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“Quando fecha uma escola, acaba uma aldeia”

Ter, 31/10/2006 - 15:20


O Partido Comunista Português (PCP) promoveu, anteontem, uma assembleia para avaliar o relatório de actividades para o reforço do partido e eleger a Comissão Concelhia de Bragança.

Com 15 membros, a nova CCB integra 14 homens e, apenas, uma mulher, sendo que a maioria dos elementos tem mais de 50 anos.
Dos diversos temas em debate, o recém-eleito presidente da Comissão Concelhia de Bragança, Lídio Correia, defendeu a igualdade entre os grandes centros urbanos e o Interior do País e criticou o encerramento de valências na região de Bragança. “Diversos organismos poderão perder ainda mais serviços. Lembrem-se de que, quando fecha uma escola, acaba uma aldeia. E cá não há lugar para a saúde”, lamenta o dirigente.
Os comunistas reivindicam a transformação do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) em Universidade, uma vez que, “o futuro da região passa por aí”, defendem. O “abandono” daquela instituição acarreta, na óptica de Lídio Correia, diversos problemas, ao nível da desertificação e de perda de oportunidades. “Se deixarmos morrer a galinha dos ovos de ouro, que é o IPB, teremos problemas de todo o tipo”, sublinhou o responsável.

Comunistas apontam o dedo ao Quadro de Referência e Estratégia Nacional, que não vai beneficiar o Interior do País

A elaboração do Quadro de Referência e Estratégia Nacional (QREN) é bastante criticada pelos comunistas, que apontam o dedo ao abandono do interior do País. “Queremos que quem o fez assuma que não cumpriu com o exigido”, referiu o membro da Comissão Política do PCP, Sérgio Teixeira.
Segundo os dirigentes, com a aplicação do QREN, os problemas das regiões menos desenvolvidas irão persistir. “Há milhões que não foram utilizados na região e os responsáveis deveriam ser culpabilizados”, salientou Sérgio Teixeira.
Os participantes sublinharam, ainda, a necessidade em promover o reforço da organização do partido. Deste modo, os dirigentes referiram a necessidade de formar colectivos partidários, impulsionar o recrutamento de novos militantes, nomeadamente mulheres e jovens, e aumentar a capacidade financeira do partido, entre outras linhas de estratégia abordadas pelo PCP.