Clube Académico de Bragança prepara-se para a estreia no nacional de infantis

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Seg, 30/12/2019 - 15:34


O clube brigantino vai regressar ao nacional de voleibol feminino. Depois de ter competido no escalão de cadetes, iniciadas e juvenis agora é a vez das infantis.

O Clube Académico de Bragança (CAB) já consolidou o seu nome no panorama regional do voleibol feminino e a nível nacional começa a marcar posição.

Em Março de 2020, a formação de infantis vai competir no Campeonato Nacional, depois de ter vencido o Inter-Regional da Associação de Voleibol de Trás-os-Montes.

Esta não será a primeira vez do clube nestas andanças, até porque já por lá passou com os escalões de cadetes, iniciadas e juvenis, mas em infantis será uma estreia.

No percurso de apuramento para o nacional, as brigantinas realizaram dez jogos e perderam apenas um. Foi na primeira jornada com o Sport Vila Real e Benfica. Ironicamente um resultado que surtiu efeito moralizador, pois por vezes é preciso errar para acertar.  “Se calhar fica-me mal como treinador dizer isto, mas foi o melhor que lhes aconteceu. Acho que foi uma derrota que nos deu uma ideia daquilo que era preciso. Foi o único jogo que perdemos, mas despertou-nos e ajudou-nos a perceber o que tínhamos que melhorar”, explicou o técnico, Carlos Esteves.

O treinador não esconde o orgulho das suas jovens atletas e de um projecto que se iniciou na época passada, no que diz respeito ao escalão de infantis. As jogadoras vestem verdadeiramente a camisola e este feito só foi possível graças ao espírito de grupo que há na equipa e ao trabalho de todas. “É muito fácil trabalhar com elas. São atletas no verdadeiro sentido da palavra, são cumpridoras e dedicadas. Vou dar exemplo, o treino começa às 17h30 e elas às 17h00 já estão o pavilhão”.

Sobre a participação no nacional, o CAB vai competir na zona norte e vai defrontar equipas como Leixões e Espinho. Carlos Esteves quer preparar bem as jovens jogadoras e não esconde a ambição de vencer, mas há outros objectivos prioritários. “O principal disto é dar bases fortes para a sua vida futura, quer desportiva quer académica, para lutarem e não darem nada como garantido. Vencer é importante e é uma consequência do trabalho delas, mas mais importante ainda são os valores que elas assimilam”, destacou o treinador.

 

“Tentamos ser uma escola de valores”

E o Clube Académico de Bragança tem-se revelado uma autêntica escola de valores. Nem sempre é fácil cumprir a função, mas todos trabalham em prol da formação desportiva e cívica dos atletas. “Claro que é muito importante para o clube incutir valores, regras e horários. Tentamos ser uma escola de valores. Nem sempre é fácil é verdade”, referiu Zélia Fonseca, responsável pela secção de voleibol do CAB.

Para a seccionista o apuramento das infantis para o nacional “é um orgulho” e “uma conquista de toda a secção”, que resulta de “um trabalho de longos anos”.

Actualmente, o clube conta com 46 atletas, sendo que 30 são federadas. “É um número bom”, frisou Zélia Fonseca.

Entretanto, o CAB prepara-se para competir no torneio de encerramento no escalão de iniciadas e vai dar início a um processo de captação de atletas, no escalão de minis, nas escolas. “Esse é um trabalho que está a ser feito pelo nosso técnico, Pedro Jacinto. O clube vai levar o voleibol às escolas para a captação de jogadoras. Depois temos o nosso torneio, que começámos há três anos, que tem melhorado de ano para ano e que também tem ajudado na captação de atletas para a modalidade”.

 

Jogadoras estão confiantes para a estreia no nacional

Na equipa, as atletas estão confiantes numa boa participação no Campeonato Nacional de Voleibol, apesar de estarem cientes das dificuldades que vão encontrar. “Vamos defrontar equipas com muita qualidade, mas acreditamos que o nosso trabalho e a nossa dedicação vão ser recompensados”, afirmou Filipa Pires.

A jovem jogadora chegou ao clube há dois ano e meio e iniciou-se na modalidade por incentivo dos pais. “Tanto a minha mãe como o meu pai jogaram voleibol e sempre me incentivaram a jogar”.

Sobre a fase de apuramento para o nacional diz ter sido “uma experiência diferente” e aponta “a união do grupo” como a chave do sucesso da equipa.

Também Maria, outra jovem jogadora, antevê uma prova “mais exigente”, mas garante que até ao início do nacional “a equipa vai estar preparada”. No caso da Maria praticou ginástica e patinagem antes de se fixar no voleibol por influência de uma prima.

 

 

Jornalista: 
Susana Madureira