Ter, 22/11/2005 - 16:02
Tal como o Jornal NORDESTE noticiou há algumas semanas, o GAP foi instalado em frente ao Governo Civil de Bragança, no mesmo edifício da Junta de Freguesia de Santa Maria.
Durante os dias úteis, três militares vão prestar esclarecimentos aos jovens de 18 anos que pretendam envergar a farda do Exército e fazer da instituição militar a sua profissão.
“A inauguração deste Gabinete materializa a vontade da instituição militar de se aproximar do seu público-alvo, isto é, dos jovens adultos que estejam prestes a fazer ou tenham mais de 18 anos”, explicou o chefe do Centro de Recrutamento de Vila Real (CRVR), coronel Pires da Silva.
Lamego e Guarda na mira
Até à data, os interessados em prestar serviço nas Forças Armadas tinham que se deslocar aos Centros de Recrutamento mais próximos, nomeadamente ao de Vila Real.
Com a abertura do GAP de Bragança, “esse tempo acabou e, tal como fazem outras instituições e empresas, temos de marcar a nossa presença no mercado de trabalho”, salientou o responsável.
Foi neste sentido que o CRVR inaugurou, em Setembro passado, um Gabinete de Atendimento em Chaves e, depois de Bragança, já anunciou a abertura de serviços idênticos nas cidades de Lamego e Guarda.
“Esperamos conseguir mais e melhores recursos humanos para a nossa instituição, ao mesmo tempo que propiciamos aos jovens das cidades do interior um mais fácil acesso a uma carreira de curta média e longa duração”, explicou Pires da Silva.
De acordo com o director do Centro de Recrutamento, a duração dessa carreira depende da opção dos jovens pelo regime de contrato - como praças, oficiais ou sargentos - ou através de concurso à Escola de Sargentos do Exército e à Academia Militar.
Mancebos diminuíram
Recorde-se que a extinção do Serviço Efectivo Normal (SEN) resultou na diminuição do número de mancebos, pelo que as fileiras do Exército dependem, agora, dos jovens que prestam serviço em regime de voluntariado e contrato, por um período máximo de seis anos.
“Houve uma redução do número de jovens, mas nunca houve escassez. Hoje temos cerca de 12 mil voluntários que recebem formação nas mais diversas áreas, com equivalência na vida civil”, recorda Pires da Silva.
Quanto a salários, um soldado ganha 500 euros líquidos, um valor muito superior ao praticado na vigência do SEN, em que um praça “não ganhava praticamente nada”, recorda o coronel.
O funcionamento do gabinete de Bragança é assegurado pelo capitão Rodrigues, sargento Morais e cabo Gomes, três militares afectos ao CRVR, de quem depende o GAP de Bragança. No próximo ano, o serviço deverá ser transferido para a nova sede da Junta de Freguesia de Santa Maria, situada na rua Abílio Beça.