Ter, 22/11/2005 - 16:08
Em dia de feira, o candidato socialista à Presidência da República visitou as instalações do Mercado Municipal, onde comprou fumeiro e apostou na proximidade com as pessoas para recolher votos no eleitorado bragançano.
O peso da interioridade foi um dos problemas focados pelo candidato a Belém, que realça a necessidade do País dar “o terceiro salto”, para melhorar as condições de vida dos portugueses.
“Em Portugal houve dois saltos importantes: a Revolução do 25 de Abril e a entrada na Comunidade Europeia. Agora, é preciso mais um salto, que permita acabar com a categoria de portugueses de primeira e portugueses de segunda”, acrescentou Mário Soares.
Luta pelo comboio
Contudo, o candidato socialista reconhece que o Presidente da República, por vezes, não tem força suficiente para fazer valer as suas ideias. O encerramento da linha do Tua, no início da década de 90, é um exemplo da limitação dos poderes do Chefe de Estado, visto que o então Presidente da República, Mário Soares, perdeu a luta pelo comboio entre Mirandela e Bragança.
“Nessa altura, o Governo liderado por Cavaco Silva era pautado pela figura do gestor público. Eu fui sempre contra o encerramento da linha do comboio, mas nessas coisas é o Governo que manda”, lamentou Mário Soares.
Durante a visita a Bragança, Mário Soares recebeu, ainda, o apoio do fundador do partido social-democrata no distrito e actual membro da Assembleia Municipal do PSD, Júlio de Carvalho.
De acordo com um comunicado enviado pelo assessor de imprensa de Mário Soares, João Paulo Velez, Júlio de Carvalho deslocou-se, propositadamente, à Pousada de S. Bartolomeu, para manifestar o seu apoio ao representante socialista.
O candidato a Belém também inaugurou a sede de campanha do PS na capital de distrito do Nordeste Transmontano, onde contou com o apoio da mandatária por Bragança, Graça Morais, e do líder distrital socialista, Mota Andrade.
A dois meses das eleições presidenciais, Mário Soares mostrou-se confiante e afirmou não ter dúvidas em alcançar a vitória em Bragança.