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O regabofe socialista e o sambista da paz

Portugal é, faz tempo, uma república popular democrática assumidamente socialista, ainda que não seja claro de que socialismo se trata. Uma república em que os escândalos são mais do que os pais, as mães, os tios, os primos e os avós. Sem esquecer os amigos da família, claro está. Ainda assim, não devemos confundir Portugal com a República Popular da China, a Federação Russa, ou a República Popular Democrática da Coreia do Norte, países de referência da velha guarda comunista. Ainda que seja oportuno e pertinente equiparar o Portugal de Costa à Venezuela de Maduro, sem desprimor de outras notáveis repúblicas latino-americanas. Tal não significa, porém, que os portugueses devam sentir-se menorizados pelo facto do inefável Lula da Silva, mediático sambista da paz marxista, que legitima o genocídio de inocentes indefesos, ter afastado Portugal desse seu egrégio grupo de amigos, indiferente ao massacre que as hordas do seu compincha Vladimir continuam a perpetrar na martirizada Ucrânia. Antes devem os portugueses, isso sim, sentir-se humilhados, ofendidos e indignados com o presente regabofe socialista, que reina na transportadora aérea nacional e não só. Não conheço métodos para classificar a gravidade dos escândalos, mas se tomarmos por base o montante dos dinheiros surripiados ao erário público, a trapalhada ideológica, o alargado número de governantes de alto coturno envolvidos, as mentiras descaradas que aduzem para se justificar e a incompetência que evidenciam, o caso TAP é, sem dúvida alguma, o escândalo maior do Regime. Diria mesmo que, visto sob que perspectiva for, o caso TAP é uma verdadeira desgraça nacional, a coroa da vergonha do Regime político vicioso e antidemocrático. Maior desgraça só mesmo a falência do Estado ou uma nova ditadura, sendo que a sobrevivência desesperada do actual governo mais aproxima Portugal dessa tragédia. Ouvi, inadvertidamente, em plena semana da paixão cristã, uma conversa de rua em que alguém dizia que o escândalo TAP, comprova que Portugal está a ser governado por um bando de fariseus. Os fariseus, para quem não sabe, constituíam uma seita de judeus hipócritas que em público ostentavam a mais pura santidade. Os tais que a Bíblia cita como raça de víboras, émulos dos muitos que no presente, pela calada, mordem e envenenam a Nação e a Democracia. Fariseus que, manda a verdade que se diga, tinham nos Saduceus uma seita opositora cujos membros pertenciam, por norma, à classe mais abastada. Pois é precisamente no elenco dos figurões do escândalo da TAP sobretudo, mas não só, que poderemos recriar muitas destas mal-afamadas personalidades bíblicas. Desde logo os Pôncio Pilatos que lavam as mãos sempre que as coisas não lhe correm a jeito, ou os sumos sacerdotes Caifás que teimosamente continuam a condenar a Nação e a Democracia à morte, sem esquecer os muitos Judas Iscariotes que não têm pejo em trair seja lá quem for ou o que for, não por trinta dinheiros, mas por maquias bem mais chorudas. Claro que o martirizado é o povo português que anda em bolandas de Pilatos para Caifás e o mais certo é acabar crucificado no calvário marxista. Portugal está, mais uma vez, mergulhado numa profunda crise e, mais uma vez, os próceres políticos, argumentam com a estabilidade política, iludindo os problemas. Assim foi com o presidente Cavaco Silva e agora assim é com o presidente Marcelo de Sousa. Não é a salvação do país que os preocupa, pelo que se vê, porque, se o fosse, já teriam promovido as reformas políticas e administrativas indispensáveis. Antes se batem, isso sim, pela sobrevivência do Regime vicioso à sombra do qual vivem regalados. Dizem-se democratas, mas têm medo da democracia. Tanto assim é que, quando o clamor do povo nas ruas é ensurdecedor, se apressam a cuidar que o mesmo não seja ouvido nas urnas. É o caso do actual Presidente da República que perante a galopante crise política, social e económica, mostra não ter o necessário rasgo democrático para abrir caminho a que seja o povo a gerar um novo poder mais sério, patriota e competente. Argumenta Marcelo de Sousa que a oposição não está preparada para governar. Mas será que António Costa que já é primeiro ministro há oito anos, mas que só tem gerado crises e escândalos estava ou está preparado para governar? Lamentável é que PS e PSD não se entendam nas reformas necessárias e suficientes para que o Estado funcione plenamente e a democracia se salve. Optam pela intriga política, denunciam eventuais acordos de governo adversos, sendo certo que para se manterem no poder venderão a alma se preciso for. Assim foi com a geringonça de Costa e assim poderá ser com uma eventual engenhoca de Montenegro. Certo é que são lícitos todos os possíveis acordos de governo, desde que respeitem os princípios constitucionais. Todos. À esquerda e à direita. Sem excepção!

