Carrazeda recebe 85 cavaleiros

A cerimónia de investidura realizou-se no âmbito de mais um dia “Dezito”, na igreja de S. Salvador, na vila amuralhada de Ansiães. Esta iniciativa realiza-se no intervalo do dia “D”, o grande encontro nacional de dirigentes do Corpo Nacional de Escutas (CNE), que reúne mais de 800 pessoas.
Como este evento só tem lugar de dois em dois anos, “um grupo de amigos dirigentes decidiu juntar-se e organizar o dia “Dezito”, que é, no fundo, um pretexto para conviver”, referiu Manuel Correia, dirigente do CNE de Mirandela e membro da organização.
Apesar de não ter um carácter oficial, este encontro é encarado com bastante seriedade pelos convidados que se vestem todos a rigor para participarem nas cerimónias.
Deste modo, 85 cavaleiros e o rei vestiram-se segundo as tradições e costumes da Idade Média para assistirem à cerimónia religiosa e à investidura. “É um dia medieval e, por isso, trajamos todos a rigor para retratarmos este espírito”, realçou Manuel Correia.
Durante a investidura, o senhor de Portugal e Ansiães, Vastus I, proferiu algumas palavras dirigidas aos seus cavaleiros, nas quais reforçava a importância em lutar e ultrapassar os obstáculos para “levar os objectivos definidos a bom porto”. Só assim, segundo Zeferino Bastos, seria possível atingir o grau de cavaleiros.

Igreja de S. Salvador, na vila amuralhada de Ansiães, ajudou a completar o cenário medieval

O encontro teve, na óptica do responsável, a vantagem de poder ser realizado na vila amuralhada de Ansiães, uma vez que a igreja de S. Salvador e todo o espaço envolvente “ajudaram a integrar, ainda mais, a cerimónia na época medieval”.
No final do discurso, o rei reforçou a importância dos conceitos de honra, dignidade e sentimentos, já que “ser cavaleiro não é só ter a capacidade de semear a guerra, mas a sensatez de colher a Paz”.
Durante este encontro, os convidados puderam participar num jogo de Vila, sob o tema “Arca da Aliança”, que “incide sob o conceito da amizade”, referiu o chefe do Agrupamento do CNE de Carrazeda de Ansiães.
Os dirigentes teriam que ir para o campo e encontrar diversas peças que, depois de reunidas, completavam um puzzle que transmitia uma mensagem dirigida aos inscritos no dia “Dezito”.