Brigantino campeão nacional

O histórico do basquetebol portuense e nacional repetiu, assim, o feito alcançado em 2008/2009, tornando-se bi-campeão nacional. Na reconquista das faixas de campeão, marcou presença efectiva o jovem extremo brigantino.
Mas, voltando ao início... Com 12 anos, João chegou a partilhar a sua actividade física entre o futebol e o basquetebol. No entanto, uma opção insurgia-se, pois não podia ser jogador federado em ambos os desportos. “Optei pelo basquetebol e comecei por jogar no Clube Académico de Bragança”, revela. Um período que se prolongou até aos seus 16 anos. Foi, precisamente, com essa idade que o atleta decidiu mudar para as Estrelas Brigantinas, outro clube da cidade de Bragança, onde esteve, apenas, um ano. “Foi o ano de estreia do clube”, relembra.
Mudou de clube, mas permaneceu a estrela. João Guerra já há muito que ansiava tentar a sua sorte “lá para baixo”, “num dos clubes grandes do basquetebol”. Como andava no 11º ano, os pais decidiram satisfazer a sua vontade e deixá-lo frequentar o 12º ano no Externato Ribadouro no Porto.
“Aquilo que eu queria era jogar noutro clube, pois achava que, em Bragança, já não existiam as condições necessárias para evoluir”, desvenda o atleta. Uma aposta ganha!

“Aprendi muita coisa. O significado das palavras esforço e dedicação...”, João Guerra

“Quando cheguei ao Porto, o Vasco da Gama tinha sido campeão nacional no meu escalão. Por isso, era das melhores equipas que havia. Então, fui lá treinar... Primeiro, puseram-me na equipa B e, só depois, passei para a equipa A. Mas, não foi muito fácil começar a jogar”, recorda. “Foram tempos difíceis”, afirma João, dada a exigência própria das grandes equipas. “Não estava habituado à disputa de lugares para jogar”, recorda. Passados dois meses, conseguiu que o seu nome constasse, regularmente, das convocatórias do Vasco da Gama. E, após alguns jogos, adoptou para si a posição de extremo por que tanto lutara, ajudando a sua nova equipa na reconquista do segundo título de campeã nacional em sub-18.
Na fase final que permitiria ao Vasco da Gama renovar as faixas de campeão, João deparou-se com uma situação sui generis. Teria que defrontar a equipa do coração, o Benfica. Algo que fez com agrado, afirma, ajudando à vitória, após prolongamento, pela margem mínima de 2 pontos. “Eu acho, até, que me esforcei mais por jogar contra o Benfica, apesar de ter sido uma vitória sofrida”, confidencia.
Quanto aos ensinamentos que retirou da sua experiência, ao longo do último ano, João Guerra assegura: “Aprendi muita coisa. Sobretudo, o significado das palavras esforço e dedicação...”.
Finalizado o 12º ano, o atleta soube, no dia 13, que iria ingressar na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física de Coimbra. Assim, João está em vias de integrar a Académica de Coimbra. Outra equipa brilhante que promete relançar a carreira nacional já de sucesso da jovem estrela brigantina.