Ter, 31/10/2006 - 15:43
Neste encontro, inserido no Fórum Novas Fronteiras, alguns dos problemas que afectam o sector agrícola foram debatidos.
Durante a sessão de trabalhos, inserida no Fórum Novas Fronteiras, o tema dominante foi a premência de melhorar a comercialização dos produtos da terra.
O ex- deputado europeu e ex- secretário de Estado da Agricultura, António Campos, referiu que “a região trasmontana é uma zona privilegiada para a agricultura”. No entanto, salientou que é preciso organizar alguns sectores como é o caso da vitivinicultura, já que, apenas, o vinho do Porto é conhecido e cumpre as exigências do mercado.
“No seio da olivicultura, os produtores de azeite terão de ficar atentos à evolução do mercado, para não ficarem desactualizados”, acrescentou o responsável.
“O desafio passa pela transformação e comercialização daquilo que é produzido na região”
António Campos frisou, ainda, que “é fácil produzir, mas é preciso haver organização para haver competição não só no mercado nacional mas também internacional.
Outro dos desafios lançados no debate foi a união do sector cooperativo da região. “Aquelas instituições não podem ser, apenas, nichos de vaidades ou interesses, terá de haver uma junção para criar maior dimensão, já que, agora, as grandes cadeias só compram em quantidade”frisou António Campos.
Na óptica do director regional de Agricultura de Trás-os-Montes, Carlos Guerra, “ os agricultores trasmontanos são os que apresentam mais dinamismo na entrega de novos projectos para melhorarem as suas explorações”.
Contudo, o responsável lembra que só com a organização do sector é que se pode vencer a batalha da competitividade.
“ Nós sabemos produzir, mas não sabemos vender os produtos agrícolas. Agora, o desafio passa pela transformação e comercialização daquilo que é produzido de forma a conquistar mercados. A inovação e o rejuvenescimento são importantes, bem como o alargamento das parcelas”, concluiu Carlos Guerra.