Falta de médicos nos centros de saúde de Vinhais e Vimioso preocupam autarcas
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Ter, 09/08/2016 - 12:01
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Ter, 09/08/2016 - 11:31
Freixo de Espada à Cinta viu aprovada uma candidatura a fundos europeus para a requalificação e valorização do castelo e da zona envolvente, no valor de 1,9 milhões de euros.
A subjetividade das coisas está sempre no modo como as vemos e como as interpretamos e como nem todos as vemos e interpretamos da mesma forma, tudo acaba por ser subjectivo. Mas há sempre maior ou menor subjetividade sobre o que se nos depara no dia-a-dia das nossas vidas.
Ultimamente temos estado em contacto com acontecimentos demasiado negativos. Um rol de desastres imenso tem-nos sido brindado neste mês de agosto, trazendo a terreiro um peso demasiado negativo num tempo em que todos nos deveríamos libertar por algumas semanas, dessas preocupações sempre tão presentes ao longo do ano. Mas não.
Quando os ministros estão de férias e numa época em que pensamos que nada nos vai incomodar vindo dos lados do governo, eis que nos bate à porta uma alteração do IMI. Alteração de uma subjectividade tão grande que ameaça o ridículo e a incompetência de quem quer ser mais esperto do que o mais comum dos mortais. E porquê? Pela simples razão de que esta alteração se prende com as vistas que se tem de nossas casas. Pasmem! Se da minha janela vejo um lameiro, coisa sem importância, pago menos IMI, mas se vejo uma avenida movimentada onde proliferam as lojas de marca, então pago mais IMI. Pois bem, e quem é que disse que eu gosto de ver a avenida cheia de lojas e de barulho quando vou à minha janela? E quem lhes disse que eu não prefiro ver o lameiro onde pululam as cegonhas e os rebanhos ocasionais que por lá vão em busca de alimento? Quanta subjetividade! É claro que este tipo de análise já estava comtemplado na anterior legislação, mas tinha somente um peso de 5% no valor do IMI. Agora agravou-se 15%, passando para 20% do imposto, mas com a alteração mais acentuada das vistas que se têm e da localização do prédio onde se mora. Pois é, diz-me para onde está a olhar e eu dir-te-ei quanto vais pagar de IMI!! Francamente!
Mas o negativismo deste dia-a-dia não fica por aqui. Não vale a pena referir o desastre que atingiu 423 automóveis no festival de Castelo de Vide. Inacreditável! Mas o caso é que nenhum deles era certamente de algum amigo de Sócrates, pois se assim fosse, poderia ter sido oferecido pelo Grupo Lena, como se vem dizendo na comunicação social.
E para não fugir ao tema, fomos abalroados pela informação de que a Galp andou a oferecer passagens a secretários de estado para irem ao futebol! E eles aceitaram! Mas quando a comunicação social levantou a lebre, não se atrasaram a dizer que iam devolver o dinheiro das passagens. Levantou-se o problema da legalidade e da legislação e sua interpretação e a necessidade de dar um jeito aos decretos de modo a que não houvesse segundas interpretações. Pois claro, era só o que faltava. Mas o azar não acaba aqui. É que enquanto uns foram ao Euro ver jogar a seleção, outros foram aos olímpicos e … foram assaltados. Azar dos Távoras. Alguém disse aos brasileiros que o ministro da Educação andava de bolsos cheios, mesmo na praia de Copacabana e eles acreditaram.
Felizmente nem tudo tem sido negativo ou mesmo subjetivo. Há coisas que sorriem aos portugueses no meio de tanta adversidade. A Volta a Portugal foi ganha por um português. Rui Vinhas conseguiu escrever essa proeza nos anais da História recente, coisa que já não acontecia há muitos anos. Mourinho, um português dos maiores, ganhou a supertaça inglesa ao serviço do Manchester United. Foi entrar e vencer. Nos jogos olímpicos, a seleção nacional de futebol, soma e segue. Depois de ganhar à Argentina, ganhou agora às Honduras. Que contente está o treinador Rui Jorge. Valha-nos o desporto. Por acaso o desporto não paga IMI.
