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Caloiros

Ter, 17/10/2006 - 17:57


O Jornal NORDESTE publica hoje a 4ª edição do Guia do Caloiro, onde constam números que dão que pensar.

Em 2003, aquando da primeira versão deste trabalho destinado à comunidade académica, eram cerca de mil os novos alunos que começavam a atravessar dos corredores do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
Hoje, o número de caloiros não chega aos 700. E, se não fosse a criação da Escola Superior de Saúde (onde 100 por cento das vagas estão garantidas), o IPB ainda teria de depositar mais esperanças na 2ª fase de acesso e no concurso “+ de 23” para conseguir ocupar muitos dos lugares que ainda estão em aberto.
Diversos dirigentes associativos contactados durante a elaboração do Guia do Caloiro 2006 mostram-se preocupados pela drástica redução do número de alunos, não só pelas complicações na organização das praxes académicas, mas porque temem pelo futuro de alguns cursos. Na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança, por exemplo, Contabilidade e Gestão já chegou a abrir mais de 100 vagas por ano. Actualmente, apenas 3 caloiros ingressaram na 1ª fase.
“Bragança está deslocada em relação a outros centros”, justificam alguns responsáveis associativos, enquanto outros culpam a introdução da nota mínima para explicar o fracasso nos cursos de Engenharia, tanto na ESTiG, como na Escola Superior Agrária.
Enquanto isso, a ESTiG de Mirandela (que até nem pode ter grandes razões de queixa em matéria de vagas por ocupar) debate-se com graves problemas em termos de infra-estruturas. Há uma nova cantina, é certo, mas continua a faltar uma Escola de raiz, assim como uma Residência capaz de alojar mais estudantes.
Ou seja, prevalece a ausência de vontade política (e dinheiro em PIDDAC) para consolidar a ESTiG mirandelense. Enquanto assim for, cerca de mil alunos andarão de edifício em edifício para ter aulas, sujeitando-se ao improviso e à imaginação para transformar instalações da PT e Câmara Municipal em verdadeiras salas de aprendizagem.
Tal como diz o presidente da Associação de Estudantes da ESTiGM, “a nossa Escola é a cidade toda”, infelizmente.