a comparação se fizer, por exemplo, com o Interior Norte? A Área Metropolitana de Lisboa é a região mais rica de Portugal, tem um rendimento per capita quase 40% superior ao da Região Norte, agrava-se a situação se comparada com as NUT III de Terras de Trás-os-Montes, Douro, Alto Tâmega, que representam outra realidade dentro da região, e se encontram em rota de divergência com a média regional, com um PIB per capita muito inferior ao da Área Metropolitana do Porto, sendo que parte do pouco crescimento do Interior Norte é alcançado à custa da perda de população, não só pela economia. No Interior Norte, a produtividade é baixa, o rendimento das famílias é dos mais baixas do país, cerca de 40% inferior ao do distrito de Lisboa. O despovoamento e envelhecimento populacional tende a agravar a situação já por si um pouco dramática, destacando o despovoamento e abandono de muitas das aldeias, não fugindo a generalidade das Vilas, mesmo a que são sede de concelho, a esta dura realidade. Os governos nas últimas décadas têm lidado com os problemas do Interior com medidas pontuais e avulsas. Olhando algumas décadas atrás, vemos o ciclo dramático do Interior, com a perda de serviços do governo central, de infraestruturas como a ferrovia, de perda de voz no parlamento, nos partidos, no governo. As lideranças locais e associativas estão mais enfraquecidas. O centralismo tem vindo a esgotar a energia dos cidadãos, da economia, a enfraquecer as instituições e a cidadania. Os apoios da União Europeia são essenciais ao investimento nacional, vitais para o Interior esquecido. Não aceitando que se continue a concentrar apoios nas regiões de maior dinamismo na economia, no conhecimento e populacional, em particular em Lisboa e Porto, é necessário, é justo, que os fundos da coesão sejam partilhados, sirvam também e prioritariamente para corrigir assimetrias, gerar coesão social e territorial. Não pondo em causa a criação da NUT II Península de Setúbal, pretendo afirmar, ser de muito maior fundamento e justiça devida ao longo de séculos, que o governo crie a NUT II Trás-os-Montes e Alto Douro, dividindo a NUT II da Região Norte em duas, respetivamente: NUT II Trás-os-Montes e Alto Douro e NUT II Entre Douro e Minho, divisão territorial histórica que prevaleceu ao longo de séculos. A ideia é a de que, também na Região Norte, se tente corrigir as profundas assimetrias, evitando que as sub-regiões mais pobres sejam prejudicadas pelas mais ricas, em concreto no justo acesso aos apoios da União Europeia dirigidos à coesão regional. De na região de Trás-os-Montes e Alto Douro se poder construir e gerir um programa operacional regional próprio, com mais fundos da União Europeia, de executar os projetos correspondentes às prioridades de desenvolvimento de cada uma das sub-regiões, dos seus projetos estruturantes, capazes de fazer a mudança, apoiando a economia, o conhecimento, a qualificação dos recursos humanos, os serviços de proximidade, com metas e escrutínio dos resultados bem definidos, numa visão alinhada com as exigências de combate às alterações climáticas, a prioridade da humanidade e das sociedades com futuro, assente no bom e responsável governo das instituições . Falando-se agora da revisão da Constituição da República, é altura de: tratar a Interioridade em termos de conceito, como foi tratada a Insularidade; aumentar o número de deputados dos distritos do interior, assegurando representatividade populacional e territorial, reduzindo e transferindo lugares de deputados das Áreas Metropolitanas, bem como criar círculos de eleição uninominal; dividir a NUT II Norte nas NUT II Trás-os-Montes e Alto Douro e NUT II Entre Douro e Minho. Espero que, nesta oportunidade, o Interior não seja esquecido, que esta breve reflexão chegue ao Senhor Presidente da República, ao Senhor primeiro-ministro, líderes partidários e outros, nomeadamente os autarcas, e que decidam, não deixando para trás os que têm sido mais esquecidos ao longo de séculos, de forma mais evidente nas últimas décadas.
Foi no alfacinha Porão da Nau/Convés que ouvi a voz quente, sensual, arrebatadora de Gal Costa. A partir daí procurei engordar a colecção de discos com as suas admiráveis criações das quais destaco Índia e a banda sonora da famosa telenovela Gabriela Cravo e Canela. Se a voz cálida, coleante, num fundo do tempo a escorrer entre os dedos, tal qual a areia escorre quando enterramos os pés nos areais finos das praias é perenidade para lá da finitude. A baiana musa maior do tropicalismo emparceirava com Caetano Veloso e a sua irmã Maria Betânia feia como os trovões a intonar no estilo da mexicana Chavela Vargas, contribuíram de modo decisivo para a mundialização da música brasileira sem esquecer, antes pelo contrário, a Bossa Nova, Nara Leão e a portuguesa de nascença Carmem Miranda. Ainda adolescente, comecei a trautear canções de cantores brasileiros muito em voga no defunto Rádio Clube Português, a par da oficiosa Emissora Nacional que as difundiam e eu ouvia vibrando das tabernas quando passava nas ruas tal como escutava as notas altissonantes do Pardal sem Rabo a comandar o Terço de corneteiros do Batalhão de Caçadores Nº 3. Cantores do outro lado do Atlântico, as apresentavam nas verbenas estivais, principalmente durante as Festas da cidade no mês de Agosto. Lembro-me do Odir Odilon, da Mara Abrantes a qual ficou e morreu em Portugal. Já de Luís Gonzaga (onde estás coração?) e Caubi Peixoto restam-me fiapos de êxitos seus. A Gal Costa manteve a voz entonação/intonação sem quebras a cimentar a sua aura de cantora até ao fim abrupto dos seus 77 anos, não se sabendo quais foram as causas do desaparecimento do nosso convívio. Resta-me reunir os seus discos em vinil e compactos, escutá-los repetidamente aumentando a saudade como tenho do Marânus (Teixeira de Pascoaes), Montesinho e Nogueira berças do meu orgulho de ser transmontano de raiz telúrica regada com água ribatejana.