class="html not-front not-logged-in one-sidebar sidebar-second page-node page-node- page-node-196069 node-type-noticia">

            

Azeite transmontano enfrenta um ano de produção média mas de qualidade superior

ESTA NOTÍCIA É EXCLUSIVA PARA ASSINANTES

 

Se já é Assinante, faça o seu Login

INFORMAÇÃO EXCLUSIVA, SEMPRE ACESSÍVEL

Ter, 28/10/2025 - 09:49


Francisco Pavão alerta para impacto da seca e defende urgência de um plano regional de regadio

A campanha da azeitona em Trás-os-Montes e Alto Douro começou mais tarde do que o habitual, devido à falta de chuva e às temperaturas elevadas que marcaram o verão e o início do outono. Segundo Francisco Pavão, presidente da Associação dos Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro (APPITAD), “este é um ano de produção média”, mas o atraso na colheita é evidente. “Tivemos pouca chuva, não podemos chamar chuva àquilo que miseravelmente caiu desde maio até agora”, explicou o responsável, sublinhando que “esta água, apesar de pouca, veio dar algum alento, mas era preciso muito mais para que a maturação avançasse e o azeite se formasse”.

O olivicultor e dirigente associativo destacou ainda que “as temperaturas, que chegaram a rondar os 25 graus na Terra Quente transmontana, não são normais para esta altura do ano”, o que tem contribuído para o atraso no início das apanhas. Apesar disso, do ponto de vista fitossanitário, “não há muitos problemas com pragas nem doenças, o que vai permitir, mais uma vez, obter azeites de excelente qualidade”.

 

Clima instável e necessidade de regadio

A irregularidade do clima volta a colocar em evidência a urgência de criar condições estruturais de regadio na região. “As questões da seca foram bastante preocupantes. Precisamos, urgentemente, de um plano de regadio que permita mitigar estas situações e utilizar a água disponível para rega”, afirmou Francisco Pavão.

O presidente da APPITAD voltou a defender o aproveitamento agrícola das águas da barragem do Baixo Sabor, uma reivindicação antiga dos produtores transmontanos. “O que foi feito com o aproveitamento do Baixo Sabor, sem permitir o uso da água para regadio, é uma autêntica loucura. Temos uma das maiores massas de armazenamento de água em Portugal e que não tem utilização agrícola”, criticou.

Segundo Pavão, “essa água deveria obrigatoriamente ter um aproveitamento agrícola”, lembrando que a região não pode continuar a pedir novos reservatórios quando existe já uma estrutura de grande dimensão sem uso agrícola. “É fundamental que os municípios e o poder central unam esforços. Hoje não há agricultura que se faça sem água”, frisou.

 

LEIA MAIS NA EDIÇÃO IMPRESSA DESTA SEMANA DO JORNAL NORDESTE OU FAÇA A SUA ASSINATURA ONLINE

 

Jornalista: 
Cindy Tomé