Se assim fosse, não chegaria aos nossos campeões o que ganham para pagar ao Estado as vistas que vão tendo dos locais onde vão abrindo as janelas das suas habitações ou das bicicletas que os levaram a ver a Meta do final da Volta.
Foi numa terça feira, já em pleno mês de agosto. Em época de férias para muitos de nós, mais um dia de Verão igual a tantos outros, intramuros de um estabelecimento prisional. Bem no coração da cidade de Bragança, onde tantas vezes passei para ir à Zona Agrária localizada mesmo em frente, um edifício semelhante a outros tantos espalhados pelas nossas cidades. A diferença reside em grades nas janelas e muros altos. Um jardim e hortas bem tratadas. O portão abriu-se e logo à entrada um guarda prisional a controlar as visitas. Cá fora o Senhor Diretor e o Senhor Adjunto aguardavam a minha chegada. À hora combinada, entrei. Lá dentro, mas ainda fora de portas, decorria a vida normal e as tarefas a realizar por alguns que, apesar de detidos, trabalham no exterior. Na semana seguinte iniciava-se um curso de operador agrícola, justificando o trator estacionado no parque.
Era a primeira vez que entrava num estabelecimento prisional, julgando eu ser um ambiente completamente desconhecido. Enganei-me redondamente. A familiaridade de trato e o reconhecimento de algumas caras, umas conhecidas outras amigas de escola, resultaram em reflexões sobre as voltas da vida e despertaram o interesse, já antigo, sobre o funcionamento do sistema prisional em particular do nosso distrito. Um conhecimento que devemos aprofundar e estudar causas e motivações da elevada frequência de reincidências.
O meu colega Zé reconheceu-me logo. Eu também. Já não o via há longos anos, mas as feições mantêm-se, apesar da dureza da vida. O olhar, o sorriso e a voz eram-me familiares. Gostei de o ver. Falámos dos amigos em comum, das vidas de todos e do período de festas na nossa Terra. A vida levou-o ao mundo das drogas e desde aí têm sido muitos os anos que permanece neste lugar. Um rapaz muito talentoso que não soube tratar de si, nem dos seus. Nasceu e cresceu num bom ambiente familiar e talvez tenha tido o azar de encontrar caminhos demasiado tortuosos que não teve forças para abandonar.
Lá dentro, depois da porta em ferro, um espaço, tal e qual como o conhecemos pela televisão. Em baixo, celas contínuas e um varandim superior com a mesma disposição. Um espaço exterior, com muros altos, a que chamam recreio. Sabiam da minha visita e aproximavam-se para cumprimentar. Sempre, sempre educados e com boa relação com guardas e direção. Muitos questionavam-me sobre as festas, a noite dos bombos, ficando a promessa de que sairiam logo que lhes fosse autorizado e não voltariam a entrar neste lugar. Um sítio que merece ser qualificado, mas que mantém um ar limpo e arranjado. Têm espaços de dormir exíguos e áreas comuns apertadas. Ninguém pensaria poder ser nenhum hotel, mas concordo ter que haver condições de higiene e salubridade.
Hoje, este drama afeta muitas famílias. Não escolhe estratos sociais, género ou idade. A criminalidade pode entrar pela porta dentro sem que para tal haja necessariamente responsáveis diretos.
Hoje, eles. Amanhã, outros. As grades permanecerão e os muros são altos, como gigantes são os medos sentidos dentro e fora da porta de ferro.
Os portugueses acabam de viver, com o entusiasmo do costume, dois notáveis acontecimentos relacionados com a Europa de que fazem parte.
Primeiro foi o Campeonato Europeu de Futebol, que correu de feição à seleção nacional, graças ao inexcedível empenho dos intervenientes lusitanos, pese embora o seu medíocre desempenho.
Valeu, sobretudo, a convicção de dois grandes homens de fé: Fernando Santos, selecionador nacional, e Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, que acreditaram na vitória desde o primeiro dia até á última hora.
