IP4 precisa de novo piso

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Ter, 19/04/2005 - 17:50


O governador civil de Vila Real, António Martinho, defende a renovação do piso no troço do IP4 Alto de Espinho-Amarante.

Recorde-se que, há cerca de um ano, aquele lanço da via rápida foi contemplado com um traço contínuo de 20 quilómetros e com dezenas de mecos que impedem qualquer ultrapassagem.
António Martinho reconhece que as obras, levadas a cabo pelo anterior Governo, contribuíram para diminuir a sinistralidade, mas sustenta que ainda há trabalho para fazer para melhorar a aderência do piso.
“Era bom que as Estradas de Portugal levassem a cabo uma intervenção igual à que foi feita no troço Vila Real-Alto de Espinho, há uns anos atrás, porque na zona da direcção de Estradas do Porto as condições de aderência não são tão boas”, defende António Martinho.
No que toca à proibição total de ultrapassagens no lanço Alto de Espinho-Amarante, o governador civil considera que “20 quilómetros de traço contínuo podem não ser a melhor solução para evitar acidentes”. O responsável dá como exemplo a subida do Marão, que em algumas zonas, é feita só numa faixa de rodagem. “Se um camião avariar numa dessas curvas, o trânsito fica interrompido e as pessoas não podem ser obrigadas a estar à espera, até porque a Nacional 15 não é alternativa numa situação dessas”.

Divulgar o Código da Estrada

António Martinho falava na passada sexta-feira, durante o lançamento duma campanha de sensibilização para diminuir a sinistralidade no IP4 e na EN 2, as vias onde ocorrem mais acidentes no distrito.
A acção contempla o uso dos jornais e rádios regionais para divulgar o novo Código da Estrada junto dos automobilistas. “O objectivo é diminuir a sinistralidade no nosso distrito para que os acidentes não manchem a imagem da região, seja junto dos residentes ou dos turistas”, salientou o governador civil.
A campanha prevê, também, acções de sensibilização junto das escolas para que os condutores de amanhã respeitem o Código da Estrada.
A par das iniciativas em curso, o responsável defende uma postura pedagógica por parte das autoridades e acções de fiscalização com visibilidade nas estradas transmontanas. “Sabemos que a presença da Brigada de Trânsito ou da PSP nas estradas também ajuda as pessoas a levantarem o pé do acelerador”, reconhece o representante do Governo.

A4 deve servir o Douro

António Martinho defende que a futura A4, entre Amarante e Vila Real, deve ter em conta a zona do Douro. “A solução que privilegia o serviço à região é a que se aproxima do Douro e não a que foge para a zona de Mondim de Basto”, considera o responsável.
Das quatro propostas que estão em análise, o governador civil opta pelo corredor que permite servir os concelhos de Mesão Frio, Santa Marta de Penaguião e Régua. “Desde que o impacte ambiental não colida com o Douro Património Mundial, é importante ter uma via estruturante que sirva o Douro, que contribui com uma percentagem significativa nas exportações nacionais e precisa de acessos para fazê-lo com facilidade”, sustenta o representante do Governo.
Esta posição contraria a do presidente da Câmara Municipal de Vila Real, que prefere a passagem da A4 a norte daquela cidade.
Quanto ao prolongamento da auto-estrada para Bragança e Quintanilha, António Martinho sustenta que a região, “em nome da coesão, deve bater-se por este projecto”.
A mesma postura é defendida pelo responsável quanto à conclusão do IP2 e da construção do IC5.