Ter, 26/09/2006 - 15:24
É que a escola do 1º Ciclo de Freixo só recebeu as crianças da vila que transitaram de anos anteriores, já que só dispõe de 4 salas de aula.
Apesar dos alunos de Lagoaça terem começado o ano lectivo mais tarde, visto que os pais não concordavam com a deslocação das crianças para a vila, é com um sorriso nos lábios que os mais pequenos encaram esta nova etapa na EB2,3 de Freixo.
O maior número de colegas e o facto de terem uma escola com maiores dimensões são os principais motivos que levam os alunos deslocados a preferirem ir às aulas na sede de concelho.
Segundo a presidente do Agrupamento de Escolas de Freixo de Espada à Cinta, Albertina Parra, os professores, auxiliares e até os estudantes mais velhos fizeram um enorme esforço para integrar os alunos do 1º Ciclo no ritmo da EB2,3.
Na óptica da responsável, a segurança está garantida, pelo que os mais pequenos têm, apenas, que se habituar a um ritmo diário diferente. “Alguns queixam-se da viagem, outros apontam o dedo à comida da cantina, porque em casa comiam, apenas, o que queriam. Mas isso são questões que se ultrapassam com facilidade”, acrescentou Albertina Parra.
Dado que a EB2,3 não estava preparada para receber crianças tão pequenas, houve necessidade de efectuar muitas alterações para que a abertura das aulas decorresse com normalidade.
Após as obras para a ampliação das instalações, também foi preciso adaptar o mobiliário e constituir as turmas.
Centro escolar abre
no próximo ano
“Tivemos o cuidado de não separar as crianças que vinham das aldeias. Por essa razão é que ficaram todas neste edifício, que, no nosso ponto de vista, oferece mais segurança e protecção às crianças”, salientou a presidente do Agrupamento.
A falta de espaço obrigou à constituição de três turmas na EB2,3: duas compostas pelos alunos oriundos de Lagoaça, Fornos, Poiares e Ligares e outra com jovens da vila que entraram para a escola pela primeira vez.
Dado que Freixo de Espada à Cinta não reunia as condições ideais para acolher todos os alunos do concelho, a autarquia e o Agrupamento chegaram a pedir à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) que mantivesse as escolas das aldeias a funcionar durante este ano lectivo. No entanto, a tutela fez saber que o encerramento dos estabelecimentos de ensino é irreversível, pelo que foi necessário criar alternativas para acolher todos os alunos.
Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Pedro Sá Mora, a situação ficará resolvida no próximo ano lectivo, altura em que será aberto o Centro Escolar.
O novo equipamento vai nascer na actual EB1 da vila, um edifício secular que vai sofrer obras de adaptação.
Após um investimento na ordem dos 600 mil euros, comparticipado pelo Ministério da Educação, a escola vai ficar com sete salas de aula, mas sem cantina. Em alternativa, os alunos continuarão a almoçar na EB2,3, sendo acompanhados por auxiliares.