Qua, 27/04/2005 - 16:07
Segundo o Jornal NORDESTE apurou, Manuel Santos Dias terá saído da sua residência, na passada sexta-feira, com o propósito de levantar a motorizada que estava a ser objecto de reparação numa oficina situada em Vimioso. Sabe-se, por isso, que morreu a meio caminho entre a terra natal e a aquela vila.
Porém, no trajecto de regresso à residência no Carção, terá optado pelo caminho mais curto, ou seja, por um estradão de ligação entre a sede de concelho e a aldeia, um local praticamente só utilizado por agricultores com propriedades na zona. Ao todo, foram oito quilómetros de distância, em vez dos 12 que teria de efectuar caso tivesse optado pela estrada nacional.
Segundo João Afonso, comandante do Bombeiros Voluntários de Vimioso, a vítima foi encontrada já sem vida, anteontem, junto da moto que conduzia. O mistério foi lentamente desvendado, já que existem fortes suspeitas sobre a possibilidade de Manuel Dias ter sofrido um despiste. "É uma possibilidade com alguma consistência", admitiu o comandante dos Bombeiros de Vimioso.
Alerta tardio
Em declarações ao Jornal NORDESTE, o comandante da corporação apenas lamentou que os familiares só no domingo tenham avisado as autoridades do desaparecimento. "Não é normal. Quando uma pessoa, por qualquer razão, se ausenta, os familiares mais próximos ficam preocupados e a primeira coisa que fazem é alertar as forças de segurança. Neste caso, só hoje (anteontem) de manhã, é que foi dado o alerta", contou o comandante dos bombeiros, muito agastado com o facto de só "três dias depois", ter sido possível encetar as buscas.
De acordo com várias informações, Manuel Santos tinha por hábito ausentar-se da sua residência sem, previamente, avisar os seus familiares.
Nas buscas efectuadas na pacata aldeia de Carção estiveram envolvidos um corpo de bombeiros com uma dezena de homens apoiados por três viaturas.
A GNR tomou conta da ocorrência, sendo o corpo da vítima transportado para o Hospital de Bragança para ser autopsiado.