Seguiu-se-lhe o Campeonato Europeu das Sanções em que mais uma vez foi determinante a fé laboriosa do Presidente da República que, vestindo a camisola nacional, se portou como um excelente ponta de lança, e também o desempenho, embora titubeante, do defesa central António Costa, que passou a prova a chutar bolas para fora, visivelmente constrangido porque não depositava confiança nos seus parceiros da ala esquerda.
Campeonato em que Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque e Assunção Cristas passaram o tempo em exercícios de aquecimento na esperança de entrarem em campo.
De salientar ainda que a seleção nacional contou com os préstimos de três excelente pontas de lança estrangeiros a saber: Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, Pierre Moscovici, Comissário para a Economia e Finanças e Federica Mogherini, Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança.
Certo é que Portugal acabou por vencer este Campeonato Europeu das Sanções à base de empates e sem vitórias redundantes, à semelhança do Campeonato Europeu de Futebol, porque se esquivou, para já, das controversas sanções, ficando a decisão final adiada para a discussão de orçamento de 2017.
Neste caso a vitória portuguesa acabou por se traduzir numa derrota humilhante, não da seleção francesa mas da seleção alemã capitaneada pela senhora Merkel, na qual alinham os temíveis craques Wolfgang Schäuble, ministro das finanças e Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, um nome de pronúncia e digestão particularmente difíceis.
No Campeonato Europeu das Sanções joga-se uma espécie de futebol rocambolesco, que é praticado em campos elípticos, alcatifados mas enlameados, e em que a bola não é redonda mas vai mudando de forma conforme os pontapés que leva e o som do apito de quem arbitra.
Tanto assim é que, até à última hora, a assistência não sabe se o resultado se traduzirá em sanções, punições, coimas, multas ou coações. Muito menos quem e como traçou o limite da área em que são assinaladas as grandes penalidades por incumprimento do défice. Limite que para já é de 3 %, mas que não resultou de nenhum estudo científico, ao que se diz, e antes se deve a um mero palpite de mesa de café, a que o senhor Wolfgang Schäuble deu o indispensável “agrément” político.
Pior um tanto. Os adeptos portugueses continuam sem perceber porque é Portugal obrigado a jogar o Campeonato Europeu das Sanções, depois de tanta austeridade. Porque é que a economia portuguesa continua sem crescer, a despesa pública não pára de aumentar e o défice não tem maneira de abrandar.
Mais ainda. Porque é que o governo de um país endividado em centenas de milhares de milhões, agora mais se enxovalha por uns míseros milhões e não reclama dos donos da Europa tratamento igual ao dos grandes prevaricadores, ainda que acatando as sanções que lhe coubessem em sorte?
Seria uma forma elegante e digna de mandar o senhor Schäuble à senhora Merkel, que é como quem diz, “àquela parte”, “a baixo de Braga”.
Para lhe dizer que os portugueses sabem o que querem, são capazes de ganhar campeonatos de futebol e de pôr a economia a funcionar, sem favores e sem sanções.
Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.
O mês de agosto anima-se. Regressam os filhos, os netos, as novíssimas gerações de emigrantes que já nasceram por esse mundo de Cristo.
O conjunto, com bailarinas que fazem o deleite dos mais idosos, dá vida ao terreiro da aldeia. A velha, mais velha do povoado dança com o seu compadre e fala dos seus filhos, todos ricos depois de terem comido o pão que o diabo amassou pela França, pela Alemanha, pelo Canadá. Bebe-se vinho que repousou nas adegas mais frescas junto ao ribeiro. Os mais novos bebem cerveja e falam as mais diversas línguas, enquanto exibem perícias na potência da moto 4.
Na aldeia rompeu-se o silêncio e amaciaram-se as solidões dolorosamente longas.
As memórias de tantos emigrares regressam. O tio Cubano lá está de novo sentado à sua porta, moendo os dias e as amarguras de recordações passadas e de riquezas antigas por terras de Cuba.
