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Disputas

Qua, 15/02/2006 - 11:20


Com o anunciado encerramento de dezenas de escolas no distrito de Bragança começam a surgir as mais variadas disputas pela criação de pólos de ensino ou escolas de acolhimento em determinadas aldeias.

Pais, encarregados de educação e presidentes de Juntas de Freguesia unem-se para fazer valer os seus interesses, partindo em desvantagem logo à partida. É que a ministra da Educação já avisou que as posições mais radicais dos presidentes de Junta “são problemas menores”, dando a entender que só está disposta a negociar com os presidentes das Câmaras Municipais.
De facto, escusado será dizer que, se a reorganização da rede escolar estivesse à espera do acordo de todas as Juntas de Freguesia, nunca mais sairia do papel. Isto, porque poucos são os presidentes de Junta que aceitam o encerramento duma escola na sua freguesia.
E, se à defesa dos interesses de determinada aldeia juntarmos as rivalidades entre pequenas localidades e as questões de índole política, é fácil de perceber porque é que a reorganização da rede escolar está a ser desenvolvida no plano municipal.
O caso mais caricato ocorre nas freguesias de Agrochão e Penhas Juntas, concelho de Vinhais. Autarcas e pais não aceitam que as crianças sejam transferidas para uma escola de acolhimento que poderá ser criada na aldeia vizinha de Ervedosa, mas não se importam que os alunos se desloquem para Torre D. Chama. Ou seja, preferem que as crianças andem mais alguns quilómetros até à vila do concelho de Mirandela, mesmo que no caminho passem pelo cruzamento de Ervedosa e a avistem a aldeia onde poderiam ter aulas a algumas centenas de metros.
Será que Torre D. Chama oferece assim tantas condições, ao ponto de pais e autarcas defenderem esta alternativa? É que é preciso algum esforço para descortinar as razões que sustentam esta tomada de posição. As escolas de acolhimento não podem ficar em todas as aldeias e, se Ervedosa reúne as condições necessárias, o que coloca esta freguesia em desvantagem face a Torre D. Chama. A situação geográfica não é, certamente.