Bombeiros querem apoio do Governo para suportar aumento dos combustíveis

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Ter, 12/04/2022 - 12:48


Se o Governo não tomar medidas, as associações humanitárias poderão suspender transporte de doentes ou assumir outras formas de protesto
Os bombeiros pedem que o Governo tome medidas que ajudem a fazer face ao aumento dos combustíveis.
As corporações queixam-se que o preço do quilómetro pago pelo transporte de doentes não urgentes foi estabelecido há 10 anos e não foi revisto desde aí, estando fixado em 51 cêntimos por quilómetro.
Além de pedir a revisão deste valor, a Federação Distrital de Bragança dos Bombeiros que participou numa reunião da Liga dos Bombeiros Portugueses, na Figueira da Foz, pede ainda a extensão às associações humanitárias das medidas de apoio implementadas para o sector dos transportes públicos, entre os 340 euros para táxis a 1800, no caso dos autocarros, mas
que não incluiu o transporte de doentes realizado pelos bombeiros. “Isto está a estrangular bastante as corporações, não é só o caso do preço dos combustíveis, mas também o aumento do
salário mínimo, com base no qual é calculado a remuneração dos bombeiros”, afirmou o presidente da federação, Diamantino Lopes.
O impacto destes dois factores “está a causar um aumento muito grande nos custos do funcionamento dos bombeiros na área dos transportes de doentes”.
Os bombeiros pedem ainda a isenção definitiva nas portagens para todos os veículos das corporações, que sejam ressarcidos integralmente do valor efectivo gasto em combustíveis na época
de incêndios e no dispositivo integrado de operações de protecção e socorro. Para já, a única revindicação atendida é a alteração do preço do protocolo do INEM, que deverá passar de
4000 para 4500 euros mensais. A federação dos bombeiros diz que se o Governo não definir medidas de apoio concretas e objectivas nos próximos 15 dias para mitigar as fragilidades causadas
pelos aumentos dos custos, os bombeiros prometem avançar para formas de reivindicação. “Se no prazo máximo de 15 dias não houver resposta, a liga convoca nova reunião extraordinária
para decidir medidas, como parar o transporte, ou outro tipo de acções, ainda não foi nada aprovado”, mas esta é uma hipótese, assume.
Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro