Ter, 29/11/2005 - 15:30
Ainda que toda a família e amigos o incentivassem a escrever, a idade avançada do avô Carlos, reformado do Junta Autónoma de Estradas, impossibilitou-o de escrever o livro. Por isso, esta tarefa ficou a cargo da sua neta, Sara, que desde logo se prontificou a redigir a obra literária.
O prefácio é da autoria de Maria Cândida, tia de Sara, que também prestou auxílio na organização do livro por capítulos e no enquadramento do material por temáticas.
Após o árduo processo de recolha e investigação da autoria dos poemas e cantigas entoadas por Carlos Geraldes, Sara transcreveu as memórias do seu avô e o resultado é um livro repleto de recordações do Nordeste Transmontano de outros tempos.
Durante a sessão, o avô Carlos recordou a sua infância, quando os cegos vendiam folhetos informativos e faziam chegar a notícia. Na altura, Carlos Geraldes memorizava os panfletos e relatava-os as outras pessoas.
O livro agora lançado pode vir a ser, segundo a autora, um incentivo para trabalhos futuros, já que a poesia e a escrita vão de encontro aos seus interesses.
Presente esteve o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, que, durante a sua intervenção, sublinhou o papel deste trabalho na abertura de novos caminhos para a Cultura nordestina. “Através da escrita se faz história”, lembrou o edil.