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Associação Recreativa Alfandeguense dá primazia aos escalões de formação

Ter, 14/11/2006 - 15:47


A abordagem à nova temporada é realista e virada exclusivamente para o convívio e para a tranquilidade, sem nunca fechar as portas à possibilidade de chegar mais longe. O Alfandeguense é um clube pequeno, mas ambicioso e com responsabilidades no futebol nordestino.

Daí ser importante ter jogadores que se enquadrem neste espírito, dentro das limitações orçamentais.
Após um início de Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Bragança um pouco decepcionante, a Associação Recreativa Alfandeguense (ARA) entra agora em recuperação. Ferido com as muitas críticas no passado, o clube explica o seu projecto e a sua cultura intrínseca.
O presidente da colectividade, António Carvalho, caracteriza a actual estratégia como serena e profundamente conhecedor da realidade desportiva transmontana. Por isso, o desespero nunca entrou nesta associação. Com uma filosofia muito estóica, o responsável afirma que “o Alfandeguense joga e pensa jogo a jogo”, acrescentando que ficar em último ou em primeiro é igual”.
A direcção, constituída por seis elementos, aposta, sobretudo, nos escalões de formação do clube, que neste momento comporta escolinhas, iniciados, juvenis e juniores de futebol de onze. O objectivo primordial destas classes é assegurar o futuro da ARA e manter a juventude alfandeguense em contacto com a associação e com o desporto.
Simultaneamente, foi dada grande importância a todas as vertentes de formação do jovem, possíveis de desenvolver através do desporto. Aliás, é preocupação dos técnicos e dos dirigentes do clube a situação sócio-afectiva dos jovens, a situação económica dos pais ou encarregados de educação e o percurso escolar para eventuais e pontuais intervenções.

Outra vocação do projecto, que arrancou no ano passado, é valorizar a responsabilidade e a ética dos atletas, para dignificarem ao máximo a vila e o seu concelho.
Neste momento competem na ARA noventa atletas, um número significativo que demonstra os bons recursos humanos e interacção entre o clube e o desporto (futebol) da região de Alfândega da Fé.
A equipa sénior do Alfandeguense é, no sentido lato, formada por alfandeguenses, o que torna a união entre todos muito forte e compacta, visando, deste modo, objectivos e filosofia comuns.
António Carvalho só perde a placidez quando ouve o substantivo arbitragem. “Não tem sido correcta connosco. É impensável realizar jogos em determinadas localidades onde os árbitros são dessas terras”, confessou o dirigente, enquanto acrescenta: “já aconteceu e sentimos na pele a qualidade da arbitragem. De resto, as relações entre os árbitros e alguns clubes apresentam desde logo muitas suspeitas pela forma de tratamento”.
Em suma, o Alfandeguense apresenta-se reconciliado com a cultura da sua região, num projecto com muita fé nos mais novos, pois são eles que permitirão a continuidade e justificação da associação. Recados, só para a arbitragem, que revolta os alfandeguenses.