Autarquia mirandelense está a desenvolver estratégia cinegética e piscícola

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Ter, 14/01/2020 - 11:38


A autarquia de Mirandela está a desenvolver um protocolo com as associações responsáveis pela gestão das zonas de caça e com as associações piscícolas do concelho, com o intuito de implementar “estratégias” e “metodologias” que melhorem as condições de “fixação” das espécies.

As propostas de gestão vão ser adoptadas consoante as “especificidades” e “preferências” de cada zona. Ainda assim, segundo Agostinho Beça, adjunto da presidente da câmara de Mirandela, algumas medidas serão transversais a todas as áreas de caça, nomeadamente a instalação de comedouros e bebedouros, merouços para abrigo e sementeiras. “Destaco aspectos inovadores como a georreferenciação de pontos-chave de diferentes ecossistemas, o apoio na monitorização das espécies cinegéticas e a formação profissional dos responsáveis pela gestão”, explicou. No documento da estratégia de gestão cinegética e piscícola é ainda possível ler que, com estas intervenções, procura-se diminuir o risco de incêndio rural nas zonas de caça, uma vez que a manutenção das áreas requer a presença de “pessoas interessadas na preservação e não na destruição de espaços”. Quanto às propostas de intervenção para aumentar o número de pescadores no concelho e desenvolvimento das espécies piscícolas, estão, entre elas, “o aumento do número de concessões na gestão do município ou de associações de pesca”, a “construção de pistas de pesca” e a realização de um “Plano de Gestão Ambiental da Albufeira”. Em cima da mesa está ainda a possibilidade de contratar recursos humanos para a “gestão administrativa”, “vigilância” e “acompanhamento técnico para utilização de equipamentos”. “Propõe-se uma forma diferente de olhar para os recursos naturais renováveis, no caso da caça e da fauna piscícola dos nossos rios, com o objectivo último de mudar o paradigma da sua gestão, focando a abordagem desta problemática numa perspectiva técnica e profissional de ordenamento e exploração”, disse. Agostinho Beça reconheceu ainda que a situação actual de caça no concelho “não é a melhor” e que há “dificuldades” e “factores limitantes” que devem ser ultrapassados. A autarquia de Mirandela já reuniu com os caçadores do concelho para acordarem práticas de gestão o território. O concelho tem 13 zonas de caça municipais, 14 associativas e uma zona de caça turística. O documento da estratégia de gestão cinegética e piscícola do concelho mirandelense encontra-se disponível no site do município, acessível a todos.

Jornalista: 
Ângela Pais