Unidos pela barragem

Para solidificar esta posição, os autarcas de Mogadouro, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e de Macedo de Cavaleiros reuniram, na passada quarta-feira, na cidade macedense, num encontro onde também participou o director de Desenvolvimento de Negócios da EDP, Álvaro Sousa.
Na reunião ficou decidida a criação duma associação entre os municípios do Baixo Sabor, o que permitirá, segundo o presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Aires Ferreira, o suporte jurídico para a defesa da construção da barragem.
Nesta matéria, a opinião dos intervenientes é consensual: os benefícios que poderão advir da construção da barragem do Baixo Sabor são muito superiores aos possíveis impactos negativos.
A EDP afirma, mesmo, a existência de uma declaração de impacto ambiental favorável à construção do empreendimento, lembrando, também, a importância que a gestão dos recursos hídricos têm na produção de energia limpa, que vai de encontro ao propósitos do Protocolo de Quioto.
Por seu turno, o edil de Macedo de Cavaleiros, Beraldino Pinto, dá como exemplo a existência da albufeira do Azibo. “Possivelmente, se na altura da sua construção fossem realizados estudos de impacto ambiental, também teriam sido negativos, mas hoje ninguém questiona a importância da albufeira”, recorda o autarca.
Acresce que a associação Terras Quentes já fez investigações junto ao Sabor para averiguar a existência e importância de património arqueológico na zona nascente do concelho de Macedo de Cavaleiros.
Na sequência das escavações foi encontrado diverso património, em especial na freguesia de Lagoa, no lugar do Forno da Velha, onde apareceu uma série de quatro painéis com pinturas rupestres, que ainda se encontram em estudo.
Contudo o nível esperado para a bacia hidrográfica da futura barragem do Baixo Sabor não porá em perigo o património encontrado.