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População a favor da barragem do Baixo Sabor

Ter, 07/11/2006 - 10:13


Cerca de 65 por cento dos portugueses mostra-se favorável à instalação do da barragem do Baixo Sabor, segundo um estudo efectuado pela Eurosondagem.

Os resultados da sondagem, encomendada pela Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS), será apresentado, hoje, durante o seminário “Barragem do Baixo Sabor, uma Opção Ambiental”, que decorre no Centro de Reuniões da FIL, em Lisboa.
No estudo, efectuado na semana passada através de 1017 chamadas telefónicas, mais de 61 por cento dos entrevistados, a nível regional, respondem afirmativamente à criação de uma albufeira na região.
De acordo com o presidente da AMBS, Aires Ferreira, “esta sondagem valida a posição manifestada pelo Governo em classificar a barragem do Baixo Sabor como de interesse público.”
Segundo o responsável, a evolução dos números comprova o desejo dos portugueses em verem a concretização do projecto. “Se comparamos esta sondagem com a que foi realizada em 1995, vemos qual é a vontade da população, pelo que este resultado só nos dá força para continuarmos a lutar pela barragem”, adiantou Aires Ferreira.
A AMBS acredita que o estudo pode ter efeitos favoráveis junto do Governo e, assim, poder avançar-se com a construção, mesmo sem o apoio financeiro da União Europeia.
Recorde-se que a construção da barragem do Baixo Sabor transformou-se num braço de ferro entre a AMBS e a Plataforma Sabor Livre, que engloba vários organismos ambientais.
Os ecologistas consideram o rio Sabor como o único rio selvagem em Portugal, pelo que apresentaram uma queixa, em Bruxelas, contra a construção da barragem.

A criação de uma reserva estratégica de água no Sabor permitirá ainda regularizar os caudais do Douro e aumentar a produção hidroeléctrica no Douro em 916%.

A AMBS, por seu turno, defende a importância deste projecto para para reduzir a dependência energética do país em relação ao exterior.
Neste momento, a AMBS está a preparar um concurso público para a realização de um estudo com vista à análise das consequências das alterações climáticas e a desertificação na fauna e na flora. A desertificação e erosão dos solos, pela carência de água, já se fazem sentir nos habitats naturais do Baixo Sabor e do Douro Superior, um aspecto que a AMBS considera ter sido pouco estudado.
“A existência de massas de água é um factor que poderá contribuir para o aumento da biodiversidade e do quantitativo das espécies, como é o caso do Douro Internacional, cujo Parque Natural dificilmente teria sido criado sem a existência das cinco albufeiras aí criadas”, referem os municípios em nota de imprensa.
A criação de uma reserva estratégica de água no Sabor permitirá ainda regularizar os caudais do Douro e aumentar a produção hidroeléctrica no Douro em 916 por cento.
As expectativas criadas em torno deste projecto vieram a ser reforçadas com a emissão, em Junho de 2004, da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, embora condicionada à imposição de certas medidas de mitigação dos seus impactes e de formas adequadas de os compensar, designadamente em matéria de protecção de habitats e de espécies sensíveis existentes na região.
Estas medidas de minimização configuram já um verdadeiro Parque Natural e impõem uma taxa de 3 por cento sobre a receita anual da produção hidroeléctrica para um Fundo Ambiental, uma medida inédita em Portugal, para gerir a conservação da zona da albufeira.