Ter, 14/11/2006 - 14:43
A mais recente investida dos larápios aconteceu na madrugada de quarta-feira, quando o estabelecimento foi assaltado, ao que tudo indica, por dois ou três indivíduos de raça asiática e africana. Ao que o NORDESTE apurou junto dos vizinhos “os assaltantes fugiram a grande velocidade numa carrinha BMW de alta cilindrada”.
Para penetrarem na ourivesaria, os assaltantes arrancaram a grade de ferro que protegia a entrada e partiram o vidro duplo da porta. O alarme ainda tocou mas, quando os elementos da GNR chegaram ao local, era tarde de mais. Do interior do estabelecimento foram furtadas peças em ouro e prata e, ainda, um computador portátil, cujas perdas rondam os 50 mil euros.
Segundo alguns populares, que preferiram manter o anonimato “os indivíduos eram olhados com desconfiança, pois ninguém os conhecia, coisa que salta à vista num meio pequeno como Miranda”.
Na hora de contabilizar os prejuízos, Paulo Pereira, reivindica mais patrulhamento, alegando que “a GNR passa pouca vezes, e de carro”.
O ourives recorda que, na mesma rua, há registo de assaltos recentes a uma loja de telemóveis e a mais duas ourivesarias. “Aqui deveria haver mais vigilância, porque assim não nos sentimos seguros”, lamenta o empresário.
Confrontado com a situação, o presidente da Associação Comercial do Concelho de Miranda do Douro, Artur Nunes, considera que a questão da segurança em Miranda Douro é preocupante, dado tratar-se duma zona de fronteira. “ A GNR não deve servir, apenas, para fazer caça à multa, mas também para zelar pela segurança de pessoas e bens”, sustenta o responsável.
Atendendo às circunstâncias, o presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Manuel Rodrigo, entende que “o número de efectivos da GNR deveria aumentar”.
Contactado o comando da GNR do distrito de Bragança, o tenente-coronel Fernandes garantiu que o patrulhamento é feito, mas ressalva que “não se pode ter um guarda em cada esquina”.