O sonho realizou-se e o tio Cubano, nos tempos áureos da ditadura de Fulgêncio Batista passeava-se, como um fidalgo, pelas longas avenidas de Havana fumando, ostensivamente, um charuto havanês.
Mas a História, inesperadamente inverteu-se e o Tio Cubano não resistiu à demolidora nacionalização da revolução Socialista de Fidel Castro. E assim, de um dia para o outro, este português emigrado em Cuba, regressou à humílima casa que tinha na sua pequena aldeia, deixando para trás infindos campos agrícolas.
As poldras do rio Maçãs, perto da Senhora da Ribeira, ainda são as mesmas que pela calada da noite, davam passagem a salto a milhares de portugueses que se faziam a Espanha, a França, ou à Alemanha tão promissora. Os Carabineiros e a Guarda Fiscal espreitavam, mas a astúcia dos passadores, às vezes, levava a melhor. Outras vezes, as balas da velha espingarda mauser riscavam a noite. Havia mortes e prisões, mas a saga da emigração continuava numa guerra infinda entre a lei e a necessidade.
As aldeias fronteiriças viveram esta angústia permanente de tantos que queriam passar para a outra margem do rio. Todos colaboravam para que os emigrantes chegassem sãos e salvos ao seu destino, desde os párocos, aos taxistas, aos passadores profissionais, aos contrabandistas, à velhinha que não fazia mal a uma mosca, mas conhecia todos os carreiros dos montes e vales como a palma das suas mãos. Corria dinheiro. Uns enriqueceram, outros ficavam mais pobres, mas o sonho continuou por anos sem conta.
E assim, o nordeste é a história duma epopeia indescritível de deixar a casa e procurar o mundo.
Vencemos o Cabo das Tormentas e o Cabo da Boa Esperança tão perto. Esbanjou-se ouro, pedras preciosas e comeu-se o pão negro da miséria. Fomos ao Brasil abanar a árvore das patacas, no sonho de regressarmos ricos de fatinho branco e dente de ouro. Enfim, saímos de casa, ficámos por lá, ou regressamos ricos, ou pobres. E este mês de agosto é o mês de todas estas memórias.
Os tempos mudaram, estamos na europa e os velhos emigrantes que construíram casas bizarras e se passeavam pelas aldeias exibindo os velhos automóveis com poderosas aparelhagens de som, já não existem e hoje, na maior parte dos casos, os filhos, os netos dos emigrantes dos anos sessenta vêm de férias a Portugal, no fascínio da Internet, do Facebook, do azul das águas límpidas das praias e regressam de novo ao estrangeiro, deixando, definitivamente as nossas aldeias, vilas e cidades onde o silêncio já dói
Os idosos rezam aos santos para que estejam ainda vivos no próximo mês de agosto, para fazerem a festa, abraçarem os filhos e os netos, enquanto o nordeste, de tantos emigrares, vai morrendo paulatinamente.
Como escreveu Fernando Pessoa, tentando ver por entre um húmido nevoeiro: “Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a hora!
Ter, 09/08/2016 - 10:51
Quem chegar hoje ao castelo de Bragança pode ficar com a sensação de que aquele exemplar único da arquitectura militar, um dos mais belos castelos do país, está em risco de derrocada, o que seria o sétimo selo do nosso destino.O turismo é sempre apresentado como um sec
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Sex, 05/08/2016 - 11:01
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Qua, 03/08/2016 - 11:25
Maria Manuel tem 13 anos e é uma jovem transmontana apaixonada pela cozinha. Nasceu em Bragança e aos dois anos mudou-se com a família para Alfândega da Fé, considerando-se, por isso, alfandeguense. Venceu a primeira edição do MasterChef Júnior em Portugal.
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Qua, 03/08/2016 - 10:43
Recorde-se que a gestão daquele espaço industrial já parcialmente desactivado – e que nas décadas de 60 e 70 chegou a empregar mais de mil pessoas – está a cargo das autarquias de Vila Flor e Mirandela.