OS FEITORES DA QUINTA

Em tempos idos e durante largos anos, as principais quintas da Vilariça (e de outros locais, suponho) eram administradas, em nome dos seus proprietários, por feitores que tinham, invariavelmente, largos poderes de gestão. Tão alargados e efetivos que, à vista de muitos dos seus trabalhadores, clientes e fornecedores eram, facilmente, confundidos com os seus verdadeiros donos. No que havia de gestão corrente, tudo decidiam, tudo faziam, tudo assumiam. E, obviamente, dessa alargada delegação de poderes, davam conta, periodicamente aos senhores que lhe haviam confiado a condução dos destinos da propriedade. Porém, por mais vastos que fossem os poderes em que eram investidos havia uma linha clara que a nenhum era permitido ultrapassar: a alienação do património familiar, fosse material ou intangível, fossem terrenos e casas ou marcas e direitos, sem a devida autorização e necessária delegação formal de poderes, para tal. Façam-se as devidas ressalvas, mudem-se os pormenores e as circunstâncias, adotem- -se as necessárias adaptações e temos aqui plasmado o modelo de governação das autarquias locais da nossa terra. Igualmente estão consagrados ao Presidente da Câmara muitas competências, tantas que muitas vezes são vistos como se fossem donos da edilidade, sendo, com grande frequência, o próprio a tomar e assumir atitudes condicentes com essa pretensa realidade. Não vem ao caso o que eu possa pensar sobre afirmações de abusiva apropriação dos haveres da fazenda pública nem da desadequação dos que, falando em nome do coletivo camarário usa os verbos na primeira pessoa: “eu dei, eu paguei, eu construi, eu candidatei...” Não é de grande monta pois o tempo há de trazer ao devido lugar tudo quanto o entendimento provisório distorceu pois, ao contrário da maioria dos feitores, o lugar de edil não é vitalício. Porém se a vontade do autarca passar pela alienação, troca ou alteração de forma irreversível do património comum, mandam as boas práticas de gestão (seria bom que todos as conhecessem) que tais atos sejam sujeitos a escrutínio geral de todos os donos, cada um dos munícipes. O ideal seria, obviamente, submeter qualquer pretensão deste tipo a referendo popular universal. Não quis ir tão longe o legislador mas, mesmo assim, deixou claro, na Lei que regula o funcionamento das Autarquias Locais, nomeadamente na alínea i) do número 1, do artigo 25.º da Lei 75/2013 de 12 de setembro que é necessária a aprovação da Assembleia Municipal para a oneração e alienação de património material de elevado valor e do património imaterial, independentemente do valor. Quando, recentemente, tive conhecimento da troca de pergaminhos e outros documentos históricos de grande valor entre os municípios de Vila Flor e Torre de Moncorvo, estranhei que o episódio tivesse vindo a público sem a conveniente discussão pública e análise popular. Seria possível que um ato deste tamanho, com esta implicação pudesse ter sido programado e combinado “apenas” entre os presidentes de Câmara e, eventualmente, os seus colaboradores mais próximos? Não era razoável. Não era crível. Não podia ser possível! Porém, os documentos oficiais publicados na internet, nada diziam de concreto sobre o tema. Recorrendo a pessoas que me merecem total confiança, fui informado que este não foi um assunto discutido na Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo e, na de Vila Flor, nem a reunião de Câmara foi presente! Não me interessa saber quem ganhou ou perdeu com a tão propalada troca. O que é importante e necessário esclarecer é: quem investiu os edis respetivos de poderes para disporem, livremente, de algo que não lhes pertence?

Tribunal de Bragança condena arguido a 10 anos de prisão pela morte de Giovani

Qua, 26/04/2023 - 09:15


No decorrer das sessões de julgamento chegou a ser levantada a hipótese de Luís Giovani Rodrigues, o jovem cabo-verdiano que morreu 10 dias depois de uma rixa entre dois grupos, um de africanos e outro de brigantinos, ter caído, numas escadas de acesso à Avenida Sá Carneiro, em Bragança, enquanto