Ter, 17/01/2006 - 15:10
Em causa está a Carta Educativa aprovada, por unanimidade, pelo Conselho Municipal de Educação, que prevê a criação de três pólos escolares no concelho, um deles construído de raiz.
A proposta da DREN, contudo, aponta para a criação de um único centro educativo, em Mogadouro, solução que não agrada à autarquia local, até porque o edifício não será construído de raiz. Ou seja, a DREN defende que os alunos do 1º ciclo devem ser colocados na actual escola EB 2,3 de Mogadouro, ao passo que os jovens deste estabelecimento transitam para as instalações da Escola Secundária da vila.
Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal de Mogadouro (CMM), João Henriques, a inviabilização de um centro escolar de raiz, com todas condições para os alunos do 1º Ciclo, pode comprometer o futuro escolar do concelho.
Futuro comprometido
“Este modelo não serve para Mogadouro, onde defendemos o ensino técnico profissional associado à Escola Secundária, pelo que a decisão da DREN inverte todas as orientações do projecto educativo delineado para o concelho”, explica João Henriques.
Por outro lado, o responsável garante que a DREN entrou em contradição. “As anteriores indicações apontavam para a criação de um centro com o ensino pré primário, o 1º e 2º ciclos, mas a tutela diz, agora, que o centro escolar só deverá reunir ensino pré primário e o 1º Ciclo”, lamenta o autarca.
Caso o Ministério da Educação não recue, a CMM ameaça não se responsabilizar pelo acompanhamento, transporte e alimentação dos alunos que frequentam as escolas que a DREN pretende encerrar, unilateralmente, sem acautelar a construção de um Centro Escolar de raiz.
À semelhança do que sucede em inúmeros municípios do País, a Carta Educativa do concelho de Mogadouro está suspensa.